DATA DA PUBLICAÇÃO 26/08/2011 | Esportes
Rogério critica Copa-14 e diz que São Paulo sofre por ser honesto
O goleiro Rogério, do São Paulo, criticou a organização da Copa-2014, que será realizada no Brasil entre 12 de junho e 13 de julho. O jogador disse à Agência Radioweb que o país não tem condições de oferecer a mesma estrutura que a Alemanha-2006. Citou o aeroporto de Guarulhos como exemplo de falta de estrutura e disse que os governadores e organizadores agem por interesse próprio.
"Hoje [o Brasil] não tem [condições de receber a Copa]. Quer dizer, tem nos [nossos] moldes. Se quiser fazer que nem a Alemanha, por exemplo, o Brasil nunca vai ser a Alemanha. As pessoas vão lá e todo mundo fica milionário nessas coisas, ganham muito dinheiro. No Brasil, a gente só pensa em tirar vantagem, né?", disse.
"Se constrói estádios e mais estádios. Aí você vai no aeroporto de Guarulhos e não anda. As pessoas não têm escrúpulos, elas governam e lideram por interesses pessoais e não pelos interesses do povo. A pessoa é eleita pelo povo, mas a primeira coisa que ela pensa é "o que posso fazer por mim?" e não "o que pode fazer pelo povo?", completou.
O Brasil foi anunciado como sede do Mundial em outubro de 2007. Em 2009, foram definidas as 12 cidades sedes. O Morumbi inicialmente foi cogitado para receber os jogos na capital paulista, mas no dia 16 de junho de 2010 foi excluído oficialmente pela Fifa e pela CBF por falta de garantias financeiras.
Em setembro do mesmo ano, o Corinthians apresentou o projeto de uma nova arena em Itaquera, zona leste da cidade, que foi oficializado como estádio paulista para o Mundial pouco depois. As obras no Itaquerão tiveram início em 30 de maio deste ano. A previsão é que a arena seja entregue em 2014. O local, inclusive, é candidato a receber a abertura. Oficialmente, o clube diz que o estádio custará cerca de R$ 820 milhões, mas com o investimento das três esferas de governo o valor já alcança os R$ 935 milhões.
Questionado se o São Paulo vem sofrendo alguma retaliação por se posicionar contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nos últimos anos, Rogério desconversou, mas disse que o clube sofre por ser honesto.
"Eu não sei. É o preço que se paga quando você quer ser correto, ser honesto. A gente [São Paulo] vive há alguns anos sofrendo algumas coisas. Há um comportamento estranho com o São Paulo. Desde a exclusão do estádio [do Morumbi]", afirmou o goleiro, que falou também que o projeto do estádio são-paulino não foi aprovado porque havia interesse em construir uma nova arena.
"Quem iria gastar dinheiro [na reforma do estádio]? O São Paulo. Não dá certo, não tem como. Se tivesse alguma verba de fora, alguma coisa, aí tudo bem. Mas quem vai gastar é o São Paulo, a responsabilidade é do clube. Aí não dá para construir outro estádio, não tem mais R$ 1 bilhão para gastar. Tem que ter dinheiro que não tenha tanto controle. Se tiver responsabilidade, não funciona para as pessoas que pretendem [outras coisas] em construções de novos estádios", finalizou o goleiro.
"Hoje [o Brasil] não tem [condições de receber a Copa]. Quer dizer, tem nos [nossos] moldes. Se quiser fazer que nem a Alemanha, por exemplo, o Brasil nunca vai ser a Alemanha. As pessoas vão lá e todo mundo fica milionário nessas coisas, ganham muito dinheiro. No Brasil, a gente só pensa em tirar vantagem, né?", disse.
"Se constrói estádios e mais estádios. Aí você vai no aeroporto de Guarulhos e não anda. As pessoas não têm escrúpulos, elas governam e lideram por interesses pessoais e não pelos interesses do povo. A pessoa é eleita pelo povo, mas a primeira coisa que ela pensa é "o que posso fazer por mim?" e não "o que pode fazer pelo povo?", completou.
O Brasil foi anunciado como sede do Mundial em outubro de 2007. Em 2009, foram definidas as 12 cidades sedes. O Morumbi inicialmente foi cogitado para receber os jogos na capital paulista, mas no dia 16 de junho de 2010 foi excluído oficialmente pela Fifa e pela CBF por falta de garantias financeiras.
Em setembro do mesmo ano, o Corinthians apresentou o projeto de uma nova arena em Itaquera, zona leste da cidade, que foi oficializado como estádio paulista para o Mundial pouco depois. As obras no Itaquerão tiveram início em 30 de maio deste ano. A previsão é que a arena seja entregue em 2014. O local, inclusive, é candidato a receber a abertura. Oficialmente, o clube diz que o estádio custará cerca de R$ 820 milhões, mas com o investimento das três esferas de governo o valor já alcança os R$ 935 milhões.
Questionado se o São Paulo vem sofrendo alguma retaliação por se posicionar contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nos últimos anos, Rogério desconversou, mas disse que o clube sofre por ser honesto.
"Eu não sei. É o preço que se paga quando você quer ser correto, ser honesto. A gente [São Paulo] vive há alguns anos sofrendo algumas coisas. Há um comportamento estranho com o São Paulo. Desde a exclusão do estádio [do Morumbi]", afirmou o goleiro, que falou também que o projeto do estádio são-paulino não foi aprovado porque havia interesse em construir uma nova arena.
"Quem iria gastar dinheiro [na reforma do estádio]? O São Paulo. Não dá certo, não tem como. Se tivesse alguma verba de fora, alguma coisa, aí tudo bem. Mas quem vai gastar é o São Paulo, a responsabilidade é do clube. Aí não dá para construir outro estádio, não tem mais R$ 1 bilhão para gastar. Tem que ter dinheiro que não tenha tanto controle. Se tiver responsabilidade, não funciona para as pessoas que pretendem [outras coisas] em construções de novos estádios", finalizou o goleiro.
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