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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/05/2016 | Economia
#R$ 1: cotação do dólar vira assunto após afastamento de Dilma; entenda
Usuários perguntam por que o dólar não está valendo R$ 1 no Twitter.

Especialistas explicam que uma série de fatores influencia a cotação.


Após o dólar iniciar o dia operando em alta nesta quinta-feira (12), o assunto “R$ 1,00” se tornou um dos mais comentados nas redes sociais. Na internet, o questionamento é por que a moeda dos Estados Unidos não caiu em relação ao real logo após a aprovação no Senado do processo de impeachment de Dilma Rousseff, já que expectativas do mercado sobre o assunto fizeram a moeda recuar nas últimas semanas.

A moeda dos Estados Unidos terminou o dia em alta de 0,78%, a R$ 3,4727 na venda.

Especialistas ouvidos pelo G1 explicam que, embora o cenário político também esteja sob as atenções do mercado, uma série de outros fatores também influenciam a variação da moeda em relação ao real. "Tem muitos fatores em jogo, e não há uma única razão para explicar por que o dólar não caiu hoje", diz Carlos Daniel Coradi, diretor da EFC Engenheiros Financeiros & Consultores.

"A gente tem que pensar que o contexto atual ainda demanda um pouco de cuidado. Passado todo o problema local, o dólar vai começar a responder aos movimentos internacionais. Tudo vai depender dos Estados Unidos, uma perspectiva de aumento dos juros por lá volta a pesar", diz Jason Vieira, economista chefe da Infinity Asset.

Expectativas sobre um aumento de juros nos Estados Unidos têm influenciado o mercado no Brasil porque, se isso acontecer, seriam atraídos para aquele país recursos aplicados atualmente aqui, motivando uma desvalorização do real frente ao dólar.

"Há também uma influência da China e da cotação do petróleo, pois o Brasil ainda importa petróleo', acrescenta Coradi.

Entenda como a China afeta outros mercados pelo mundo

Sobre a influência do cenário político brasileiro no câmbio, "o mercado agiu no boato, mas para o fato ainda vai se aguardar um pouco", diz Vieira, apontando que o dólar recuou em meio a expectativas sobre uma mudança no governo, mas agora terá que aguardar o cenário se definir mais claramente. “Talvez o grande evento seja a divulgação do ministério. E isso vai marcar o mercado. Esse que é o ponto importante, a partir daí a gente vai ter uma ideia do que vai acontecer.”

Intervenção do Banco Central
Os especialistas também apontam a intervenção do Banco Central no câmbio. “O dólar não caiu mais até por uma ação do Banco Central, que faz operações reversas para impedir que ele caia mais”, diz Coradi.

Entenda como funcionam as intervenções do Banco Central no câmbio.
há um movimento de especulação também. As mesas de banco trabalham em cima da especulação. Esperam cair, compram lá embaixo e depois revendem"
Carlos Daniel Coradi

“Não há interesse no banco central de uma queda muito forte”, acrescenta Vieira. “Mais para frente, pode ser que de alguma maneira haja um retorno (queda) do dólar. Mas, no curto prazo, ainda existe uma atuação muito forte do BC.”

Coradi avalia que ações para evitar que o dólar chegue a patamares mais baixos beneficiam as exportações do Brasil. “Tem gente que estaria batendo palmas com o dólar mais baixo para viajar para Miami e gastar o dinheiro que nós não temos. Não estão nem aí para as nossas exportações. A China mantém o câmbio desvalorizado, e com isso invadiu os mercados mundiais vendendo tudo quanto era porcaria, e acabando com a nossa capacidade de competir com produtos industriais.”

Queda acentuada nos últimos dias também conta
Nesta semana, o dólar chegou a fechar abaixo de R$ 3,45. O valor representa uma queda significativa se lembrarmos que já em 2016, em janeiro, o dólar atingiu o maior valor de sua história sobre o real, R$ 4,16. Neste ano, a moeda acumula queda de 12%.

Os especialistas dizem que, após uma queda expressiva, é normal que haja movimentos de correção do mercado. Vieira afirma que o que acontece agora é um “movimento de ajuste”. Já Coradi aponta que “há um movimento de especulação também”. “As mesas de banco trabalham em cima da especulação. Esperam cair, compram lá embaixo e depois revendem”, diz.

Por Karina Trevizan - G1, em São Paulo
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