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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/09/2011 | Setecidades
Saneamento básico do ABCD tem queda de qualidade
Saneamento básico do ABCD tem queda de qualidade Falta de coleta e tratamento de esgoto ainda é problema no ABCD. Foto: Amanda Perobelli
Falta de coleta e tratamento de esgoto ainda é problema no ABCD. Foto: Amanda Perobelli
O saneamento básico do ABCD está entre as 50 melhores colocações das cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Porém, o resultado divulgado pelo Instituto Trata Brasil aponta queda de qualidade na Região. Santo André, que sempre foi a cidade mais bem colocada do ABCD, registrou a queda mais brusca, da 12ª posição para a 18ª, se comparados os dados de 2008 com 2009. Se comparado aos dados de 2007, a queda é ainda pior, pois na época a cidade estava em 8º lugar.

As demais cidades do ABCD estão mais abaixo do ranking de saneamento. Mauá, que antes estava na 41ª posição, agora está na 46ª e ocupa a pior colocação da Região. Já a Saned (Companhia de Saenamento de Diadema) subiu algumas colocações, saindo do 42º lugar, em 2008, para o 33º lugar em 2009. O mesmo fato ocorreu com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) em São Bernardo, que passou do 53ª posição para 45ª.

De acordo com os dados da pesquisa, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) perdeu espaço entre as dez melhores prestações de serviço de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto do País porque aumentou a tarifa e reduziu o volume de investimentos. A tarifa média praticada pelo órgão, que era de R$ 1,85 o m³, em 2008, subiu para R$ 2,04, em 2009. Porém, ao invés de aumentar, os investimentos na cidade caíram de R$ 36 milhões para R$ 12 milhões de um ano para outro.

Problemas - Nas demais cidades do ABCD, o problema das tarifas altas e da falta de investimento, aliado ao baixo tratamento de esgoto e às grandes perdas de água são os principais problemas para as baixas colocações. Em Mauá, os dados da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) apontam que entre 2008 e 2009 houve aumento da tarifa de R$ 1,69 para R$ 2,10, mas os investimentos caíram R$ 6 milhões entre os períodos (de R$ 18 milhões para R$ 12 milhões).

As perdas de água da Sabesp, em São Bernardo (53%), e da Saned, em Diadema (48%), podem explicar porque os municípios estão em colocações baixas. Porém, por outro lado o aumento de investimento de ambas as empresas nas cidades justificam a diferença entre as colocações nos dois anos analisados. A Sabesp que em 2008 investia R$ 31 milhões passou a investir R$ 72 milhões em 2009. Já a Saned registrou aumento de R$ 8 milhões nos investimentos entre os dois anos.

Cenário nacional – De acordo com os dados do estudo, mesmo após a retomada de investimentos no setor, a prestação dos serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto avança lentamente no País. O levantamento se baseou em dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) do ano de 2009, recém-divulgados pelo Ministério das Cidades.

De acordo com a pesquisa, as 81 cidades analisadas têm 72,7 milhões de habitantes. O estudo aponta que, em média, 36% da água produzida foi perdida em vazamentos, falta de medição ou ligações clandestinas, e que apenas 57% do esgoto produzido foram coletados. Sobre a água consumida pelas populações, só 39% receberam algum tipo de tratamento.

Para elaborar o ranking, a entidade avalia, entre outros quesitos, a população total atendida com água tratada e com rede de esgoto, o tratamento do esgoto por água consumida e índice total de perda de água tratada nos municípios. No topo da tabela está Santos (SP), seguida por Uberlândia (MG), Franca (SP), Jundiaí (SP) e Curitiba (PR).

Distância cresce - Para o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, a distância entre as melhores cidades e as piores está aumentando. “Os resultados preocupam porque, se seguir neste ritmo, a universalização do saneamento no País seguirá sendo um sonho distante”, avaliou em nota publicada pelo órgão.

O presidente do Instituto acredita que é preciso estimular novas formas de gestão, parcerias entre as empresa públicas, municipais e estaduais para reverter esse quadro. “Temos que usar todas as formas para progredir mais rapidamente”, comentou.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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