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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/03/2012 | Setecidades
Saúde pública do ABCD tem índice inferior a médias nacional e estadual
Saúde pública do ABCD tem índice inferior a médias nacional e estadual  Hospital Municipal de Diadema, referência no atendimento. Foto: Amanda Perobelli
Hospital Municipal de Diadema, referência no atendimento. Foto: Amanda Perobelli
Cinco cidades da Região tiveram média inferior à apurada pelo Índice de Desempenho do SUS, do Ministério da Saúde

A média obtida por cinco cidades do ABCD no IDSUS (Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde) ficou abaixo das médias estadual e nacional. Enquanto o Estado de São Paulo obteve a nota 5,77 e o Brasil teve a média 5,47, apenas Diadema e São Caetano ficaram acima da média nacional na Região. Diadema obteve também a segunda maior média da Região Metropolitana.

Lançado pelo Ministério da Saúde, o índice faz a avaliação do acesso e da qualidade dos serviços de saúde prestados pelas cidades e será medido a cada três anos. A avaliação abrangeu o período de 2008 a 2010 e analisou itens como atenção básica, especializada, ambulatorial e hospitalar, urgência e emergência, verificando a infraestrutura para o atendimento e se os serviços dão respostas aos problemas de saúde da população.

O índice avalia, com pontuação de 0 a 10, cidades, regiões, estados e o País com base em informações de acesso, que mostram como está a oferta de ações e serviços de saúde; e dados de efetividade, que medem o desempenho do sistema. Na Região, Diadema ficou em primeiro lugar (6,44), seguida de São Caetano (6,20), São Bernardo (5,17), Santo André (4,68), Mauá (4,61), Rio Grande da Serra (4,52) e Ribeirão Pires (3,75).

O prefeito de Diadema, Mário Reali, destacou que o índice é uma forma de o Ministério da Saúde confirmar e fiscalizar se os recursos públicos estão sendo bem utilizados para conseguir uma efetividade nos serviços. “Todas as regiões de Diadema têm equipamentos públicos de saúde. E ser bem avaliado nesta pesquisa dá a perspectiva de ter mais recursos do governo federal para a Saúde”, disse.

Para o prefeito, essa boa avaliação pode representar aumento de até 20% na obtenção de recursos da União para investimento na área. “Isso é bastante importante, pois, além de comprovar que estamos investindo o recurso certo, provavelmente vamos ter aumento de repasse da União para a área”, salientou.

Projeto político - Essa diferença da média da Região com a do Estado e do País é muito significativa. O que é possível notar é que as cidades que têm um projeto político mais longo tiveram melhor desempenho e que as três últimas, que não tiveram esse projeto de longo prazo, puxaram a média regional para baixo”, disse o auditor da Secretaria de Saúde de São Bernardo, Nelson Nisembaum.

Para o médico, o que é necessário mudar, tanto no ABCD quanto em outras cidades do País, é oferecer plano de carreira para funcionários do sistema público de saúde. “Um médico que é contratado para um determinado hospital ficará no cargo por no máximo dois anos, aprenderá com novas tecnologias e migrará para o sistema privado, pois não há metas de crescimento profissional. Porém, esse profissional levará o que há de mais importante: o conhecimento”, disse.

Quadro deve melhorar - Para o auditor da Secretaria de Saúde de São Bernardo, Nelson Nisembaum, os próximos índices deverão mostrar números mais elevados, por conta de investimentos feitos atualmente. “São Bernardo, São Caetano, Santo André e Ribeirão Pires são cidades que estão investindo em novos hospitais e outros equipamentos de saúde. Isso pode dar um ganho significativo na saúde pública da Região”, avaliou.

No caso de Diadema, Nisembaum credita o bom desempenho a um projeto político de longa duração e ao fator humano no atendimento. “Na cidade há um projeto de continuidade e isso contribui para a construção de um sistema unificado. Vale lembrar que Diadema foi o primeiro município a ter um hospital e maternidade totalmente público, quando a Prefeitura assumiu o controle total da unidade de Piraporinha no início da década de 1990”, disse.

Além disso, o médico afirmou que a qualidade de atendimento também passa pelo fator humano. “Não é apenas com dinheiro que se faz saúde. É necessário o fator humano, que é grande diferencial, tanto no sistema público quanto privado. O acolhimento e a atenção dados a pacientes e familiares sempre farão a diferença”, destacou.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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