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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/08/2008 | Veículos
Sandero tem bom custo-benefício entre hatches
Quem procura um hatch na faixa dos R$ 40 mil normalmente tem vários fatores a considerar antes de se decidir por um modelo. Design, desempenho, espaço, acabamento e nível de equipamentos são itens muito importantes.

Neste comparativo, o Diário colocou lado a lado o Peugeot 207 XR S 1.4 Flex, que chegou na sexta-feira passada às revendas, custando R$ 41.090, o Fiat Punto ELX 1.4 Flex (R$ 44.280) e o Renault Sandero Privilége 1.6 8V Hi-Torque (R$ 41.990).

O modelo da Renault assumiu a liderança neste embate por apresentar a melhor relação custo-benefício: é o que apresenta motor mais potente e melhor desempenho, mais espaço para ocupantes e para bagagem.

O novato Peugeot 207 e o Fiat Punto ficaram empatados. O modelo produzido em Porto Real (RJ) tem preço menor e é mais ágil no trânsito urbano. O Fiat, por sua vez, tem design mais atraente e oferece mais espaço para os passageiros e no porta-malas.

Antes de se decidir, no entanto, é fundamental fazer um test drive para saber qual modelo combina mais com você e suas necessidades.

Para o consumidor que é casado e tem filhos, o Sandero realmente pode ser o mais interessante. Afinal, com distância entre eixos de 2,59 metros proporciona um bom espaço para as pernas de quem vai no banco de trás. Seu bagageiro tem capacidade para 320 litros - 40 litros a mais que o Punto e 75 litros a mais que o Peugeot.

Seu motor de 1,6 litro e oito válvulas é o que entrega mais potência (92 cv com gasolina e 95 cv com álcool a 5.250 giros) e mais torque (13,7 mkgf e 14,1 mkgf com gasolina e álcool respectivamente, a 2.850 giros).

Em comprimento, tem quase o mesmo tamanho do Punto (4,02 metros ante 4.03m). O 207 é o menor deles, com 3,87 metros.

O Peugeot é também o que oferece menos conforto para os passageiros do banco traseiro. Os mais altos sofrem um pouco com o aperto para as pernas, já que a distância entre eixos é de 2,44 metros.

No trânsito urbano, o 207 é ágil, oferecendo saídas e retomadas rápidas. Seu torque máximo é mais elevado que o do Punto e atingido em rotação menor. O hatchback da Peugeot também é mais leve que o Fiat - pesa 70 quilos a menos.

O Punto é o que tem design mais moderno, com linhas bem equilibradas. O acabamento interno agrada e ele é o modelo que tem os comandos mais à mão do motorista, que pode acionar o controle das travas, vidros e retrovisores elétricos facilmente, pois estão alojados na porta.

No Peugeot, esses comandos estão no console. No Renault, os comandos das travas e dos vidros elétricos estão no painel central, e os dos retrovisores externos no console. Esses dois modelos saem de fábrica com vidros dianteiros e traseiros elétricos, diferentemente do Punto, que tem apenas os dianteiros com acionamento elétrico.

Vendas do Punto vão bem
Lançado no Brasil há um ano, o Punto tem agradado aos consumidores e obtido um bom desempenho em vendas. De janeiro a julho deste ano, foram emplacadas 26.521 unidades segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

O modelo é o mais generoso no que diz respeito à lista de opcionais: oferece o pacote HSD, que inclui air bag para motorista e passageiro dianteiro e freios ABS por R$ 3.092; teto solar elétrico por R$ 5.626; kit High Tech (sensores de chuva, crepuscular e retrovisor interno eletrocrômico) por R$ 1.555; além de sensor de estacionamento, por R$ 1.056.

No entanto, no Fiat os retrovisores elétricos não são de série como nos seus concorrentes. São opcionais e custam R$ 392.

O Punto também tem uma peculiaridade no desempenho. Mais lento nas saídas, responde melhor às pisadas no acelerador quando a rotação do motor está acima dos 3.000/3.500 giros. O condutor precisa se acostumar a manter o motor em rotações mais altas.

O seu rival da Renault também tem tido bom índice de vendas. Nos primeiros sete meses de 2008, foram emplacadas 22.337 unidades.

O modelo sai de fábrica na versão Privilége com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, computador de bordo e faróis de neblina. O air bag duplo é opcional e tem preço de R$ 1.550.

Já o Peugeot 207 XR S apresenta ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, antena curta traseira, faróis de neblina dianteiros e rodas de liga leve de 14 polegadas.

Como o modelo começou a ser vendido no mercado nacional na última sexta-feira, dia 8, é preciso esperar alguns meses para medir seu comportamento nas vendas.

As configurações hatchback e SW (perua) já estão sendo comercializadas em mais de 140 pontos de venda espalhados pelo território nacional. Em outubro será a vez do Passion (com carroceria sedã).

A expectativa da montadora é de vender, até o final do ano, 30 mil unidades da linha 207 no Brasil.

Laurent Tasté, presidente da Peugeot do Brasil, acredita que ainda em 2008 a montadora deverá ultrapassar a marca de 100 mil veículos vendidos no País graças ao 207 brasileiro. Para 2009, com um ano completo de produção dos novos modelos, Tasté espera que as vendas cheguem às 130 mil unidades.

A Renault, por sua vez, vendeu de janeiro a julho 68.904 unidades, volume que representa um crescimento de 91,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A montadora atribui boa parte desse desempenho às vendas do Sandero e do Logan.

A Fiat teve recorde mensal de vendas em julho - 68.763 veículos emplacados -, atingindo um volume acumulado de 404.649 automóveis e comerciais leves vendidos nos sete primeiros meses do ano. O desempenho mensal da Fiat representa um crescimento de 11,4% em relação a junho e, no total do ano, de 26,4% sobre o mesmo período de 2007.

Por Sueli Osório - Diário do Grande ABC
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