DATA DA PUBLICAÇÃO 26/02/2011 | Setecidades
São Caetano encolhe salário de atletas
Após a dispensa de 720 atletas com a alegação de contenção de gastos, no qual seriam economizados R$ 1,5 milhão do orçamento municipal, a Prefeitura de São Caetano anunciou nesta quinta-feira (24/02) a contratação de cerca de 600 atletas - parte destes havia sido dispensada no começo do ano - além de um novo modelo de gestão.
Conforme explicou o secretário de Esportes, Mauro Chekin, a cidade está passando por um momento de reestruturação e algumas modalidades deixarão de existir devido a falta de retorno esportivo e financeiro. “As modalidades que vão deixar de existir são o biribol, boxe, kickboxing e o karatê. Analisamos o custo/benefício de cada atleta, suas motivações e aquilo que eles poderiam trazer para a cidade. Antes nós éramos predadores, agora São Caetano quer formar seus próprios atletas”, disse Chekin.
De acordo com o prefeito José Auricchio Jr. (PTB), as dificuldades financeiras não são o principal motivo da reestruturação. “Nosso antigo método estava saturado. Por isso, a renovação agregada com um projeto de futuro juntou-se a questão orçamentária. Esta coincidiu com a contenção orçamentária que qualquer administração está fazendo neste ano”, explicou.
Apesar de não divulgar quais atletas devem permanecer, o secretário revelou que foram feitos cortes salariais de até 50%, o que garantiu a continuidade de alguns deles. “Temos cerca de 28 atletas olímpicos que continuarão representando a cidade, acho que não estamos perdendo nenhum, tirando os ginastas que receberam ofertas melhores do Flamengo”, informou Chekin.
Uma das remanescentes é a veterana judoca Edinanci Silva. Após quase um mês de negociação com a cidade que defende desde 1998, a lutadora decidiu permanecer na equipe, mesmo com o salário reduzido pela metade. Com um ponto de vista peculiar, Edinanci disse que permaneceu simplesmente por amor à camisa. “Conversei muito com os dirigentes e, pelo respeito a eles, que sempre me apoiaram muito, e pela cidade, resolvi ficar. Fiquei por amor à camisa mesmo, já que tive várias outras ofertas, muitas melhores financeiramente”, disse.
No entanto, para a judoca, o novo modelo de gestão esportiva de São Caetano não é completamente correto. De acordo com a atleta, o ideal seria o investimento na base aliado a manutenção dos ídolos que fizeram muito pelo esporte da cidade. “A ideia de investir na base é muito boa, mas não se pode esquecer dos atletas que fizeram a história. Não é simplesmente investir nos mais novos. Como ficam os exemplos? A cidade perde muito em questão de experiência”, analisou.
“Fiquei triste por São Caetano ter deixado o Carlos Honorato escapar, não sei como está a situação dele. A última vez que falamos foi quando o corte foi anunciado, quando São Caetano parecia um leão caído e cercado por abutres arrancando os nacos em busca dos atletas que estavam saindo”, disparou.
Na tentativa de mudar o cenário, o novo modelo de gestão esportiva será voltado para as categorias de base. O Centro de Detecção de Talentos, que será monitorado pelos estudantes de Educação Física da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), será responsável por garimpar atletas de 8 a 17 anos nas escolas municipais. Além disso, o basquete terá parceria com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), que tem a ex-jogadora Hortência como uma das dirigentes e a BSB (Brunoro Sport Business) para revelar jogadores.
Conforme explicou o secretário de Esportes, Mauro Chekin, a cidade está passando por um momento de reestruturação e algumas modalidades deixarão de existir devido a falta de retorno esportivo e financeiro. “As modalidades que vão deixar de existir são o biribol, boxe, kickboxing e o karatê. Analisamos o custo/benefício de cada atleta, suas motivações e aquilo que eles poderiam trazer para a cidade. Antes nós éramos predadores, agora São Caetano quer formar seus próprios atletas”, disse Chekin.
De acordo com o prefeito José Auricchio Jr. (PTB), as dificuldades financeiras não são o principal motivo da reestruturação. “Nosso antigo método estava saturado. Por isso, a renovação agregada com um projeto de futuro juntou-se a questão orçamentária. Esta coincidiu com a contenção orçamentária que qualquer administração está fazendo neste ano”, explicou.
Apesar de não divulgar quais atletas devem permanecer, o secretário revelou que foram feitos cortes salariais de até 50%, o que garantiu a continuidade de alguns deles. “Temos cerca de 28 atletas olímpicos que continuarão representando a cidade, acho que não estamos perdendo nenhum, tirando os ginastas que receberam ofertas melhores do Flamengo”, informou Chekin.
Uma das remanescentes é a veterana judoca Edinanci Silva. Após quase um mês de negociação com a cidade que defende desde 1998, a lutadora decidiu permanecer na equipe, mesmo com o salário reduzido pela metade. Com um ponto de vista peculiar, Edinanci disse que permaneceu simplesmente por amor à camisa. “Conversei muito com os dirigentes e, pelo respeito a eles, que sempre me apoiaram muito, e pela cidade, resolvi ficar. Fiquei por amor à camisa mesmo, já que tive várias outras ofertas, muitas melhores financeiramente”, disse.
No entanto, para a judoca, o novo modelo de gestão esportiva de São Caetano não é completamente correto. De acordo com a atleta, o ideal seria o investimento na base aliado a manutenção dos ídolos que fizeram muito pelo esporte da cidade. “A ideia de investir na base é muito boa, mas não se pode esquecer dos atletas que fizeram a história. Não é simplesmente investir nos mais novos. Como ficam os exemplos? A cidade perde muito em questão de experiência”, analisou.
“Fiquei triste por São Caetano ter deixado o Carlos Honorato escapar, não sei como está a situação dele. A última vez que falamos foi quando o corte foi anunciado, quando São Caetano parecia um leão caído e cercado por abutres arrancando os nacos em busca dos atletas que estavam saindo”, disparou.
Na tentativa de mudar o cenário, o novo modelo de gestão esportiva será voltado para as categorias de base. O Centro de Detecção de Talentos, que será monitorado pelos estudantes de Educação Física da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), será responsável por garimpar atletas de 8 a 17 anos nas escolas municipais. Além disso, o basquete terá parceria com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), que tem a ex-jogadora Hortência como uma das dirigentes e a BSB (Brunoro Sport Business) para revelar jogadores.
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