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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/06/2012 | Setecidades
São Bernardo assina contrato de R$ 600 mi para usina de lixo
São Bernardo assina contrato de R$ 600 mi para usina de lixo Assinatura do contrato, que prevê também um novo modelo de administração da limpeza urbana do município. Foto: Divulgação
Assinatura do contrato, que prevê também um novo modelo de administração da limpeza urbana do município. Foto: Divulgação
Consórcio SBC terá 45 dias para apresentar o projeto executivo

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, assinou nesta sexta-feira (22/06) o contrato para a instalação e gestão do Sistema Integrado de Manejo e Gestão de Resíduos com o Consórcio SBC Valorização de Resíduos Revita e Lara. O processamento do lixo será feito por incineração, que ainda gerará cerca de 22 MW/h de energia, suficiente para abastecer a iluminação pública e domicílios de uma cidade de 300 mil habitantes.

A iniciativa também prevê um novo modelo de administração da limpeza urbana do município, com um sistema de gestão integrada de resíduos, incluindo a coleta seletiva e de materiais da construção civil, a instalação de centrais de triagem e equipamentos especiais para recolhimento, como ecopontos e locais para entrega voluntária.

O valor total do contrato é de R$ 4,3 bilhões para concessão de 30 anos. Somente na construção da usina serão empregados R$ 600 milhões. O consórcio terá 45 dias para apresentar o projeto executivo da implementação do sistema e seis meses para o início das obras da usina, com previsão de funcionamento para o segundo semestre de 2014.

“Este é um desafio muito grande, já que estamos mudando o conceito de gestão de resíduos do País. Além da redução do custo mensal para tratamento e destinação do lixo, haverá o ganho da geração de energia elétrica”, destacou o presidente da Revita, Carlos Alberto Almeida Júnior.

Tecnologia - Até o momento, no entanto, a tecnologia empregada ainda não foi definida. De acordo com o secretário de Planejamento Urbano, Alfredo Buso, os modelos ainda estão sendo analisados junto ao governo federal. “Vamos definir com base nos preços de energia que estão sendo praticados. O que temos hoje como viável é uma tecnologia que permite a geração entre 20 MW/h e 25 MW/h. Mas também existem modelos que podem dobrar essa produção”, salientou. No texto do projeto executivo já constará a tecnologia que será utilizada.

“Esta é a forma mais correta que entendemos para o manejo do lixo, já que a partir de 2014 não serão mais permitidos aterros sanitários no País”, avaliou o prefeito, ao sair em defesa do projeto que foi alvo de crítica de ambientalistas. “Esse conceito vem de experiências malsucedidas da década de 1990, muito poluidoras. Buscamos modelos em outros países e trouxemos o mais moderno para a cidade.”

Atualmente, São Bernardo gasta mensalmente R$ 12 milhões para coleta e destinação do lixo. Com a usina em funcionamento, serão repassados por mês R$ 10 milhões ao consórcio. Caso haja irregularidades, esse valor pode ser reduzido em até 20%. A fiscalização se dará por meio de pesquisa e denúncia da população.

Remediação - A recuperação ambiental do antigo lixão do Alvarenga, área onde será construída a usina de lixo, começará a ser realizada dentro de 60 dias. No local será feita a captação do chorume, tratamento das águas contaminadas e a construção de um parque de 300 mil metros quadrados, com prazo de finalização entre 18 e 36 meses. O investimento previsto para a revitalização da área e construção do parque é de R$ 70 milhões.

Também estão previstos estudos de licenciamento ambiental para a construção do Sistema de Processamento e Aproveitamento de Resíduos e Unidade de Recuperação Energética, que dará tratamento diferenciado para cada tipo de material.

Cidade produz 700 toneladas de lixo/dia

São Bernardo produz, atualmente, 700 toneladas de lixo por dia, sendo 45,8% de matéria orgânica, 1,3% de madeira, 20,4% de papel/papelão, 16% de plástico, 3% de metais, 2% de vidros, 4,4% de fraldas descartáveis, 5,6% de materiais têxteis/couro/calçados, 1,4% de resíduos da construção civil e 0,22% de resíduos especiais. O lixo sólido vai para o aterro Lara, em Mauá.

O novo modelo, baseado nas diretrizes do Plano Nacional de Resíduos Sólidos do governo federal, ainda prevê a implantação de uma rede de entrega voluntária de lixo reciclável e 30 ecopontos em todo o município, além de seis centrais de triagem operadas por cooperativas. Com isso, a coleta seletiva, que hoje é de 1% do total de lixo recolhido do município, passará a 10% em 2017. Entre 500 e 800 postos de trabalho devem ser criados.

De acordo com o prefeito Luiz Marinho, o projeto será apresentado em 2 de julho em reunião do Consórcio Intermunicipal, entidade que reúne os sete prefeitos. “Outros municípios da Região podem se interessar em destinar lixo para a usina”, explicou.

Por Angêla de Paula - ABCD Maior
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