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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/08/2016 | Política
Saulo desiste de reeleição e vai apoiar Dedé
O prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), desistiu de concorrer à reeleição. Ontem, no fim da tarde, o peemedebista reuniu vereadores da base governista e secretários próximos para anunciar que estará fora da eleição de outubro. Ele também orientou aos aliados que apoiem a candidatura do ex-vice-prefeito Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). A confirmação da retirada do projeto de reeleição será feita amanhã, data escolhida para realização da convenção do PMDB.

A abdicação da empreitada de reeleição tem duas justificativas. A primeira é criar frente competitiva para enfrentar o ex-prefeito de Rio Grande da Serra Adler Kiko Teixeira, prefeiturável do PSB em Ribeirão – até agora, todas as pesquisas de intenções de voto apontam para vitória fácil do socialista no pleito ribeirão-pirense. Outra argumentação é a de que o governo Saulo é bastante mal avaliado pela população. O Diário antecipou essa possibilidade no dia 16 de agosto de 2015.

As mesmas sondagens eleitorais que indicam triunfo de Kiko apresentam Saulo como coadjuvante. A última rodada do DGABC Pesquisas, publicada pelo Diário em dezembro, apresentou Saulo com 58,8% de rejeição.

Ainda não está certo o papel do PMDB na eleição em Ribeirão Pires. Interlocutores do prefeito dizem que há pressão para que o sobrinho de Saulo, Anderson Benevides, seja indicado como vice de Dedé. Entretanto, o popular-socialista realizou convenção ontem com a ex-secretária Rosi de Marco (PSDB) como número dois na chapa (veja mais abaixo).

Com quatro mandatos de vereador, Saulo foi eleito em pleito turbulento em 2012. Ex-aliado do então prefeito Clóvis Volpi (PSDB), ele havia deixado o grupo governista e o PV para lançar candidatura própria pelo PMDB para justamente enfrentar Dedé, nome escolhido por Volpi. Favorito, Dedé viu a Justiça Eleitoral enquadrá-lo na Lei da Ficha Limpa por condenação de abuso de poder econômico. O popular-socialista não retirou a candidatura, não teve os votos computados e Saulo venceu a eleição com 24.601 adesões.

O governo foi igualmente tumultuado. A gestão esteve envolta de escândalos, mas foi em 2014 que o quadro se agravou. Em crise financeira, a administração atrasou pagamentos, renegociou reajuste antes firmado com servidores e quase teve a luz cortada pela AES Eletropaulo por falta de quitação das contas. Outro episódio polêmico foi o plágio do PNE (Plano Nacional de Educação) na formulação do planejamento municipal de ensino para as próximas duas décadas. Feito às pressas, o projeto de Saulo previa investimento de R$ 386,4 bilhões em Educação, sendo que o Orçamento municipal é de R$ 339 milhões.

Oficialmente, o governo negou a informação de que Saulo vá retirar a candidatura. O prefeito não retornou aos contatos da equipe do Diário.

Antes, só Damo e Oswaldo abdicaram de nova eleição

O anúncio do prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), de desistir da reeleição é o terceiro registro na história da região de chefes de Executivo que abrem mão de buscar a renovação do mandato.

Aprovada em 1997, a reeleição passou a valer para eleições municipais em 2000. Desde então, somente Mauá viu seus políticos recuarem de projeto de extensão do mandato.

O primeiro registro foi em 2008. Com altos índices de rejeição e com governo bastante conturbado, o então prefeito mauaense Leonel Damo (PMDB) optou por ficar fora do pleito. Seu apoio foi para Chiquinho do Zaíra (PTdoB), então supersecretário do Paço. Chiquinho foi ao segundo turno contra Oswaldo Dias (PT) e foi derrotado.

Oswaldo também foi prefeito com direito à reeleição que não tentou renovar o mandato. Em 2012, também enfrentando problemas de popularidade, Oswaldo viu o então deputado estadual Donisete Braga (PT) se articular no petismo para assumir a candidatura do partido naquela eleição. Dias depois, Oswaldo sofreu revés na Justiça pela exposição do túnel do tempo e ficou inelegível. Donisete foi eleito prefeito num segundo turno contra a ex-deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). (VR)

Com Lauro Michels, convenção do PPS vira ato contra Kiko

Convenção para homologar candidatura do ex-vice-prefeito de Ribeirão Pires Edinaldo de Menezes, do Dedé (PPS), ao Paço foi marcada por críticas ao ex-chefe do Executivo de Rio Grande da Serra e também postulante à Prefeitura de Ribeirão Adler Kiko Teixeira (PSB).

Em evento que contou com a presença dos seis partidos da coligação e 80 candidatos ao Legislativo, aliados não pouparam o adversário de Dedé.

“Eu fico muito feliz em ver uma história sendo reconstruída. O que vocês não podem é deixar que forasteiros cheguem aqui tentando ganhar espaço”, afirmou o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), fazendo referência à moradia de Kiko, que vem sendo questionada pela oposição.

Presidente do PSDB na cidade, Cezar de Carvalho seguiu na mesma linha. “Ribeirão Pires corre risco. Eu já fui advogado da Câmara de Rio Grande. Não tem farol de trânsito naquela cidade. Tem Saúde deficitária”, disse o tucano.

Menos contundente, Dedé afirmou que iria se ater à plataforma política, mas não deixou de criticar o ex-prefeito. “Não vamos pautar se o cidadão mora ou não em Ribeirão – é claro que não mora. O que quero debater é a conduta administrativa, saber o histórico.” (VR)

Por Vitória Rocha - Especial para o Diário
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