DATA DA PUBLICAÇÃO 24/08/2012 | Cultura
São Bernardo vê Macbeth, tragédia de Shakespeare
Marcello Antony encabeça elenco da montagem dirigida por Gabriel Vilela. Foto: divulgação
Marcello Antony e Cláudio Fontana interpretam casal de vilões no Teatro Lauro Gomes em apresentações de sexta-feira a domingo
Estará em cartaz a partir desta sexta-feira (24/08) até domingo (26/08) no Teatro Lauro Gomes, em São Bernardo, a nova montagem de Macbeth. Dirigida por Gabriel Villela, a tragédia escrita por Shakespeare no início do século 17 faz referência às companhias teatrais contemporâneas do autor, nas quais não havia atrizes.
“Fizemos uma ruptura com o naturalismo quando optamos por uma peça baseada no teatro arqueológico, nos tempos de teatro grego e tragédias, quando mulheres eram proibidas de atuar. O teatro contemporâneo é muito generoso e permite o uso desta estética”, afirmou Gabriel Villela.
A história se passa em 1047, quando, após vencer uma batalha e salvar a Escócia, Macbeth (Marcello Antony) sente que está chegando cada vez mais próximo do trono escocês. Macbeth é um general do exército escocês muito apreciado pelo seu monarca, o rei Duncan (Helio Cícero), por sua lealdade e seus préstimos guerreiros.
Um dia, ele e Banquo (Marco Antônio Pâmio), outro general, são abordados por três bruxas, que fazem os seguintes vaticínios: Macbeth será rei; Banquo é menos importante, mas mais poderoso que Macbeth; e os filhos de Banquo serão reis. Macbeth relata o estranho encontro para a mulher, Lady Macbeth (Claudio Fontana) – uma das mais perfeitas vilãs da literatura –, que, ambiciosa, exerce seu poder sobre o marido, levando-o a cometer o gesto fatal de traição ao rei que desencadeará a tragédia dos dois e uma reviravolta na corte.
De acordo com o diretor, Macbeth é uma máquina assassina. “Ele faz guerra, gosta de matar. A peça toda é muito tribal, busca uma energia ancestral. Trata-se de uma experiência quase primitiva.”
Homens em cena - No início do século 17, quando Shakespeare escreveu Mac-beth, as mulheres ainda não atuavam e os papéis femininos eram interpretados por homens no teatro. Encabeçado por Marcello Antony e Claudio Fontana, o elenco é formado só por atores homens: Helio Cicero, Marco Antônio Pâmio, Carlos Morelli, José Rosa, Marco Furlan, Rogerio Brito.
Para contar a tragédia shakespeariana, traduzida por Marcos Daud, o diretor Gabriel Villela incluiu um narrador na peça. O texto original tem 20 personagens. Esse número foi diminuído para que pudesse ser encenado por oito atores. “Introduzi o narrador, personagem inspirado na renascença inglesa, para que ele possa, periodicamente, reconstruir a história perante a plateia, convocar os personagens, decompor a fábula na sua essência e desenvolver a história. Ele narra o universo trágico de Macbeth”, contou Villela.
Cenário e Figurino - Os elementos que compõem o espetáculo foram escolhidos a partir da criatividade da produção. Não há trajes de época, apenas adereços para representar os personagens, como golas elizabetanas para caracterizar os nobres. O cenário é composto por cadeiras de cinema, teares e malas, que ganham outras funções e significados.
“Ao mesmo tempo em que o figurino remete à guerra, também faz a brincadeira lúdica e artesanal em cima do conceito popular de transformar um objeto em outro. É para dar mais poesia”, destacou o diretor Gabriel Villela.
Serviço
Macbeth, com Marcello Antony, Cláudio Fontana e elenco.
Sexta-feira (24/08) às 21h; sábado (25/08) às 21h e domingo (26/08) às 19h.
Teatro Lauro Gomes: Rua Helena Jacquey 171, Rudge Ramos.
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia entrada). Compra na bilheteria apenas com dinheiro.
Informações: 2093-3176 / 4368-3483.
Estará em cartaz a partir desta sexta-feira (24/08) até domingo (26/08) no Teatro Lauro Gomes, em São Bernardo, a nova montagem de Macbeth. Dirigida por Gabriel Villela, a tragédia escrita por Shakespeare no início do século 17 faz referência às companhias teatrais contemporâneas do autor, nas quais não havia atrizes.
“Fizemos uma ruptura com o naturalismo quando optamos por uma peça baseada no teatro arqueológico, nos tempos de teatro grego e tragédias, quando mulheres eram proibidas de atuar. O teatro contemporâneo é muito generoso e permite o uso desta estética”, afirmou Gabriel Villela.
A história se passa em 1047, quando, após vencer uma batalha e salvar a Escócia, Macbeth (Marcello Antony) sente que está chegando cada vez mais próximo do trono escocês. Macbeth é um general do exército escocês muito apreciado pelo seu monarca, o rei Duncan (Helio Cícero), por sua lealdade e seus préstimos guerreiros.
Um dia, ele e Banquo (Marco Antônio Pâmio), outro general, são abordados por três bruxas, que fazem os seguintes vaticínios: Macbeth será rei; Banquo é menos importante, mas mais poderoso que Macbeth; e os filhos de Banquo serão reis. Macbeth relata o estranho encontro para a mulher, Lady Macbeth (Claudio Fontana) – uma das mais perfeitas vilãs da literatura –, que, ambiciosa, exerce seu poder sobre o marido, levando-o a cometer o gesto fatal de traição ao rei que desencadeará a tragédia dos dois e uma reviravolta na corte.
De acordo com o diretor, Macbeth é uma máquina assassina. “Ele faz guerra, gosta de matar. A peça toda é muito tribal, busca uma energia ancestral. Trata-se de uma experiência quase primitiva.”
Homens em cena - No início do século 17, quando Shakespeare escreveu Mac-beth, as mulheres ainda não atuavam e os papéis femininos eram interpretados por homens no teatro. Encabeçado por Marcello Antony e Claudio Fontana, o elenco é formado só por atores homens: Helio Cicero, Marco Antônio Pâmio, Carlos Morelli, José Rosa, Marco Furlan, Rogerio Brito.
Para contar a tragédia shakespeariana, traduzida por Marcos Daud, o diretor Gabriel Villela incluiu um narrador na peça. O texto original tem 20 personagens. Esse número foi diminuído para que pudesse ser encenado por oito atores. “Introduzi o narrador, personagem inspirado na renascença inglesa, para que ele possa, periodicamente, reconstruir a história perante a plateia, convocar os personagens, decompor a fábula na sua essência e desenvolver a história. Ele narra o universo trágico de Macbeth”, contou Villela.
Cenário e Figurino - Os elementos que compõem o espetáculo foram escolhidos a partir da criatividade da produção. Não há trajes de época, apenas adereços para representar os personagens, como golas elizabetanas para caracterizar os nobres. O cenário é composto por cadeiras de cinema, teares e malas, que ganham outras funções e significados.
“Ao mesmo tempo em que o figurino remete à guerra, também faz a brincadeira lúdica e artesanal em cima do conceito popular de transformar um objeto em outro. É para dar mais poesia”, destacou o diretor Gabriel Villela.
Serviço
Macbeth, com Marcello Antony, Cláudio Fontana e elenco.
Sexta-feira (24/08) às 21h; sábado (25/08) às 21h e domingo (26/08) às 19h.
Teatro Lauro Gomes: Rua Helena Jacquey 171, Rudge Ramos.
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia entrada). Compra na bilheteria apenas com dinheiro.
Informações: 2093-3176 / 4368-3483.
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