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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/08/2012 | Setecidades
São Bernardo vai construir ponte para substituir balsa
São Bernardo vai construir ponte para substituir balsa Balsa João Basso, que está em funcionamento há mais de 30 anos. Foto: Rodrigo Pinto
Balsa João Basso, que está em funcionamento há mais de 30 anos. Foto: Rodrigo Pinto
Construção deve ficar pronta até o final de 2014; balsa está em funcionamento desde 1980

A Prefeitura de São Bernardo planeja a construção de uma ponte para substituir a balsa João Basso, no Riacho Grande, em funcionamento desde 1980 e mantida pela Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). De acordo com o secretário de Transportes e Vias Públicas do município, Oscar Silveira Campos, as filas e a demora no embarque na balsa dificultam a mobilidade de pessoas em situação de emergência.

“Já fizemos uma reunião com a Emae, que se mostrou favorável ao projeto. No momento estamos consultando dois órgãos para financiamento, o Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) e o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina)”, adiantou o secretário. A ideia é que a ponte esteja pronta até o final de 2014.

A verba necessária estaria incluída em um pacote de obras de mobilidade que prevê um sistema de teleférico nos bairros mais altos, barcos rápidos para transporte de passageiros entre os bairros Santa Cruz, no pós-balsa, e o Alvarenga, além de ponte que ligaria a avenida Lauro Gomes, no Rudge, ao bairro Taboão.

“A estimativa é que essas obras custem, juntas, entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões. A ideia é de que até a metade de 2013 o financiamento seja liberado e as obras sejam concluídas no final de 2014”, explicou o secretário. O pontilhão que ligaria a região do Rudge Ramos ao Taboão, passando sobre a Anchieta, é visto como prioritário pela administração.

Balsa - A balsa João Basso funciona gratuitamente 24 horas por dia, com capacidade de transporte de 238 passageiros. Ela comporta 20 veículos leves por travessia. Em média, transporta diariamente 2.078 veículos e 6.940 pedestres. A distância entre uma margem e outra é de 650 metros, e o tempo de viagem é de cinco minutos, em média.

A balsa atende aos mais de 9,1 mil moradores dos bairros Tatetos, Taquacetuba, Santa Cruz, Curucutu, Capivari, Rio Pequeno e Dos Imigrantes. Para o auxiliar de produção Wellington Francisco dos Santos, 26 anos, e sua esposa, Clarisse Alves Amaro, 21, o serviço prestado pela embarcação é deficitário. “São muitos atrasos, além de quebrar com frequência”, reclamou Santos.

O desempregado Tiago Chaves Martins, 19, perdeu o emprego na semana passada por causa dos atrasos na balsa. “Sempre sofri com o problema e na semana passada atrasei muito para chegar até meu emprego”, lamentou.

Preservação - Para o advogado ambientalista Virgílio Alcides de Farias, qualquer estrutura que facilite o acesso das pessoas às áreas de preservação ambiental é prejudicial. “A Lei da Billings prevê a preservação e recuperação dos mananciais. Uma ponte facilitaria o adensamento populacional nas margens da represa, indo contra o que a legislação determina.”

O especialista acredita que o projeto deve ser repensado. “É preciso desestimular a ocupação das margens da Billings, e não o contrário”, opinou.

Cidade aposta em transporte alternativo
No pacote de obras de mobilidade urbana está o Metrô-Cabo, ou teleférico, para transporte coletivo em áreas de difícil acesso. O sistema, baseado em tecnologia de empresas alemãs, italianas e francesas para estações de esqui, seria utilizado em bairros como o Montanhão, Vila São Pedro, Jardim Limpão, Areião, Biquinha e Jardim Silvina. Cerca de 80 mil pessoas seriam beneficiadas.

No mês passado, o secretário de Transportes e Vias Públicas do município, Oscar Silveira Campos, esteve em cidades europeias que utilizam o sistema. “Com o tempo, a tecnologia do teleférico para estações de esqui foi aplicada em cidades com moradias nos altos dos morros e a experiência foi adotada com sucesso em países como Nigéria, Venezuela, Colômbia e Brasil, no Morro do Alemão, Rio de Janeiro.”

Somente neste projeto seriam gastos em torno de R$ 100 milhões. O sistema é composto de oito quilômetros de linha, com 10 estações. Cada cabine levaria até 25 passageiros. “A ideia é substituir os micro-ônibus que circulam nestes bairros”, explicou Campos. Assim como as pontes, os teleféricos têm previsão de funcionar até o final de 2014.

Na Vila São Pedro, a maior comunidade da Região, com 26 mil moradores, o acesso à parte alta do bairro é um desafio. Em muitas ruelas íngremes, os micro-ônibus não chegam. “O sistema de transporte é terrível”, reclamou a costureira Marcelina Alves da Silva, 42 anos. A alternativa dos bondinhos é vista com animação pela moradora. “Seria muito prático”, afirmou.

Já os catamarãs – barcos rápidos para transporte de passageiros – seriam utilizados na represa Billings, para levar moradores do bairro Santa Cruz até o Alvarenga.

Por Angela de Paula - ABCD Maior
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