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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/10/2017 | Cidade
Sama pagou menos à Sabesp sob a gestão de Atila
Sama pagou menos à Sabesp sob a gestão de Atila Foto: DGABC
Foto: DGABC
Sob a gestão do hoje prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) começou a reduzir significativamente o valor pago pela compra de água no atacado à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) desde 2000, segundo levantamento do Diário.

Em 2013, quando Atila virou superintendente da autarquia, durante o governo Donisete Braga (PT), a cidade pagou apenas 9% da fatura total emitida pela estatal, enquanto que a média de depósitos na década foi de 38,6%.

Naquele ano, primeiro de Atila à frente de um órgão público, as faturas emitidas pela Sabesp durante os 12 meses totalizaram R$ 50,83 milhões, mas os depósitos da Sama somaram R$ 4,85 milhões, engordando a já elevada dívida da autarquia com a empresa estadual em R$ 46 milhões.

Essa prática continuou em 2014, quando a Sama encolheu ainda mais o valor destinado à Sabesp pela compra da água: pagou apenas 2% do total cobrado pela estatal. Enquanto as mensalidades daquele ano totalizaram R$ 54 milhões, as transferências do município foram de R$ 1 milhão no total. Mais R$ 53 milhões entraram para o passivo.

Como resultado de acordo político com Donisete, Atila foi responsável pela Sama entre janeiro de 2013 e março de 2014, quando deixou o cargo para se dedicar à candidatura a deputado estadual, que se tornou vitoriosa meses depois.

Mesmo não assinando mais pela principal empresa pública de Mauá, Atila indicou Paulo Sérgio Pereira como sucessor. Presidente do PRP, partido do pai do prefeito e hoje presidente da Câmara, Admir Jacomussi, Pereira é atual secretário de Habitação da gestão Atila.

O repasse reduzido, em comparação com a série histórica de pagamentos, continuou em 2015, quando a Sama passou pelas mãos de Alessandro Baumgartner e, por último, do ex-vereador Paulo Suares (PT). Nesse período, a Sama também depositou 2% à Sabesp: R$ 1,1 milhão, ante R$ 51,3 milhões cobrados pela estatal – mais R$ 50,2 milhões para a dívida da Sama.

Hoje na chefia do Executivo e diante de pressão da Sabesp para que o passivo seja pago – recentemente a autarquia decidiu reduzir parcialmente o abastecimento –, Atila atribui a governos petistas do passado a responsabilidade pela dívida da empresa municipal com a companhia paulista.

Na quinta-feira, o prefeito reforçou a discordância do valor cobrado pela Sabesp e repetiu as mesmas decisões adotadas por antecessores. “Existe um processo de questionamento do valor da tarifa. A Sabesp cobra um valor e a Justiça nos permite pagar outro. Se hoje existe uma liminar (permitindo pagar menos pelo metro cúbico) nós vamos pagar o que essa decisão nos dá direito”, defendeu o socialista.

Embora a Sama seja autarquia independente, é de praxe que todas as decisões tomadas, políticas e financeiras, pelos superintendentes, obedeçam à cartilha desenhada pelo gabinete do prefeito.

A Sabesp calcula que o passivo da autarquia chega ao montante de R$ 2 bilhões. O débito leva em consideração tanto essa diferença no valor pago pela água no atacado quanto a quebra unilateral do contrato, quando o sistema de abastecimento de água foi municipalizado, em 1995. O Paço contesta essa dívida.

Por Júnior Carvalho - Diário do Grande ABC
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