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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/10/2013 | Turismo
Ruínas romanas reúnem construções de mais de 2 mil anos na Jordânia
 Ruínas romanas reúnem construções de mais de 2 mil anos na Jordânia O teatro norte, uma das construções mais impressionantes e bem preservadas de Jerash (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O teatro norte, uma das construções mais impressionantes e bem preservadas de Jerash (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Cidade antiga de Jerash é uma das principais atrações do país.

Sítio arqueológico tem arquitetura bem preservada e segue com escavações.


Considerada uma das maiores e mais bem conservadas ruínas romanas fora da Itália, a cidade antiga de Jerash, no norte da Jordânia, é um paraíso para quem gosta de história, arqueologia e arquitetura. Com ocupação humana registrada há pelo menos 6,5 mil anos, a cidade teve seu auge durante o domínio romano, o que determinou suas principais características que encantam visitantes e pesquisadores até hoje.

Apesar de ter sofrido diversas dominações, terremotos e permanecido sob montanhas de terra e areia por muitos séculos, as ruínas estão em excelente condição, sendo possível ver detalhes das construções e entrar em muitas delas. O impacto é ainda maior devido à proximidade com a atual cidade de Jarash, na qual o sítio arqueológico fica localizado, oferecendo um belo contraste entre o antigo e o novo.

A cidade antiga possuía templos, pelo menos dois teatros, dezenas de igrejas e também mesquitas (reflexo da dominação muçulmana após a saída dos romanos), praças, ruas comerciais, depósitos e um engenhoso sistema de captação de água. A religiosidade está muito presente – além dos templos e igrejas, há construções dedicadas a deuses e outras figuras mitológicas.

O passeio começa pelo Arco de Adriano, construído para comemorar a visita do imperador de mesmo nome à cidade, no século II d.C., um dos dois pontos das ruínas que podem ser vistos do lado de fora do sítio arqueológico. Logo após dele está o hipódromo, uma arena que tinha capacidade para 15 mil pessoas e onde eram realizadas competições esportivas e corridas de cavalos e carruagens.

Mais adiante, os turistas passam pelo centro de visitantes, onde são comprados os ingressos – para estrangeiros, a entrada custa 8 dinares jordanianos (cerca de R$ 24).

Dentro do sítio, o passeio se desenvolve por uma sucessão de construções impressionantes, como a Praça Oval, cercada por imensas colunas.

Dela é possível acessar a Rua Colunata, que era a principal via da cidade e seu centro comercial. As pedras que estão no chão fazem parte do piso original – é possível ver em um dos lados da rua as marcas que as carruagens deixavam ao passar. As colunas que cercam a rua também são originais, e apresentam diversos detalhes.

Uma das construções mais impressionantes é o teatro norte, no qual os degraus bastante inclinados que faziam o papel de assentos ainda estão perfeitos, e esculturas originais de atores nas paredes fazem o visitante entrar no clima das apresentações que um dia foram encenadas ali. O teatro possui até camarins, e suas ótimas condições deixam a impressão de que um espetáculo atual poderia ser encenado em suas instalações. Tudo fica ainda mais impressionante ao saber que a construção já esteve totalmente soterrada.

História
A época de ouro de Jerash ocorreu sob a dominação romana, que ocorreu a partir do século I a.C. A cidade começou a se desenvolver e tornou-se um importante centro comercial, prosperando nos três séculos seguintes. Segundo historiadores, sua população pode ter chegado a 20 mil pessoas.

As famílias ricas tinham mais privilégios e aproveitavam as construções – no teatro norte, por exemplo, cada família possuía seus lugares fixos, e nomes gravados ainda podem ser vistos nos bancos.

A dominação romana seguiu até o século VII, quando o Império Persa e depois conquistadores muçulmanos impuseram sua força no local. No século VIII um grande terremoto danificou profundamente a cidade, levando lentamente a seu declínio e abandono.

Jerash só foi redescoberta no início do século XIX por um alemão, que encontrou parte das ruínas. Na época, quase tudo estava debaixo de terra e areia, o que permitiu a incrível preservação da arquitetura. As escavações começaram em 1925 e ainda estão em andamento.

Atualmente, historiadores e arqueólogos acreditam que apenas 20% da cidade já foi desenterrada – os outros 80% ainda permanecem escondidos debaixo dos detritos, resultado da erosão e de terremotos.

Isso fica muito claro ao andar pelas diversas ruas antigas – é possível ver montanhas de terra e areia, além de pilares com apenas uma ponta visível, com outros iguais já completamente desenterrados a poucos metros de distância.

Diversas equipes de pesquisadores estrangeiros costumam trabalhar por alguns períodos do ano no sítio, um trabalho constante de preservação e descoberta do que ainda está escondido.

Por Juliana Cardilli - G1, na Jordânia
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