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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/05/2014 | Cidade
Saúde Mental de Mauá defende tratamento em liberdade
Saúde Mental de Mauá defende tratamento em liberdade Uma caminhada foi realizada no entorno do calçadão central. Crédito: Gil Sobrinho
Uma caminhada foi realizada no entorno do calçadão central. Crédito: Gil Sobrinho
O evento integra as atividades programadas na Semana de Luta Antimanicomial.

Durante toda a manhã desta sexta-feira (16) uma movimentação diferente e bastante colorida tomou conta da Praça 22 de Novembro. Usuários e trabalhadores dos serviços de saúde mental participaram de um ato que despertou a atenção e envolveu a população que circulava pelo local. O evento integra as atividades programadas na Semana de Luta Antimanicomial.

Tendas abrigavam exposição de trabalhos desenvolvidos em oficinas. Eram quadros, desenhos, artesanato ou simplesmente frases e pensamentos registrados no “Pano dos Sonhos”. Mas o que mais chamava a atenção era a alegria e descontração dos participantes.

Uma caminhada foi realizada no entorno do calçadão central, puxada por um grupo de percussão, com o objetivo de sensibilizar para a necessidade do tratamento em liberdade nos casos de saúde mental.

“É o momento da luta antimanicomial mostrar a todos que a loucura, o diferente, pode estar em trânsito nas ruas, tem uma produção, e que essas pessoas não precisam ser escondidas da sociedade”, afirmou o psicólogo Moacyr Bertolino, coordenador de Saúde Mental da Secretaria de Saúde.

O que é loucura? Qual seu sonho? Como você cuida da sua saúde mental? Usuários dos serviços e população puderam responder a estas e outras questões registrando seu pensamento em espaços destinados especificamente para tanto. As manifestações foram as mais variadas possíveis. “É uma maneira de possibilitar que a pessoa possa se expressar, para que exteriorize o seu sentimento”, revelou Moacyr. Esta técnica é largamente utilizada dentro dos Projetos Terapêuticos Singulares dos usuários dos serviços de saúde mental da cidade.

“Parece loucura! Brincadeira, já entendi. São as pessoas que têm problemas mentais dizendo para nós que não é preciso hospício para tratá-las,” comentou Maurício Silva Ribeiro, 35, escriturário que observava o ato. “Já me disseram que atenção e compreensão, principalmente da família, é um grande passo. Eu concordo, tratar com amor resolve mais do que prender”, completou Maurício.

Tanto usuários quanto trabalhadores dos serviços revelaram um lado artístico cantando, tocando ou declamando. Sempre numa demonstração de alegria e entusiasmo no que foi apresentado em defesa do tratamento em liberdade.

“Eu sou a prova viva que o acompanhamento funciona”, exclama Ederni Rodrigues Gregório, que há quatro anos passou a se tratar no CAPS. “Cheguei ao limite, mas graças à orientação e acompanhamento dos profissionais e minha boa vontade consegui me estabilizar e hoje tenho uma vida normal”.

O depoimento de Izaildes Silva Santos, hoje agente comunitária de saúde, chocou várias pessoas. No início da década de 90 Izaildes era auxiliar de cozinha na antiga Clínica São Marcos, conhecida como Capiburgo. “O Capiburgo era uma verdadeira cadeia, as pessoas ficavam presas em jaulas e sem roupas. Vestiam roupas só nos dias de visita. Hoje dá uma alegria ver esse pessoal livre”.

A programação da Semana de Luta Antimanicomial vai até a próxima quarta-feira (21), a partir das 13h quando acontece o Seminário Saúde Mental e Direitos Humanos: Loucura não se prende! Saúde não se vende, no Teatro Municipal. O evento é aberto ao público. O endereço é rua Gabriel Marques, 353, Vila Noêmia.

Por PMM - Redação
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