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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/04/2009 | Turismo
Santo chocolate
Trufas, pralinés, ovos pintados à mão, bombons dos mais variados recheios e barras de chocolate branco, amargo, ao leite, crocante. Enquanto algumas cidades mergulham de corpo e alma em celebrações religiosas durante a Semana Santa, outras aproveitam o feriado para enfatizar um dos sete pecados capitais: a gula.

No Brasil, as vizinhas Gramado e Canela, na Serra Gaúcha, promovem um irresistível culto ao cacau na forma de festas, desfiles, decorações de rua e, como não poderia deixar de ser, muito chocolate.

A tradição vem da Europa, onde fábricas e museus arrancam suspiros e água da boca dos visitantes à custa de imensos caldeirões e até chafarizes jorrando caldas da iguaria. Cenas que fazem o longa-metragem A Fantástica Fábrica de Chocolate parecer mero aperitivo.

A origem do alvo da cobiça de todo chocólatra, no entanto, remete ao México. Tudo começou em 1579, quando o imperador Montezuma ofereceu ao explorador espanhol Hernando Cortez, como símbolo de paz e alta consideração, uma bebida energética e afrodisíaca - feita de sementes de cacau, mel e baunilha -, batizada de tchocolatl. Não demorou muito para a receita cair no gosto europeu e, séculos mais tarde, ser agregada à mais importante celebração do calendário cristão, fazendo até o mais convicto dos devotos render-se aos prazeres da mesa assim que os sinos anunciam o Domingo de Páscoa.

Ao Sul de Roma, a bênção papal divide atenções com as bicas do Museo del Cioccolato Antica Norba, em Norma, considerado o primeiro acervo do gênero em solo italiano. O país, aliás, tem uma das mais famosas marcas do mundo: a Slitti, com diversas lojas espalhadas pela região.

Já na Inglaterra, o Cadbury World leva os comilões a uma espécie de êxtase gustativo com sua infinidade de chocolates a granel e carros em forma de ovinhos.

Bélgica - Quando o assunto é chocolate, a Bélgica é imbatível. O segredo está no requinte. As vitrinas aguçam os sentidos com aromas, texturas e visual impecável. Como em toda experiência sensorial, os bombons são geralmente pequenos, cobertos por uma fina camada de chocolate e com recheios sofisticados, que vão do tradicional marzipã aos cremes de laranja ou de framboesa com iogurte. Os pralinés belgas são considerados os melhores chocolates do planeta.

Não à toa, o país produz anualmente 172 mil toneladas de delícias à base de amêndoas torradas de cacau em suas mais de 2.000 lojas. Também não é de se estranhar que o chocolate seja vedete de inúmeras festas ao longo do ano e tema para quatro museus belgas: o Museum Temple of Chocolate Cote D''Or, o Chocolate Museum Jacques, o Musée du Cacao et du Chocolat e o Musée de la Pâtisserie.

Marcas internacionais, como Neuhauss e Godiva, estão por toda parte. Mas vale reservar alguns euros para provar também as especialidades da Wittamer, em Bruxelas, e da Chocolates Del Rey, em Antuérpia.

França - Degustações à parte, em Biarritz, na França, o verdadeiro prazer encontra-se em literalmente pôr a mão na massa do chocolate. O Atelier Musée du Chocolat reproduz o interior de uma feitoria, onde mestres chocolatiers revelam os segredos da perdição travestida de cacau em workshops temporários.

Também é da França que saem dois entre os cinco chocolates considerados os melhores e mais caros do mundo: o ultra-amargo Noir Infinit - infinitamente negro em português, com 99% de massa de cacau, suprassumo da marca premiada Michel Cluizel - e o Valrhona, com destaque para o Vintage Chuao e o Ampamakia.

Ambos podem ser adquiridos na fabulosa Maison Fauchon (de 1886), que possui 14 lojas em Paris e mais um bocado dispersas nos quatro cantos do mundo, com unidades até no Egito, Nova Zelândia e Japão. Voilà!

Roteiro da perdição

Museus

Bélgica -
O site www.belgicaturismo.com reúne informações sobre os museus do chocolate no país. O www.belgiumforchocolatelovers.com, em inglês, é ainda mais completo.

Inglaterra - A página www.cadburyworld.co.uk fornece dicas e informações sobre o parque temático da Cadbury.

França - Para visitar a oficina de chocolate em Biarritz, é preciso marcar hora no centro de turismo local ou pelo telefone (335) 5924-5050.

Alemanha - A fábrica virtual da Stollwerk fica no endereço www.schokoladenmuseum.de.

Itália - Na página www.anticanorba.com, o visitante confere a história do primeiro museu do gênero na Itália.

Suíça - A www.cailler.ch.fr revela as delícias da marca conjugada à Nestlé.

Lojas

Fauchon - www.fauchon.fr
Vosges - www.vosgeschocolate.com.

Por Heloísa Cestari - Diário do Grande ABC
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