DATA DA PUBLICAÇÃO 18/06/2015 | Setecidades
Santo André planeja bônus para reduzir consumo de água
Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos, promovido pelo Semasa, foi realizado nesta quarta-feira. Foto: Andris Bovo
Ação será inserida dentro do Plano Plurianual, para que o próximo prefeito coloque em prática
Pensar no futuro com cada vez menos água e planejar políticas públicas para se adaptar a essa nova realidade. Esse foi um dos objetivos do Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos, realizado pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) nesta quarta-feira (17/06) no anfiteatro do Paço Municipal. Entre as ações pensadas, Santo André planeja conceder bônus para diminuir o consumo de água por pessoa.
Conforme os dados do Semasa, mesmo com a crise hídrica e a colaboração popular, atualmente, cada habitante da cidade consome 280 litros diários de água. “Isso é considerado muito alto. Muitos países europeus consomem metade disso”, analisou o superintendente do Semasa, Sebastião Ney Vaz. A meta do município é reduzir o volume para 180 litros por habitante/dia, quantia consumida por morador em 2013, conforme os dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).
O consumo médio na Capital, também de acordo com o SNIS, foi de 188 litros por morador/dia em 2013, enquanto a média nacional é de 166 litros e a dos europeus, 200 litros. Os americanos gastam em média 250 litros ao dia por habitante. Na Região, os dados mais recentes do SNIS colocam São Caetano com 255 litros, São Bernardo com 173 e Diadema com 150. Na sequência aparecem Ribeirão Pires (148 litros/dia), Rio Grande da Serra (133) e Mauá (120).
Novos hábitos - Na avaliação de Ney, o município só conseguirá alcançar a meta se houver uma mudança de hábito mais profunda, o que só virá com aplicações de incentivos financeiros. “Nossa ideia é fazer ações para que a população consiga bônus com a redução”, revelou. A ação será inclusa no PPA (Plano Plurianual). “A expectativa é que o próximo prefeito, seja ele quem for, ponha em ação”, explicou. Ainda não está definido de quanto será o incentivo. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), cada pessoa necessita de apenas 110 litros de água por dia para sobreviver.
Para o superintendente do Semasa, a mudança será necessária, uma vez que a falta de água veio para ficar. “Não se trata de uma crise, de algo que vai passar. As coisas nunca mais serão como antes. Por isso, teremos que nos reeducar”, argumentou. Conforme o Semasa, apesar de a maioria ter colaborado, uma parte da população ainda desperdiça água. “Os hábitos atuais comprometem a nossa vida”, comentou o diretor do Departamento de Gestão Ambiental do Semasa, Carlos Pedro Bastos.
Gestão de resíduos também é desafio
Além da escassez de água, outros temas apontados como desafios contemporâneos no seminário promovido pelo Semasa foram a gestão dos resíduos da construção civil e o sistema de logística reversa. Para o diretor do Departamento de Resíduos Sólidos do Semasa, Edinilson Ferreira dos Santos, os resíduos da construção civil são um desafio para o ABCD, que sofreu um boom imobiliário. “O que fazer com esse material que ainda segue para o aterro? Será que não podemos usar esse material em obras públicas? É preciso pensar políticas públicas e infraestrutura para incentivar a reciclagem”, analisou.
Em relação ao sistema de logística reversa, instituída pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei nº 12.305), que determina o retorno das embalagens e produtos para os fabricantes, a ideia da discussão foi analisar como está o acordo setorial, responsável por organizar a responsabilidade compartilhada entre poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes. “No acordo desenhado, a conta ainda sobra muito para os municípios. Não é o ideal, mas é o início de um processo”, avaliou Santos.
Pensar no futuro com cada vez menos água e planejar políticas públicas para se adaptar a essa nova realidade. Esse foi um dos objetivos do Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos, realizado pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) nesta quarta-feira (17/06) no anfiteatro do Paço Municipal. Entre as ações pensadas, Santo André planeja conceder bônus para diminuir o consumo de água por pessoa.
Conforme os dados do Semasa, mesmo com a crise hídrica e a colaboração popular, atualmente, cada habitante da cidade consome 280 litros diários de água. “Isso é considerado muito alto. Muitos países europeus consomem metade disso”, analisou o superintendente do Semasa, Sebastião Ney Vaz. A meta do município é reduzir o volume para 180 litros por habitante/dia, quantia consumida por morador em 2013, conforme os dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).
O consumo médio na Capital, também de acordo com o SNIS, foi de 188 litros por morador/dia em 2013, enquanto a média nacional é de 166 litros e a dos europeus, 200 litros. Os americanos gastam em média 250 litros ao dia por habitante. Na Região, os dados mais recentes do SNIS colocam São Caetano com 255 litros, São Bernardo com 173 e Diadema com 150. Na sequência aparecem Ribeirão Pires (148 litros/dia), Rio Grande da Serra (133) e Mauá (120).
Novos hábitos - Na avaliação de Ney, o município só conseguirá alcançar a meta se houver uma mudança de hábito mais profunda, o que só virá com aplicações de incentivos financeiros. “Nossa ideia é fazer ações para que a população consiga bônus com a redução”, revelou. A ação será inclusa no PPA (Plano Plurianual). “A expectativa é que o próximo prefeito, seja ele quem for, ponha em ação”, explicou. Ainda não está definido de quanto será o incentivo. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), cada pessoa necessita de apenas 110 litros de água por dia para sobreviver.
Para o superintendente do Semasa, a mudança será necessária, uma vez que a falta de água veio para ficar. “Não se trata de uma crise, de algo que vai passar. As coisas nunca mais serão como antes. Por isso, teremos que nos reeducar”, argumentou. Conforme o Semasa, apesar de a maioria ter colaborado, uma parte da população ainda desperdiça água. “Os hábitos atuais comprometem a nossa vida”, comentou o diretor do Departamento de Gestão Ambiental do Semasa, Carlos Pedro Bastos.
Gestão de resíduos também é desafio
Além da escassez de água, outros temas apontados como desafios contemporâneos no seminário promovido pelo Semasa foram a gestão dos resíduos da construção civil e o sistema de logística reversa. Para o diretor do Departamento de Resíduos Sólidos do Semasa, Edinilson Ferreira dos Santos, os resíduos da construção civil são um desafio para o ABCD, que sofreu um boom imobiliário. “O que fazer com esse material que ainda segue para o aterro? Será que não podemos usar esse material em obras públicas? É preciso pensar políticas públicas e infraestrutura para incentivar a reciclagem”, analisou.
Em relação ao sistema de logística reversa, instituída pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei nº 12.305), que determina o retorno das embalagens e produtos para os fabricantes, a ideia da discussão foi analisar como está o acordo setorial, responsável por organizar a responsabilidade compartilhada entre poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes. “No acordo desenhado, a conta ainda sobra muito para os municípios. Não é o ideal, mas é o início de um processo”, avaliou Santos.
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