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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/12/2014 | Economia
São Paulo é 2ª cidade mais industrializada da Suécia
 São Paulo é 2ª cidade mais industrializada da Suécia Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
A cidade mais industrializada da Suécia é Gotemburgo. A segunda, no entanto, fica a 10.537,17 quilômetros dali. É São Paulo. Essa é uma informação que os suecos aprendem na escola, e levam consigo para onde vão. Tanto que foi mencionada em Estocolmo, capital do país, por Teppo Tauriainen, diretor de departamento do Ministério das Relações Exteriores voltado às Américas, enquanto grupo de jornalistas aguardava para entrevistar o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, em viagem a convite da Saab, fabricante do avião-caça Gripen – que substituirá a frota de 36 aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) entre 2019 e 2024.

Essa mesma informação foi novamente destacada em encontro com o embaixador da Suécia no Brasil, Per-Arne Hjelmborn. “Das cerca de 200 empresas suecas no País, 90% estão em São Paulo e na Região Metropolitana”, ou seja, em torno de 180. E a maioria é de indústria. No Grande ABC há a Scania, que há 52 anos estabeleceu na cidade sua sede brasileira. “Em São Bernardo tem também a Semcon e a Uddeholm Bohler”, complementa o diretor executivo da Câmara de Comércio Sueco-Brasileira, Jonas Lindström.

Isso sem contar gigantes como Ericsson (São Paulo), Volvo e Electrolux (ambas em Curitiba, no Paraná), que têm unidades em solo tupiniquim, três das 20 controladas pela Investor, braço financeiro do grupo Wallenberg, mesmo que detém a Saab.

“Os suecos são muito abertos. Temos uma cultura de co-criação. Nós aprendemos e partilhamos. Sempre vemos oportunidades”, assinala o embaixador sueco. “É dessa forma que muitas empresas vêm sobrevivendo por mais de 100 anos. A competição é saudável, nos estimula.”

Os brasileiros, na contramão, são mais fechados com suas descobertas tecnológicas. “Eles pensam: nós temos que nos proteger da concorrência”, diz Hjelmborn. Na Suécia, justamente para partilhar as inovações, é feito intercâmbio entre as empresas para que os profissionais possam conhecer e pensar modos diferenciados de aplicá-las. É o que ocorre com os engenheiros, que, a partir dessa transação, podem adaptar conhecimento da indústria de defesa para a automobilística, por exemplo. “É isso o que precisa começar a acontecer no Brasil. Seguimos esse modelo e queremos compartilhá-lo.”

GERAL - Quando o assunto são companhias de diversos setores, a Suécia possuía, em 2013, 1.041.057 empresas, conforme dados da embaixada. Dessas, 25% estão em Estocolmo, ou cerca de 260 mil. Gotemburgo vem logo atrás, com cerca de 100 mil.

No entanto, conforme destaca o conselheiro da embaixada da Suécia no Brasil Mikael Stahl, 70% das empresas suecas são do segmento de serviços, 15% da indústria e 15% de comércio. “E 99% delas são de micro e pequeno porte.”

Mais de 80% vão investir no Brasil em 2015

Apesar das incertezas nos cenários político e econômico pós-eleição, o Brasil ainda é um grande parceiro comercial da Suécia. É o que aponta pesquisa da Câmara de Comércio Sueco-Brasileira. Do total, 81% das empresas realizarão investimentos no País nos próximos 12 meses.

Foram consultados executivos de 68 empresas suecas associadas à câmara. No que se refere à principal atividade das multinacionais suecas consultadas, os setores com maior representatividade são indústria (32%) e serviços (25%). Segundo a pesquisa, 31% das companhias tiveram faturamento mundial superior a R$ 10 bilhões em 2013, e algumas delas têm o Brasil como grande motor de suas vendas.

As empresas apontaram o tamanho e o potencial do mercado local como principais motivos para a atuação no País, seguidos pelo fato de o território brasileiro fazer parte da estratégia global da empresa. “O Brasil historicamente é um mercado estratégico para as companhias suecas, especialmente em setores como automobilístico, telecomunicações, mineração e óleo e gás”, afirma Jonas Lindström, diretor executivo da câmara.

No entanto, as companhias apontam como principal barreira de atuação local a possível desaceleração econômica, seguida pelos altos custos de produção. Do ponto de vista de gestão interna, a área de recursos humanos é um dos focos de atenção das multinacionais suecas no País. “O principal desafio é encontrar profissionais qualificados no Brasil; a demanda é maior que a oferta. Além disso, a mão de obra é cara”, ressalta Jonas. “Isso explica em parte que os principais focos de investimento em 2015 sejam as áreas de treinamento (62%) e recursos humanos (60%).

Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
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