DATA DA PUBLICAÇÃO 10/03/2012 | Setecidades
Santo André vai negociar com dono terreno ocupado
Sem-teto durante manifestação no Paço de Santo André. Foto: Andris Bovo
Sem-teto que ocupam área no Jardim do Estádio foram em marcha até o Paço e conseguiram conversar com dois secretários
Uma comissão de cinco coordenadores do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), que lidera a ocupação de um terreno privado em Santo André desde o fim de semana, se reuniu no fim da tarde desta quinta-feira (08/03) com o secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Niljanil Bueno Brasil, e com secretário de Inclusão Social, Antônio Francisco da Silva, que se comprometeram a negociar com o proprietário a compra da área hoje ocupada.
De acordo com o coordenador dos sem-teto, Zezito Alves, os secretários afirmaram que não têm poder legal para interferir em uma eventual reintegração de posse, mas que irão negociar com o dono do terreno, Luiz Pereira, a compra para construção de moradias populares.
“Nós devemos marcar uma reunião com a Caixa Econômica Federal na próxima semana e os secretários disseram que a Prefeitura quer participar desses encontros. Eles se mostraram dispostos a dialogar com o movimento. Vamos avaliar com as famílias o resultado desse encontro. Não sabemos até onde eles (governo municipal) irão cumprir o que estão dizendo”, afirmou Zezito Alves.
Manifestação - Até conseguir a reunião com o secretário, os sem-teto caminharam desde o acampamento, no Jardim do Estádio, passando pela rua Carijós, avenida Perimetral, até o Paço Municipal. A marcha começou às 9h e chegou ao Centro da cidade por volta das 12h. Cerca de 500 sem-teto participaram do ato, entoado por coros como “O povo na rua, prefeito a culpa é sua”.
Guardas de trânsito interditaram uma faixa da avenida Perimetral para que o trânsito não fosse afetado pela marcha. A Guarda Municipal acompanhou a caminhada, que não registrou nenhuma ocorrência.
Durante a tarde, os sem-teto permaneceram em frente ao prédio da Prefeitura, com cartazes, apitos, e mantendo o ritmo de manifestação iniciado na marcha. Algumas pessoas almoçaram no local já no fim da tarde. Por volta das 17h, próximo do horário em que a comissão foi recebida, foi servida na própria manifestação refeição preparada na cozinha da ocupação, com arroz, feijão, macarrão e linguiça.
Passar a noite - Mesmo com a incerteza de conseguir o encontro com os representantes da Administração do prefeito Aidan Ravin, debaixo do sol forte e sem almoçar, os sem-teto não arredaram o pé do local. A ideia, de acordo com a coordenadora do acampamento Novo Pinheirinho-Santo André, Maria das Dores, era passar a noite no Paço caso o MTST não fosse atendido.
“Não vamos tolerar descaso do poder público mais. Se não for com horário marcado, como tentamos a semana inteira, será no horário que a gente resolver bater na porta. Essas famílias estão esperando a vida toda pelo seu direito de morar. É mais difícil do que parece nos dar um chá de cadeira”, afirmou Das Dores.
Acampamento já tem 1.300 famílias
O acampamento Novo Pinheirinho – Santo André foi levantado próximo à rua Adriático na madrugada de sábado (03/03). Começou com cerca de 300 pessoas, aumentou expressivamente, e contava nesta quinta-feira (08/03) com 1.300 famílias, de acordo com a coordenação dos trabalhadores sem-teto.
Até o fim da tarde desta quinta-feira (08/03), o juiz da 5ª Vara Cível de Santo André, João Antunes dos Santos Neto, ainda não havia despachado um parecer sobre o pedido de reintegração de posse movido pelo proprietário da área ocupada na segunda-feira (05/03).
O terreno, que pertence à família de Luiz Pereira, tem 50 mil metros quadrados e está classificado como Zeis (Zona Especial de Interesse Social). Ou seja, é próprio para a construção de habitação popular.
Uma comissão de cinco coordenadores do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), que lidera a ocupação de um terreno privado em Santo André desde o fim de semana, se reuniu no fim da tarde desta quinta-feira (08/03) com o secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Niljanil Bueno Brasil, e com secretário de Inclusão Social, Antônio Francisco da Silva, que se comprometeram a negociar com o proprietário a compra da área hoje ocupada.
De acordo com o coordenador dos sem-teto, Zezito Alves, os secretários afirmaram que não têm poder legal para interferir em uma eventual reintegração de posse, mas que irão negociar com o dono do terreno, Luiz Pereira, a compra para construção de moradias populares.
“Nós devemos marcar uma reunião com a Caixa Econômica Federal na próxima semana e os secretários disseram que a Prefeitura quer participar desses encontros. Eles se mostraram dispostos a dialogar com o movimento. Vamos avaliar com as famílias o resultado desse encontro. Não sabemos até onde eles (governo municipal) irão cumprir o que estão dizendo”, afirmou Zezito Alves.
Manifestação - Até conseguir a reunião com o secretário, os sem-teto caminharam desde o acampamento, no Jardim do Estádio, passando pela rua Carijós, avenida Perimetral, até o Paço Municipal. A marcha começou às 9h e chegou ao Centro da cidade por volta das 12h. Cerca de 500 sem-teto participaram do ato, entoado por coros como “O povo na rua, prefeito a culpa é sua”.
Guardas de trânsito interditaram uma faixa da avenida Perimetral para que o trânsito não fosse afetado pela marcha. A Guarda Municipal acompanhou a caminhada, que não registrou nenhuma ocorrência.
Durante a tarde, os sem-teto permaneceram em frente ao prédio da Prefeitura, com cartazes, apitos, e mantendo o ritmo de manifestação iniciado na marcha. Algumas pessoas almoçaram no local já no fim da tarde. Por volta das 17h, próximo do horário em que a comissão foi recebida, foi servida na própria manifestação refeição preparada na cozinha da ocupação, com arroz, feijão, macarrão e linguiça.
Passar a noite - Mesmo com a incerteza de conseguir o encontro com os representantes da Administração do prefeito Aidan Ravin, debaixo do sol forte e sem almoçar, os sem-teto não arredaram o pé do local. A ideia, de acordo com a coordenadora do acampamento Novo Pinheirinho-Santo André, Maria das Dores, era passar a noite no Paço caso o MTST não fosse atendido.
“Não vamos tolerar descaso do poder público mais. Se não for com horário marcado, como tentamos a semana inteira, será no horário que a gente resolver bater na porta. Essas famílias estão esperando a vida toda pelo seu direito de morar. É mais difícil do que parece nos dar um chá de cadeira”, afirmou Das Dores.
Acampamento já tem 1.300 famílias
O acampamento Novo Pinheirinho – Santo André foi levantado próximo à rua Adriático na madrugada de sábado (03/03). Começou com cerca de 300 pessoas, aumentou expressivamente, e contava nesta quinta-feira (08/03) com 1.300 famílias, de acordo com a coordenação dos trabalhadores sem-teto.
Até o fim da tarde desta quinta-feira (08/03), o juiz da 5ª Vara Cível de Santo André, João Antunes dos Santos Neto, ainda não havia despachado um parecer sobre o pedido de reintegração de posse movido pelo proprietário da área ocupada na segunda-feira (05/03).
O terreno, que pertence à família de Luiz Pereira, tem 50 mil metros quadrados e está classificado como Zeis (Zona Especial de Interesse Social). Ou seja, é próprio para a construção de habitação popular.
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