DATA DA PUBLICAÇÃO 27/07/2012 | Veículos
Seguro pode custar mais que a metade do valor da motocicleta
Contratar seguro pode pesar no bolso do piloto e diminuir custo/benefício na aquisição de modelos com até 150 cilindradas, os mais baratos do mercado. Foto: Rodrigo Pinto
Modelos de baixa cilindrada são os mais roubados; seguradoras chegam a recusar o serviço
De acordo com a agência Infomotos, o número de motocicletas no Brasil cresceu 325% desde 2000, ultrapassando a marca de 11 milhões de unidades em 2012. Mais baratos e fáceis de conduzir, os modelos de baixa cilindrada são os que mais engrossam esse número e, também, os que mais sofrem com a criminalidade e com o custo elevado do seguro. Para adquirir o serviço, o piloto pode desembolsar mais de 50% do valor da moto.
Estudo elaborado pela CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais) apontou as dez motos mais roubadas em 2011. Vice-campeã da tabela, a Honda CG 150 Titan é, atualmente, uma das mais vendidas no Brasil. No mês de junho de 2012, por exemplo, a moto ocupou a 1ª colocação com mais de 29 mil unidades emplacadas, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). No entanto, depois de pagar, em média, R$ 7.560 para adquirir uma unidade, o piloto precavido desembolsa até R$ 3.509 para colocá-la no seguro.
O mesmo acontece com a Yamaha YBR 125, modelo que também figura nessas duas listas. De acordo a cotação da seguradora Porto Seguro, uma das mais conhecidas do País, o preço do serviço fica em R$ 3.357 – ou seja, mais que a metade dos R$ 6.559 pagos na compra do veículo. Para efeito de comparação, na mesma empresa, o seguro do carro mais roubado no Brasil em 2011, o Volkswagen Gol, custa aproximadamente R$ 4.540, menos que 20% do valor do automóvel.
Além de praticar valores exorbitantes, as seguradoras adotam outras regras antes de fechar negócio com motociclistas. Um piloto que deseja, por exemplo, contratar o serviço para a sua Honda CG 125 Titan, provavelmente, terá bastante dificuldade. Líder do ranking das motos mais roubadas em 2011, o modelo já está fora da linha de produção e, também por isso, é recusado pela maioria das empresas.
Cuidado no farol
A principal alegação das seguradoras para explicar os preços altos e as rejeições a alguns tipos de modelos é a de que as motos estão associadas a um alto índice de sinistros, ou seja, roubos, furtos e acidentes.
Embora a Polícia Militar não tenha o número exato de motocicletas furtadas e roubadas no ABCD, o capitão do CPAM-6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano 6), Jefferson Aurélio Cansian, diz que a afirmação de que moto é mais visada que carro é mito. “A maioria de ocorrências na Região envolve carros”, revelou.
De acordo com ele, a ação dos bandidos ocorre principalmente nas áreas centrais das cidades. “Ao parar no semáforo, o motociclista deve ficar atento a motos com dois ocupantes. Essa é uma das principais táticas usadas no roubo a moto”, recomendou Cansian.
Rastreador ajuda pilotos
As motos de baixa cilindrada não são as únicas ‘vítimas’ das seguradoras. Ex-proprietário de uma Yamaha Fazer 250, o analista de vendas Kleber Gonçalves, de São Caetano, optou pelo rastreamento do veículo. “Desisti do seguro quando vi que o custo seria de R$ 6 mil em uma moto que paguei R$ 12 mil. Ironicamente, eu trabalhava numa seguradora e esse foi o preço mais baixo que consegui”, contou. O equipamento trouxe segurança, mas o analista preferiu trocar a moto por um Chevrolet Celta. Pagou R$ 20 mil pelo carro e investiu ‘apenas’ R$ 4 mil no seguro.
Tal como Kleber, muitos pilotos escolhem sistemas de rastreamento e bloqueio como alternativa ao seguro tradicional. “Cerca de 50% dos nossos clientes são proprietários de motos, a maior parte com modelos de 125 cc”, contou Elcio Vincentin, diretor de tecnologia e marketing da CarSystem, uma das empresas mais populares do segmento.
De acordo com a agência Infomotos, o número de motocicletas no Brasil cresceu 325% desde 2000, ultrapassando a marca de 11 milhões de unidades em 2012. Mais baratos e fáceis de conduzir, os modelos de baixa cilindrada são os que mais engrossam esse número e, também, os que mais sofrem com a criminalidade e com o custo elevado do seguro. Para adquirir o serviço, o piloto pode desembolsar mais de 50% do valor da moto.
Estudo elaborado pela CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais) apontou as dez motos mais roubadas em 2011. Vice-campeã da tabela, a Honda CG 150 Titan é, atualmente, uma das mais vendidas no Brasil. No mês de junho de 2012, por exemplo, a moto ocupou a 1ª colocação com mais de 29 mil unidades emplacadas, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). No entanto, depois de pagar, em média, R$ 7.560 para adquirir uma unidade, o piloto precavido desembolsa até R$ 3.509 para colocá-la no seguro.
O mesmo acontece com a Yamaha YBR 125, modelo que também figura nessas duas listas. De acordo a cotação da seguradora Porto Seguro, uma das mais conhecidas do País, o preço do serviço fica em R$ 3.357 – ou seja, mais que a metade dos R$ 6.559 pagos na compra do veículo. Para efeito de comparação, na mesma empresa, o seguro do carro mais roubado no Brasil em 2011, o Volkswagen Gol, custa aproximadamente R$ 4.540, menos que 20% do valor do automóvel.
Além de praticar valores exorbitantes, as seguradoras adotam outras regras antes de fechar negócio com motociclistas. Um piloto que deseja, por exemplo, contratar o serviço para a sua Honda CG 125 Titan, provavelmente, terá bastante dificuldade. Líder do ranking das motos mais roubadas em 2011, o modelo já está fora da linha de produção e, também por isso, é recusado pela maioria das empresas.
Cuidado no farol
A principal alegação das seguradoras para explicar os preços altos e as rejeições a alguns tipos de modelos é a de que as motos estão associadas a um alto índice de sinistros, ou seja, roubos, furtos e acidentes.
Embora a Polícia Militar não tenha o número exato de motocicletas furtadas e roubadas no ABCD, o capitão do CPAM-6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano 6), Jefferson Aurélio Cansian, diz que a afirmação de que moto é mais visada que carro é mito. “A maioria de ocorrências na Região envolve carros”, revelou.
De acordo com ele, a ação dos bandidos ocorre principalmente nas áreas centrais das cidades. “Ao parar no semáforo, o motociclista deve ficar atento a motos com dois ocupantes. Essa é uma das principais táticas usadas no roubo a moto”, recomendou Cansian.
Rastreador ajuda pilotos
As motos de baixa cilindrada não são as únicas ‘vítimas’ das seguradoras. Ex-proprietário de uma Yamaha Fazer 250, o analista de vendas Kleber Gonçalves, de São Caetano, optou pelo rastreamento do veículo. “Desisti do seguro quando vi que o custo seria de R$ 6 mil em uma moto que paguei R$ 12 mil. Ironicamente, eu trabalhava numa seguradora e esse foi o preço mais baixo que consegui”, contou. O equipamento trouxe segurança, mas o analista preferiu trocar a moto por um Chevrolet Celta. Pagou R$ 20 mil pelo carro e investiu ‘apenas’ R$ 4 mil no seguro.
Tal como Kleber, muitos pilotos escolhem sistemas de rastreamento e bloqueio como alternativa ao seguro tradicional. “Cerca de 50% dos nossos clientes são proprietários de motos, a maior parte com modelos de 125 cc”, contou Elcio Vincentin, diretor de tecnologia e marketing da CarSystem, uma das empresas mais populares do segmento.
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