DATA DA PUBLICAÇÃO 27/02/2014 | Setecidades
São Caetano reduz o consumo de água em 9%
Foto: Andréa Iseki/DGABC
Desde fevereiro, quando os reservatórios do Sistema Cantareira atingiram os menores índices da história, a população de São Caetano já reduziu o consumo de água em 9% na cidade. Com a diminuição, aproximadamente 60 litros por segundo – o equivalente a quase três galões – deixam de ser utilizados. O município é 100% abastecido pelas represas do complexo, localizadas ao Norte da Grande São Paulo.
Para o diretor-geral do DAE (Departamento de Água e Esgoto), Wellington Kalil, a redução se deve à divulgação de campanhas educativas. “Intensificamos as mensagens em outdoors e placas espalhadas pela cidade. A meta é chegar a 20% na diminuição do consumo residencial”, explica. Segundo Kalil, em indústrias o percentual de economia deve ser menor, já que a água é utilizada em alguns processos de produção.
Para diminuir ainda mais o consumo desnecessário, a autarquia aplicou pequena redução na pressão com que a água é enviada aos clientes. O diretor garante, no entanto, que a força está acima do índice mínimo definido por regulamentações técnicas da área. O objetivo é fazer com que menor volume de líquido seja desperdiçado quando uma torneira é deixada aberta por tempo prolongado.
Outra medida adotada foi a intensificação nas ações para detecção de vazamentos, o que diminuiria a perda d’água no percurso entre os reservatórios e os consumidores finais. Atualmente, cerca de 24% da água transmitida pelo DAE no município não é contabilizada. Isso se deve a rompimentos em tubulações ou fraudes no sistema. “Nossa meta é diminuir esse índice para 15% até o fim de 2016”, afirma Kalil.
DESCONTO
Além das campanhas educativas, o DAE estuda a possibilidade de oferecer desconto para clientes que reduzirem o consumo de água na comparação com a média de gasto mensal. “O nosso departamento jurídico está avaliando essa questão, pois envolve renúncia de receita”, explica o diretor da autarquia.
Para que a medida possa ser, de fato, implantada, é preciso que seja definido meio para recomposição do orçamento. Apesar dos trâmites burocráticos, Kalil avalia que, entre 15 e 20 dias, o departamento deve chegar a uma definição sobre uma maneira de oferecer bonificação a quem economizar água.
Na terça-feira, a Câmara Municipal de Santo André aprovou o projeto de lei de autoria do Executivo que propunha a redução de 30% no valor da conta dos clientes que diminuírem o consumo em 20%. Os descontos deverão vigorar entre março e maio, período com temperaturas mais altas e que costuma registrar gastos mais elevados.
O modelo da premiação segue os mesmos parâmetros do programa anunciado no início de fevereiro pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Alckmin prepara uso de volume morto do Sistema Cantareira
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) autorizou a Sabesp a preparar a estrutura necessária para utilizar o volume morto do Sistema Cantareira a fim de evitar a falta de água na Grande São Paulo. Trata-se de uma reserva de 400 milhões de metros cúbicos de água que estão abaixo dos níveis operacionais mínimos de exploração.
Ele afirmou que a estrutura será preparada, mas o recurso emergencial só será usado se as chuvas não vierem em quantidade suficiente. O nível de água no sistema continua caindo e ontem atingiu 16,8%, o menor da história.
“Apesar de a represa estar com nível muito baixo, temos outros sistemas em melhores condições. É uma reserva que podemos usar, por isso vamos estar preparados e só usar se necessário”, disse Alckmin. Especialistas do setor consideram que o custo de captação do volume morto é elevado, mas seria uma forma de evitar o racionamento. (da AE)
Para o diretor-geral do DAE (Departamento de Água e Esgoto), Wellington Kalil, a redução se deve à divulgação de campanhas educativas. “Intensificamos as mensagens em outdoors e placas espalhadas pela cidade. A meta é chegar a 20% na diminuição do consumo residencial”, explica. Segundo Kalil, em indústrias o percentual de economia deve ser menor, já que a água é utilizada em alguns processos de produção.
Para diminuir ainda mais o consumo desnecessário, a autarquia aplicou pequena redução na pressão com que a água é enviada aos clientes. O diretor garante, no entanto, que a força está acima do índice mínimo definido por regulamentações técnicas da área. O objetivo é fazer com que menor volume de líquido seja desperdiçado quando uma torneira é deixada aberta por tempo prolongado.
Outra medida adotada foi a intensificação nas ações para detecção de vazamentos, o que diminuiria a perda d’água no percurso entre os reservatórios e os consumidores finais. Atualmente, cerca de 24% da água transmitida pelo DAE no município não é contabilizada. Isso se deve a rompimentos em tubulações ou fraudes no sistema. “Nossa meta é diminuir esse índice para 15% até o fim de 2016”, afirma Kalil.
DESCONTO
Além das campanhas educativas, o DAE estuda a possibilidade de oferecer desconto para clientes que reduzirem o consumo de água na comparação com a média de gasto mensal. “O nosso departamento jurídico está avaliando essa questão, pois envolve renúncia de receita”, explica o diretor da autarquia.
Para que a medida possa ser, de fato, implantada, é preciso que seja definido meio para recomposição do orçamento. Apesar dos trâmites burocráticos, Kalil avalia que, entre 15 e 20 dias, o departamento deve chegar a uma definição sobre uma maneira de oferecer bonificação a quem economizar água.
Na terça-feira, a Câmara Municipal de Santo André aprovou o projeto de lei de autoria do Executivo que propunha a redução de 30% no valor da conta dos clientes que diminuírem o consumo em 20%. Os descontos deverão vigorar entre março e maio, período com temperaturas mais altas e que costuma registrar gastos mais elevados.
O modelo da premiação segue os mesmos parâmetros do programa anunciado no início de fevereiro pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Alckmin prepara uso de volume morto do Sistema Cantareira
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) autorizou a Sabesp a preparar a estrutura necessária para utilizar o volume morto do Sistema Cantareira a fim de evitar a falta de água na Grande São Paulo. Trata-se de uma reserva de 400 milhões de metros cúbicos de água que estão abaixo dos níveis operacionais mínimos de exploração.
Ele afirmou que a estrutura será preparada, mas o recurso emergencial só será usado se as chuvas não vierem em quantidade suficiente. O nível de água no sistema continua caindo e ontem atingiu 16,8%, o menor da história.
“Apesar de a represa estar com nível muito baixo, temos outros sistemas em melhores condições. É uma reserva que podemos usar, por isso vamos estar preparados e só usar se necessário”, disse Alckmin. Especialistas do setor consideram que o custo de captação do volume morto é elevado, mas seria uma forma de evitar o racionamento. (da AE)
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