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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/06/2014 | Economia
Santo André cria zona industrial no entorno da av. dos Estados
Santo André cria zona industrial no entorno da av. dos Estados Projeto pretende potencializar atividades econômicas na área. Foto de Daniel Tossato
Projeto pretende potencializar atividades econômicas na área. Foto de Daniel Tossato
Região tem dois milhões de metros quadrados que podem ser ocupados exclusivamente por fábricas

Santo André pretende recuperar e potencializar a atividade industrial nos próximos anos. Com a criação de uma zona industrial no Eixo Avenida dos Estados, a perspectiva é de novas empresas ocuparem os dois milhões de metros quadrados disponíveis no trecho para fins econômicos a partir de 2015. O projeto da Luops (Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo) foi apresentado nesta quarta-feira (11/06) pela prefeitura.

“O primeiro passo para atrair investimentos de novas empresas e das já instaladas no eixo da Avenida dos Estados é mudar a lei de zoneamento, que hoje é mista em toda a cidade e destinar esse trecho para uso apenas industrial e não residencial (áreas para comércio, serviços e indústrias)”, explicou Oswana Fameli, vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Santo André.

O projeto foi elaborado pelo CMDE (Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Santo André). De acordo com o estudo o município sofreu forte desindustrialização nos últimos anos. A participação industrial no PIB (Produto Interno Bruto) da cidade em 2011 foi de 32%, 2,9% a menos que em 1999. No mesmo período, o PIB industrial do ABCD representou 51% e no Brasil foi de 40%. “ Isso significa que o município perdeu participação da indústria, movimento que não foi igual na Região e no País. Isto está atrelado a uma série de fatores, inclusive por não ter uma zona industrial e pela forte especulação imobiliária”, disse o membro do conselho Fábio Brigidio.

Atualmente Santo André tem 2.436 indústrias. Destas 98% (2.396) são de micro e pequeno porte. Apenas 32 são de médio e 8 são grandes empresas. “Este projeto passará ainda audiências públicas e por aprovação dos vereadores. Até o final deste ano devemos aprovar, e acredito que em 2015 partes das áreas sejam ocupadas ou em obras para as novas instalações”, disse o prefeito de Santo André, Carlos Grana.

Área
A região prevista no projeto para a mudança na lei de zoneamento é no Eixo Avenida dos Estados, desde a divisa com São Caetano até Mauá, que conta com 6.603 lotes, totalizando 7,6 milhões de metros quadrados. Deste total, cerca de dois milhões de metros são áreas que poderiam ser utilizadas para fins econômicos. Alguns destes espaços são terrenos e outros galpões e indústrias desativadas, todos sem problemas ambientais. Neste eixo estão contempladas as avenidas: dos Estados, Industrial, Giovanni Bastista Pirelli, Costa e Silva e a Valentim Magalhães.

A avenida Industrial será destinada a fábricas da Estação Rodoviária até São Caetano. A avenida Valentim Magalhães será duplicada. A avenida dos Estados será o principal atrativo. “Temos as vias preparadas para o fluxo de caminhões e facilidade para o Rodoanel, água com preços menores água e estamos em negociação com a Eletropaulo para aumentar as linhas de transmissão”, disse o prefeito.

Novos investimentos
Grana adiantou que as construtoras M. Bigucci e Rossi construirão condomínios industrias, com galpões modernos em dois grandes terrenos da avenida dos Estados em espaços antes destinados a um conjunto residencial. “ A Rossi iria construir 1.800 unidades habitacionais. Negociamos para trocar o projeto porque privilegiaremos indústrias nessa área”.

O prefeito afirmou também que a Akzo Nobel, também localizada na avenida dos Estados, na divisa com São Caetano, pretende expandir os negócios após a aprovação da lei de zoneamento. “A empresa precisa aumentar e não cogitava investir nesta planta temendo vizinhos residenciais. Este é um dos grandes problemas vivenciados pelas industrias, que são pressionadas pelas novas vizinhanças a mudar de endereço, devido ao barulho e outros transtornos. E nenhum empresário pensa em investir numa unidade com problemas deste tipo”, disse Grana.

A perspectiva é de empresas de diversos segmentos se instalarem na região, como das áreas química, autopeças e borrachas devido à proximidade com as montadoras da Região e o Polo Petroquímico. Porém, o projeto pensa em ramos ligados à defesa, transportadoras e um porto seco. Outros incentivos de estímulo à industrialização estão previstos, mas a prefeitura não cogita conceder incentivos fiscais.

Por Michelly Cirillo - ABCD Maior
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