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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/03/2014 | Economia
Segmento de automação residencial acelera vendas
Você já pensou se pudesse, pelo celular, atender o interfone de sua casa, controlar a iluminação e a temperatura do ar-condicionado da residência, fechar as persianas e, ainda em viagem, receber aviso on-line se alguém invadir sua residência? Tudo isso parece o cenário de filme futurista, mas projetos desse tipo, de automação residencial, já são realidade nos dias atuais, e vêm crescendo em vendas ao ritmo de até 50% ao ano.

Esse é um mercado novo no Brasil e que tem expansão forte, entre outros fatores, por causa de sua base ainda pequena, diz o diretor executivo da Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial), José Roberto Muratori, que calcula, em média, alta anual de 30% na procura por esses serviços no País. Porém, ele acrescenta que, nos últimos anos, a demanda tem sido impulsionada por tecnologias mais acessíveis e pela integração com smartphones e tablets. Além disso, dois focos atraem o interesse do público que busca adquirir esses recursos: o conforto e a segurança.

O empresário Henrique Borowski, da Ai Tech, de São Caetano, que desenvolve projetos para clientes finais, concorda que dispositivos móveis como os smartphones trouxeram facilidades para a automação, além de baratear custos para os clientes. Por terem, em grande parte, o GPS embutido, esses dispositivos permitem pré-programar ações, de acordo com a distância do usuário: por exemplo, na volta do trabalho, quando ele estiver a dois quilômetros de casa, o sistema pode ligar sozinho o ar-condicionado; a um quilômetro, acionar a iluminação da área externa e a 500 metros ligar a cafeteira e a TV. “Se o clima estiver alterando para chuva, pode fechar a janela (a distância)”, diz.

Fundada há sete anos, a Ai Tech oferece ainda, em seus equipamentos, que são importados da Polônia, a possibilidade de se regular a iluminação interna do imóvel, para aproveitar melhor a luz natural e economizar energia. Isso, por meio da dimerização (regulagem de luminosidade das lâmpadas) e o fechamento e abertura de venezianas motorizadas. Em relação à segurança, pode incluir sensores de presença e de abertura de portas e janelas, e ainda câmeras, tudo isso para o usuário ter como saber (e ser avisado), de forma on-line, se alguém entrou na casa sem ser convidado.

Borowski ressalta que, com os dispositivos móveis, já é possível, a partir de R$ 2.000, oferecer controles de luz e de eletrodomésticos. Para abranger itens de segurança, fica um pouco mais caro, de R$ 5.000 a R$ 10 mil. Com a procura em alta, as vendas da Ai Tech cresceram 50% neste ano em relação a 2013, afirma. “Hoje estamos com cinco projetos por mês e tem muito a crescer ainda”, diz. Ele cita ainda que um diferencial de seu sistema é que é concebido para o usuário e não para a casa. “Ou seja, se ele precisar se mudar, pode remover tudo com facilidade (não é necessário passar cabos pelas paredes) e levar embora”, diz.

Outra empresa, a Struxi, de Santo André, importa e vende produtos nessa área para revendedoras (não trabalha com o cliente final). “A gente tem crescido 25% anualmente nos últimos dois anos”, afirma o gerente, Ricardo César Garutti. A empresa existe há apenas três anos, mas Garutti já trabalha há 13 nesse mercado e atesta: “Os dispositivos móveis fizeram com que as pessoas enxergassem a automação”.

Potencial é de 1,8 mi de residências

O diretor executivo da Aureside (Associação das Empresas de Automação Residencial), José Roberto Muratori, estima que o setor de vendas de equipamentos de automação residencial poderia atender hoje 1,8 milhão de residências, de classe média a média-alta, no País. “Hoje cerca de 300 mil já estão atendidas, falta 1,5 milhão de casas”, afirma. Ele projeta ainda que o ritmo atual de crescimento do segmento deve se manter nos próximos quatro anos e, com isso, será possível alcançar esse potencial em breve. Ele acrescenta que as novas gerações têm mais vínculo com os dispositivos móveis, o que facilita a propagação desses sistemas.

Além da procura de tecnologias para o conforto e a segurança nos imóveis, outro fator que colabora para o impulso na área é a tendência da sustentabilidade, adotada em construções verdes de edifícios e residências.

A Aureside vai apresentar os avanços dessa área, em palestra, no dia 18, às 9h30, organizada em parceria com o Secovi-SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo). Será durante a Feicon Batimat – evento que será realizado no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, dos dias 18 a 22 para profissionais do setor imobiliário.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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