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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/11/2013 | Cidade
Samba-lenço de Mauá assegura a cultura afro
Samba-lenço de Mauá assegura a cultura afro Samba-lenço se apresenta com regularidade Brasil afora, participando de festivais de folclore. Foto: Rodrigo Pinto
Samba-lenço se apresenta com regularidade Brasil afora, participando de festivais de folclore. Foto: Rodrigo Pinto
Samba de terreiro era dançado por negros nas senzalas de áreas rurais paulistas em louvor a São Benedito

Quando o Samba-lenço de Mauá se apresenta, o ambiente fica repleto de cores e sons. O grupo de cultura popular tradicional toma os espaços e a atenção das pessoas com seus toques de tambores, atabaques e chocalhos. Além da dança típica, dos costumes e de todo aparato cenográfico, a tradição está mantida. Não é difícil ver crianças participando da dança ao lado de seus pais, tios e até avós, o que mostra que a cultura popular está bem assegurada na Região.

A família que deu início ao Samba-lenço partiu de Jundiaí rumo ao ABCD na década de 1950. O estilo é samba de bumbo, gênero dançado pelos negros que viviam nas senzalas das fazendas da região de Jundiaí. A família manteve a prática e o zelo de transmiti-lo aos mais novos. Para Fabiana da Rocha Camargo, da quarta geração, o processo foi muito natural. A moça, hoje com 31 anos, cresceu vendo os familiares dançarem no terreiro e daí para começar a dançar também foi um pulo. Para dentro da roda de samba.

O Samba-lenço caracteriza-se pelo lenço usado como enfeite por homens e mulheres, na devoção a São Benedito. Durante a dança, os homens enfileiram-se de um lado, as mulheres de outro, passando o lenço para escolher seu par.

O enredo das músicas baseia-se em pequenas crônicas de acontecimentos do cotidiano. A maioria dos instrumentos de percussão utilizados é artesanal, como pandeiro, caixas, bumbo e zabumba, agogô, além do chocalho.

As roupas são saias e blusas destinadas as mulheres e calças e camisas aos homens, sendo a cor predominante o vermelho e o branco.

Família cultiva o hábito de sambar unida

A família de Fabiana é unida pelo interesse em perpetuar essa dança dos antepassados vindos da África. Dessa união foi formado o grupo de dança folclórica, onde atuam os membros das mais distantes faixas etárias. No grupo, hoje coordenado por Fabiana, tem criança de apenas dois anos, dançando junto com experientes artistas de 87 anos. “O grupo conta com 45 membros entre ritmistas e dançarinos”, contabilizou Fabiana.

O Samba-lenço se apresenta com regularidade Brasil afora, participando de festivais de folclore. Para isso, vão sambando pelo caminho. Dançar é um costume familiar. Da mesma forma que alguns se reúnem para jogar baralho, em Mauá existe essa numerosa família que se reúne para dançar.

“Os mais novinhos levam algum tempo para entender a tradição que carregam, mas conforme amadurecem dão muito mais valor”, disse Fabiana, que trabalha como assistente de contas e garante conciliar muito bem a rotina de mulher contemporânea com uma antiga cultura de origem africana.

Por Marina Bastos - ABCD Maior
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