DATA DA PUBLICAÇÃO 11/08/2016 | Cidade
Sem contrato com a Volks, Keiper pode fechar as portas em Mauá
Os trabalhadores realizam ato nessa quarta em protesto contra a decisão da Volkswagen. Foto: Rodrigo Pinto
Cerca de 400 trabalhadores que estão com os empregos ameaçados realizam ato nesta quarta
Os cerca de 400 trabalhadores na Keiper, em Mauá, realizarão ato em frente à fábrica na manhã desta quarta-feira (10/08) em protesto contra a ameaça aos empregos diante do comunicado de encerramento do contrato de fornecimento pela Volkswagen. A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá não descarta a possibilidade, inclusive, de fechamento da empresa como consequência da decisão da montadora.
“Os impasses nas negociações entre as duas empresas se estende faz um tempo e agora recebemos esse balde água fria da montadora. Aproximadamente 85% da produção da Keiper é destinada à Volkswagen, por isso vislumbramos que a empresa não vai conseguir se manter caso a montadora não volte atrás na decisão”, disse o diretor do sindicato, Adilson Torres dos Santos, o Sapão.
A mobilização dos trabalhadores também foi reforçada a partir da informação de que a fabricante de veículos também foi à Justiça para requerer a retomada dos ferramentais de sua propriedade que se encontram na empresa. “Isso demonstra que a possibilidade de a montadora reverter a decisão é baixa, mas ainda temos reuniões para tentarmos encontrar alguma solução, ou cobrar a Volks de assumir os pagamentos rescisórios provocados na Keiper”, apontou o sindicalista.
PARALISAÇÃO
A decisão da Volks em romper com o contrato abrange todo o Grupo Prevent – multinacional alemã proprietária de dezenas de empresas, entre elas a Keiper, Fameq, Cavelagni e Mardel – e foi tomada em função de mais de 120 dias parados na somatória das suas três fábricas de veículos (São José dos Pinhais, Taubaté e Anchieta) por falta de fornecimento de peças. Mais de 100 mil veículos deixaram de ser produzidos nesse período.
Em São Bernardo, a produção permanece paralisada desde o dia 26 de julho devido ao atraso na entrega de peças estampadas pela Fameq. Essa é a terceira vez neste ano que a montadora dispensa os funcionários por longo período devido aos problemas de entrega, sendo que das outras vezes foi devido ao atraso de bancos pela Keiper.
IMPACTOS
Por meio de nota, a Volkswagen informou que o encerramento do contrato “foi a última alternativa encontrada para normalizar a sua operação e mitigar os impactos em toda a cadeia produtiva. É uma medida que causa pesados custos à empresa. A transferência do ferramental, sua instalação, sua validação e a curva de aceleração até que a empresa opere normalmente, resultarão temporariamente em perdas de produção”.
Os trabalhadores na unidade de São Bernardo entrarão em férias coletivas a partir de 16 de agosto e devem ficar por um período de três a quatro semanas para a maioria dos empregados “até que o processo de produção dessas peças seja iniciado em seus novos fornecedores”. A montadora ainda não divulgou qual empresa é cotada para iniciar novo contrato de fornecimento.
A Keiper informou, também por meio de nota, que as paradas ocorridas na produção da Volkswagen foram precedidas de comunicados de alerta, conforme previsto em contratos, “os quais também exigiram da montadora honrar com a compra das quantidades mínima de peças que são exigidas para produção dos lotes econômicos”, pontuou. A fornecedora lamentou o acontecido, principalmente pelos efeitos danosos que esta decisão pode causar no ambiente de trabalho e risco aos colaboradores da empresa.
Os cerca de 400 trabalhadores na Keiper, em Mauá, realizarão ato em frente à fábrica na manhã desta quarta-feira (10/08) em protesto contra a ameaça aos empregos diante do comunicado de encerramento do contrato de fornecimento pela Volkswagen. A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá não descarta a possibilidade, inclusive, de fechamento da empresa como consequência da decisão da montadora.
“Os impasses nas negociações entre as duas empresas se estende faz um tempo e agora recebemos esse balde água fria da montadora. Aproximadamente 85% da produção da Keiper é destinada à Volkswagen, por isso vislumbramos que a empresa não vai conseguir se manter caso a montadora não volte atrás na decisão”, disse o diretor do sindicato, Adilson Torres dos Santos, o Sapão.
A mobilização dos trabalhadores também foi reforçada a partir da informação de que a fabricante de veículos também foi à Justiça para requerer a retomada dos ferramentais de sua propriedade que se encontram na empresa. “Isso demonstra que a possibilidade de a montadora reverter a decisão é baixa, mas ainda temos reuniões para tentarmos encontrar alguma solução, ou cobrar a Volks de assumir os pagamentos rescisórios provocados na Keiper”, apontou o sindicalista.
PARALISAÇÃO
A decisão da Volks em romper com o contrato abrange todo o Grupo Prevent – multinacional alemã proprietária de dezenas de empresas, entre elas a Keiper, Fameq, Cavelagni e Mardel – e foi tomada em função de mais de 120 dias parados na somatória das suas três fábricas de veículos (São José dos Pinhais, Taubaté e Anchieta) por falta de fornecimento de peças. Mais de 100 mil veículos deixaram de ser produzidos nesse período.
Em São Bernardo, a produção permanece paralisada desde o dia 26 de julho devido ao atraso na entrega de peças estampadas pela Fameq. Essa é a terceira vez neste ano que a montadora dispensa os funcionários por longo período devido aos problemas de entrega, sendo que das outras vezes foi devido ao atraso de bancos pela Keiper.
IMPACTOS
Por meio de nota, a Volkswagen informou que o encerramento do contrato “foi a última alternativa encontrada para normalizar a sua operação e mitigar os impactos em toda a cadeia produtiva. É uma medida que causa pesados custos à empresa. A transferência do ferramental, sua instalação, sua validação e a curva de aceleração até que a empresa opere normalmente, resultarão temporariamente em perdas de produção”.
Os trabalhadores na unidade de São Bernardo entrarão em férias coletivas a partir de 16 de agosto e devem ficar por um período de três a quatro semanas para a maioria dos empregados “até que o processo de produção dessas peças seja iniciado em seus novos fornecedores”. A montadora ainda não divulgou qual empresa é cotada para iniciar novo contrato de fornecimento.
A Keiper informou, também por meio de nota, que as paradas ocorridas na produção da Volkswagen foram precedidas de comunicados de alerta, conforme previsto em contratos, “os quais também exigiram da montadora honrar com a compra das quantidades mínima de peças que são exigidas para produção dos lotes econômicos”, pontuou. A fornecedora lamentou o acontecido, principalmente pelos efeitos danosos que esta decisão pode causar no ambiente de trabalho e risco aos colaboradores da empresa.
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