DATA DA PUBLICAÇÃO 08/07/2014 | Esportes
Seleção busca superação para voltar à final
David Luiz, que assumiu a faixa de capitão, retrata o momento da seleção brasileira: raça e vontade acima de tudo. Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM
Brasil não terá o capitão Thiago Silva e o seu melhor jogador, Neymar, justamente contra a rival mais difícil
Na última vez em que fez uma final de Copa do Mundo, a Seleção Brasileira tinha em seu plantel Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo, todos craques. Doze anos depois e num Mundial jogado aqui, as coisas mudaram e até o único fora de série da equipe, Neymar, se machucou e está fora do Mundial. Sendo assim, o Brasil terá que se superar de novo e aproveitar a força das arquibancadas para deixar a Alemanha pelo caminho nesta terça-feira (08/07), às 17h, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, e voltar a uma final.
O retrato da seleção no momento é o diademense David Luiz (leia mais abaixo), que assumirá a faixa de capitão do companheiro de zaga Thiago Silva, suspenso das semifinais por ter recebido o terceiro cartão amarelo.
O corte de Neymar (leia na página 15) trouxe à tona, mais uma vez, o assunto psicologia na seleção. Na entrevista coletiva de segunda-feira (08/07), o técnico Felipão disse que a saída do craque do Barcelona foi superada, e prometeu ir atrás da vaga na decisão por Neymar.
“Desde o início tínhamos que nos superar. Temos que nos superar para conseguir aquilo que queremos. O Neymar que era uma referência não vai estar presente, mas temos uma equipe com outros 22 escolhidos a dedo e sabem que são especiais. No domingo conversamos sobre o que é ser reserva. É alguém especial, para um momento especial”, declarou o treinador, tentando encher de moral o substituto. “Vamos sentir falta da competitividade, a forma como o Neymar jogava. Mas temos condições de passar e seguir em frente.”
A única dúvida na escalação é justamente sobre quem ocupará a lacuna deixada por Neymar – na defesa, Dante deve ser o substituto de Thiago Silva. Felipão não divulgou o escolhido e manteve o mistério na entrevista coletiva. Há mais de uma opção. Paulinho, Ramires, Bernard ou Willian, tido como o mais cotado nos bastidores. Outra possibilidade é a volta de Daniel Alves no lugar de Maicon.
“Se eu jogar com três volantes (com Paulinho), umas das condições que posso jogar é dar liberdade aos laterais. E se jogar com dois, vou dar menos liberdade, mas acrescentar alguma situação diferente para causar algum prejuízo para Alemanha. É só isso que eu posso dizer”, despistou o técnico, que terá do outro lado uma seleção com poucos defeitos e craques, algo em falta no Brasil.
David Luiz é unanimidade e assume faixa de capitão - Desde as oitavas de final, quando a Seleção Brasileira eliminou o Chile nos pênaltis em meio a uma crise de choros, se discute a possibilidade de o zagueiro David Luiz jogar com a faixa de capitão. O momento chegou agora com a suspensão de Thiago Silva e ninguém discute, tamanha a moral do diademense que, quando criança, jogou no Sete de Setembro, time de futebol amador local.
“Depois do Thiago eu sou o segundo capitão, isso não é novo para ninguém. Mas não depende da faixa, nós todos temos voz ativa dentro do grupo, temos a forma de liderar. Simplesmente vai ser a faixa que vai estar no meu braço, mas não vai mudar muita coisa”, disse o zagueiro à CBF TV.
Dentro do grupo do Brasil, ninguém alia tão bem a qualidade de jogo com a liderança. Nas estatísticas da Fifa, ele foi escolhido como um dos melhores da primeira fase e marcou um golaço de falta nas quartas de final, à la Marcelinho Carioca. Também quando criança, David jogou nas escolinhas de futebol do ex-corintiano.
Em relação à liderança, ninguém contesta o zagueiro. Alguns jogadores do elenco já disseram que o companheiro fala mais grosso em momentos importantes e não se abate diante das situações adversas.
Visão de jogo, por Guilherme Menezes
Trancar o time ou arriscar, eis a questão
Dizer que a Alemanha é favorita na semifinal contra o Brasil é chover no molhado. Com futebol mais convincente até aqui, uma gama de talentos e sem desfalques, os alemães enfrentarão um Brasil ainda sem identidade, jogo coletivo, e principalmente desfalcado de Neymar.
Como não terá o craque, o técnico Felipão pode alterar a forma de jogo da Seleção Brasileira para o confronto. Testou as mais diversas possibilidades, e a dúvida que paira é: marcar o excelente meio-campo do rival, compactar as linhas na defesa e contragolpear, ou manter o estilo de jogo com lançamentos longos e marcação pressão?
O treinador brasileiro montou durante a semana um time com três volantes, com dois meias e mantendo o esquema natural, com Willian herdando o lugar de Neymar. Se continuar com o usual mudará pouco a forma de atuar, terá um jogador de mobilidade, boa visão e menos habilidade que o titular. Porém, continuará dando espaços, exatamente o que a Alemanha sabe aproveitar bem com passes rápidos e progressão em bloco para o ataque.
Talvez a melhor forma de parar o forte setor ofensivo do rival e ganhar espaço para contra-atacar, já que os alemães jogam com a defesa bem avançada, seja reforçar o meio-campo. Com Luiz Gustavo voltando para jogar à frente dos zagueiros, posicionar Fernandinho e Paulinho completaria o trio, aumentando a pegada e tentativa de desarmes, o que dá velocidade para a progressão em direção ao gol. A bola ficará com a Alemanha, que se sobressai em qualidade para tentar se infiltrar na defesa brasileira, a força do Brasil pode estar em ser eficiente nas poucas vezes que obtiver a bola e, claro, o apoio da torcida.
Na última vez em que fez uma final de Copa do Mundo, a Seleção Brasileira tinha em seu plantel Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo, todos craques. Doze anos depois e num Mundial jogado aqui, as coisas mudaram e até o único fora de série da equipe, Neymar, se machucou e está fora do Mundial. Sendo assim, o Brasil terá que se superar de novo e aproveitar a força das arquibancadas para deixar a Alemanha pelo caminho nesta terça-feira (08/07), às 17h, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, e voltar a uma final.
O retrato da seleção no momento é o diademense David Luiz (leia mais abaixo), que assumirá a faixa de capitão do companheiro de zaga Thiago Silva, suspenso das semifinais por ter recebido o terceiro cartão amarelo.
O corte de Neymar (leia na página 15) trouxe à tona, mais uma vez, o assunto psicologia na seleção. Na entrevista coletiva de segunda-feira (08/07), o técnico Felipão disse que a saída do craque do Barcelona foi superada, e prometeu ir atrás da vaga na decisão por Neymar.
“Desde o início tínhamos que nos superar. Temos que nos superar para conseguir aquilo que queremos. O Neymar que era uma referência não vai estar presente, mas temos uma equipe com outros 22 escolhidos a dedo e sabem que são especiais. No domingo conversamos sobre o que é ser reserva. É alguém especial, para um momento especial”, declarou o treinador, tentando encher de moral o substituto. “Vamos sentir falta da competitividade, a forma como o Neymar jogava. Mas temos condições de passar e seguir em frente.”
A única dúvida na escalação é justamente sobre quem ocupará a lacuna deixada por Neymar – na defesa, Dante deve ser o substituto de Thiago Silva. Felipão não divulgou o escolhido e manteve o mistério na entrevista coletiva. Há mais de uma opção. Paulinho, Ramires, Bernard ou Willian, tido como o mais cotado nos bastidores. Outra possibilidade é a volta de Daniel Alves no lugar de Maicon.
“Se eu jogar com três volantes (com Paulinho), umas das condições que posso jogar é dar liberdade aos laterais. E se jogar com dois, vou dar menos liberdade, mas acrescentar alguma situação diferente para causar algum prejuízo para Alemanha. É só isso que eu posso dizer”, despistou o técnico, que terá do outro lado uma seleção com poucos defeitos e craques, algo em falta no Brasil.
David Luiz é unanimidade e assume faixa de capitão - Desde as oitavas de final, quando a Seleção Brasileira eliminou o Chile nos pênaltis em meio a uma crise de choros, se discute a possibilidade de o zagueiro David Luiz jogar com a faixa de capitão. O momento chegou agora com a suspensão de Thiago Silva e ninguém discute, tamanha a moral do diademense que, quando criança, jogou no Sete de Setembro, time de futebol amador local.
“Depois do Thiago eu sou o segundo capitão, isso não é novo para ninguém. Mas não depende da faixa, nós todos temos voz ativa dentro do grupo, temos a forma de liderar. Simplesmente vai ser a faixa que vai estar no meu braço, mas não vai mudar muita coisa”, disse o zagueiro à CBF TV.
Dentro do grupo do Brasil, ninguém alia tão bem a qualidade de jogo com a liderança. Nas estatísticas da Fifa, ele foi escolhido como um dos melhores da primeira fase e marcou um golaço de falta nas quartas de final, à la Marcelinho Carioca. Também quando criança, David jogou nas escolinhas de futebol do ex-corintiano.
Em relação à liderança, ninguém contesta o zagueiro. Alguns jogadores do elenco já disseram que o companheiro fala mais grosso em momentos importantes e não se abate diante das situações adversas.
Visão de jogo, por Guilherme Menezes
Trancar o time ou arriscar, eis a questão
Dizer que a Alemanha é favorita na semifinal contra o Brasil é chover no molhado. Com futebol mais convincente até aqui, uma gama de talentos e sem desfalques, os alemães enfrentarão um Brasil ainda sem identidade, jogo coletivo, e principalmente desfalcado de Neymar.
Como não terá o craque, o técnico Felipão pode alterar a forma de jogo da Seleção Brasileira para o confronto. Testou as mais diversas possibilidades, e a dúvida que paira é: marcar o excelente meio-campo do rival, compactar as linhas na defesa e contragolpear, ou manter o estilo de jogo com lançamentos longos e marcação pressão?
O treinador brasileiro montou durante a semana um time com três volantes, com dois meias e mantendo o esquema natural, com Willian herdando o lugar de Neymar. Se continuar com o usual mudará pouco a forma de atuar, terá um jogador de mobilidade, boa visão e menos habilidade que o titular. Porém, continuará dando espaços, exatamente o que a Alemanha sabe aproveitar bem com passes rápidos e progressão em bloco para o ataque.
Talvez a melhor forma de parar o forte setor ofensivo do rival e ganhar espaço para contra-atacar, já que os alemães jogam com a defesa bem avançada, seja reforçar o meio-campo. Com Luiz Gustavo voltando para jogar à frente dos zagueiros, posicionar Fernandinho e Paulinho completaria o trio, aumentando a pegada e tentativa de desarmes, o que dá velocidade para a progressão em direção ao gol. A bola ficará com a Alemanha, que se sobressai em qualidade para tentar se infiltrar na defesa brasileira, a força do Brasil pode estar em ser eficiente nas poucas vezes que obtiver a bola e, claro, o apoio da torcida.
Assine nosso Feed RSSAs últimas | Esportes
21/09/2018 | Tite convoca Pablo, Walace e Malcom para duelos contra Arábia Saudita e Argentina
20/09/2018 | Real Madrid atropela a Roma por 3 a 0 e inicia bem a luta pelo tetracampeonato
18/09/2018 | Jogador de vôlei que jogou em Santo André é encontrado morto na Espanha
As mais lidas de Esportes
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda