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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/01/2013 | Esportes
São Paulo apaga no segundo tempo, perde para Bolívar, mas avança
Após abrir 3 a 0 logo no início, Tricolor perde o fôlego, faz segundo tempo apático e sofre a virada em La Paz

Não houve altitude, frio, pressão do adversário ou chutes de longa distância que tirassem do São Paulo a vaga na fase de grupos da Taça Libertadores. Mas poderia ter sido mais fácil. Muito mais fácil. Depois de abrir três gols de vantagem no primeiro tempo em La Paz, o Tricolor apagou por completo no segundo e permitiu que o Bolívar virasse para 4 a 3, nesta quarta-feira, no estádio Hernando Siles. Pouco para ser eliminado, muito pelo comportamento apático no fim, criticado com veemência por Rogério Ceni.

O clube brasileiro ficou com a vaga por ter construído uma enorme vantagem ao golear os bolivianos por 5 a 0, no Morumbi. No placar agregado, os paulistas chegaram a fazer 8 a 0, com Luis Fabiano, Jadson e Osvaldo, porém, se acomodaram na etapa final e viram um adversário praticamente eliminado quase renascer - necessitava marcar mais cinco para avançar. O relaxamento irritou o capitão Rogério Ceni.

- O atleta tem de fazer o melhor sempre. Não é só o resultado. Poderíamos perder aqui, mas a forma como perdemos não é digna do que o São Paulo normalmente mostra - disse o goleiro, que admitiu que a altitude de 3.600 metros de La Paz atrapalha, mas não pode servir de desculpa.

O atual campeão da Copa Sul-Americana será obrigado a voltar a La Paz na segunda fase da competição. O clube faz parte agora do Grupo 3, composto também por Arsenal, da Argentina, The Strongest, da Bolívia, e Atlético-MG. A estreia será no dia 13 de fevereiro, contra o Galo, em Belo Horizonte.

O São Paulo volta ao Brasil e inicia a preparação para o primeiro clássico da temporada. O Tricolor entra em campo no domingo para enfrentar o Santos, às 17h (de Brasília), na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista.

Altitude? Que altitude?

Ney Franco surpreendeu ao, mais uma vez, mudar o lado direito do ataque do São Paulo. Aloísio, um dos destaques no primeiro confronto, perdeu a vaga para o lateral-direito Douglas, posicionado quase como um ponta para que Paulo Miranda voltasse à defesa. A eficiência da mudança, porém, sequer pôde ser testada em La Paz.

O Bolívar bem que tentou começar a partida pressionando, mas sucumbiu diante de um adversário calmo e muito superior tecnicamente. O sonho de ficar com a vaga acabou logo no segundo minuto, quando Luis Fabiano ganhou pelo alto da defesa após cobrança de escanteio de Jadson e cabeceou forte: 1 a 0.

O gol colocou os donos da casa em pânico. Com o São Paulo bem fechado na defesa, os bolivianos passaram a arriscar chutes de longa distância. Apenas Ferreira chegou a assustar Rogério Ceni. O avanço dos azuis abriu espaços para o Tricolor, principalmente com Osvaldo, que ignorou o ar refeito pela esquerda. Por lá, aos 15, ele disparou e cruzou para Jadson, com calma, tocar no canto direito de Arguello.

O Bolívar se manteve ofensivo para tentar, no mínimo, anotar um gol no atual campeão da Copa Sul-Americana. Álvarez mostrou a maior arma da equipe ao chutar de longe e carimbar a trave de Ceni. A resposta paulista foi fatal. Em triangulação com Luis Fabiano e Jadson, Osvaldo recebeu na área e chutou colocado para fazer o terceiro. Três minutos depois, Ferreira descontou em belo chute cruzado no canto direito.

Reação do Bolívar

O apoio da torcida, presente em bom número ao estádio, fez o Bolívar se animar na etapa final. O treinador entrou no embalo e trocou o volante Miranda pelo atacante Yecerotte para aumentar o poder ofensivo da equipe. A diminuição de ritmo do São Paulo permitiu que a troca desse certo. Ferreira e Arce exigiram grandes defesas de Rogério Ceni.

Ney Franco percebeu o desinteresse tricolor pelo segundo tempo, principalmente no ataque, e trocou Luis Fabiano por Aloísio. Antes de colocar Cañete na vaga de Osvaldo, os bolivianos chegaram ao segundo gol e encostaram no placar, aos 13. Após cruzamento para a área, o zagueiro Cabrera apareceu como um centroavante e desviou de cabeça.

A igualdade encheu os donos da casa de ânimo diante de um São Paulo adormecido. Aos 24, Cabrera, novamente em uma cabeçada, fez o terceiro e empatou a partida. O time entrou na euforia da torcida, abandonou a defesa e foi para cima. Seis minutos mais tarde, Rhodolfo colocou a mão na bola na área. Ferreira bateu o pênalti e virou, para delírio dos torcedores.

Os azuis ainda tentaram sufocar nos minutos finais, mas se contentaram em apagar a vexatória derrota no primeiro jogo. O São Paulo ainda teve chance de empatar, com Douglas demorando a finalizar na área. Vaga garantida, mas um susto desnecessário para quem quer chegar ao tetra da Libertadores, e que rendeu duras críticas de Ceni.

Por Carlos Augusto Ferrari - G1
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