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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/08/2009 | Turismo
Roteiros de arrepiar
Sob o respaldo de lendas, mistérios e histórias de assombrações, os castelos da nobreza britânica na Escócia oferecem uma imersão na atmosfera medieval carregada de personagens que parecem ter saído das páginas de um romance épico forjado na pena de Bernard Cornwell, onde reis, cavaleiros, donzelas, fantasmas e magos dão as cartas.

Em Angus, perto de Edimburgo, fica a mais misteriosa das construções da Grã-Bretanha. O Castelo Glamis, famoso por servir de cenário para a peça Macbeth, de William Shakespeare, é cercado por um fosso de enigmas fantasmagóricos. Ancestrais da família Bowes Lyons (cujos descendentes ainda são os proprietários) supostamente vagariam pelas dependências do imóvel.

A visita, conduzida por guias que contam algumas das muitas misteriosas histórias do local, dura cerca de uma hora. Entre os aposentos, destaque para a capela onde muitos dizem surgir no fim do dia a imagem de uma jovem ajoelhada.

Entre Edimburgo e Glasgow, o castelo de Stirling é a morada da Dama de Verde, espírito atribuído à dama de companhia de Mary, a rainha dos escoceses. Diz a lenda que, numa noite, ela salvou a monarca da morte, quando as cortinas de sua cama pegaram fogo.

O verde, por sinal, parece ser a cor da moda entre os fantasmas. O Tulloch Castle Hotel também registra aparições de uma dama de verde, que teria morrido ao cair de uma escada espiral. E os fantasmas do estabelecimentos não costumam ser nada hospitaleiros. Alguns hóspedes já relataram que acordaram por sentir um peso no peito e perceberam que dois espectros femininos tentavam sufocá-los. Outros informaram ter visto figuras ao pé da cama e ouvido as portas rangerem a noite toda.

Também é verde o espectro de Lady Marion Carruthers, que se jogou do alto da torre do Castelo de Comlongon em 1570. No local da queda não nasce uma planta sequer, e dizem que, quando ela dá o ar da graça, o ambiente fica com aroma de maçã e som de joias chacoalhando.

Outra construção de arrepiar é o Palácio Linlithgow. Ali também circulam lendas de aparições de fantasmas. Vazia, semiabandonada e com poucos visitantes, a edificação de pedra provoca calafrios na espinha, ainda mais a quem se depara com o cavaleiro protegido por uma armadura que os zeladores garantem aparecer com frequência.

Mary King´´s Ghost - A inebriante mistura do autêntico malte escocês com doses duplas de adrenalina também pode ser experimentada na capital escocesa, que promove todos os anos a Mary King''s Ghost Fest, festival que explora o lado obscuro de Edimburgo por meio de vigílias noturnas em locais assombrados, mostras de filmes de terror e tours guiados por locais que serviram de cenário a histórias de arrepiar. O lado sério da festa fica por conta de experimentos paranormais e estudos científicos que tentam explicar as horripilantes ocorrências.

Também há passeios macabros pelo The Royal College of Physicians, onde guias contam histórias de práticas da medicina tão antigas quanto tétricas; workshops sobre captação eletrônica de vozes do Além, incluindo visita à famosa casa de Mackenzie Poltergeist; passeios em um ônibus-fantasma até a capela de Rosslyn, o templo de Graveyard e o castelo de Crichton; e reuniões de vidência com médiuns, tarólogos e quiromantes.

Vários fatos registrados no bairro de Mary King''s Close séculos atrás justificam a sinistra fama do local, que chegou a ser fechado ao público após uma praga que assolou a região em meados do século 17. Em 1753, o Conselho de Council autorizou a construção de um edifício, o atual City Chambers, aproveitando como fundação os antigos casebres mal-assombrados, que hoje podem ser visitados em tours subterrâneos com direito à narração de algumas histórias ocorridas há 300 anos.

Os passeios mais procurados durante o ano são as excursões noturnas, com guia, por pontos fantasmagóricos da cidade medieval, como a Masmorra de Edimburgo e seus passeios especiais em datas macabras da história escocesa, contando lendas de vampiros, de roubos em túmulos e guerras medonhas entre clãs. Uma das opções mais assustadoras é o Witchery Tour, caminhada em que os monitores conduzem turistas a locais que testemunharam torturas, execuções e assassinatos escandalosos no passado.

E se as histórias não lhe embrulharem o estômago, encerre o tour fantasmagórico no Maggie Dickson''s Pub, que traz como destaque do menu um prato em homenagem à mulher que dá nome ao estabelecimento. Acusada e condenada injustamente pela morte do filho prematuro no século 18, ela foi enforcada. Hoje, sua história é lembrada por meio da combinação de gurjão de galinha, cebola, pão de alho e molho barbecue. Um final até que feliz para quem está com fome.

Por Heloísa Cestari - Diário do Grande ABC
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