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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/05/2016 | Setecidades
Santo André substitui merenda de alunos por leite e fruta
Santo André substitui merenda de alunos por leite e fruta Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Ao invés de arroz, feijão, carne e salada, estudantes da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Professora Maria Carolina de Jesus, na Vila João Ramalho, em Santo André, passaram a receber uma caneca com leite e uma fruta de merenda neste ano. A alteração do cardápio é alvo de crítica por parte dos pais dos alunos da unidade de ensino, localizada em área carente da cidade.

“Fiquei indignada quando soube, durante uma reunião de pais, que não tem mais comida para as crianças”, reclama a auxiliar de acabamento aposentada Nilza Santana, 64 anos. A moradora do bairro destaca que passou a ‘obrigar’ a neta, de 7 anos, aluna do 2º ano do Ensino Fundamental, a almoçar antes da aula. “Quando dá 12h já estou com almoço pronto, porque ela entra na aula às 13h.”

A dona de casa Isabela Santos, 26, considera a situação absurda, tendo em vista que a unidade de ensino está localizada na periferia e que “muitas crianças realizavam sua principal refeição na escola”. “Até água a minha filha (Julia, 5) traz de casa, porque não é todo dia que tem na escola”, diz.

Conforme os pais, há casos em que as crianças só recebem uma fruta como refeição durante o meio período em que permanecem na unidade de ensino. “Até o ano passado, tinha o almoço e mais um lanche da tarde. Agora, tem dias em que só distribuem uma fruta. Em outros, leite com bolacha”, afirma a dona de casa Maria Aparecida Brito, 45, que tem filho de 11 e neta de 5 anos matriculados na Emeief.

O Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), implantado em 1955, e regulamentado pela resolução número 26 de 17 de junho de 2013, estabelece como diretrizes da alimentação escolar o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica.

Por meio de nota, a administração do prefeito Carlos Grana (PT) limitou-se a destacar que “o fornecimento atual de merenda atende as exigências nutricionais previstas em lei específica”. A Prefeitura assumiu, entretanto, que tem ocorrido “problemas na entrega de alguns gêneros, mas que esse serviço está se regularizando e que a Secretaria de Educação tem realizado esforços no sentido de diversificar os itens oferecidos às crianças.”

UNIFORME

Outra reclamação constante dos pais é sobre a não entrega do uniforme escolar pela rede municipal neste ano. Conforme o Diário já havia informado, não estão previstos recursos dentro do Orçamento municipal para a aquisição dos itens. A justificativa é a queda de receita de tributos na cidade e, diante da crise nas finanças, necessidade de priorizar outras ações. “Nem merenda nem uniforme. A Educação das nossas crianças não é prioridade”, lamenta a dona de casa Paloma Marçal, 22.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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