DATA DA PUBLICAÇÃO 20/04/2008 | Setecidades
Rodovias registram 16 acidentes por dia na região
Um levantamento da Polícia Militar Rodoviária mostra que no primeiro trimestre do ano foram registrados 1.472 acidentes nas três rodovias que cortam o Grande ABC: Anchieta, Imigrantes e Índio Tibiriçá. A média diária é de 16,3 ocorrências por dia e é menor do que a observada no primeiro trimestre do ano passado, de 20,2.
Os índices mais expressivos foram registrados na Via Anchieta (SP-150), onde, nos últimos 90 dias, foram contabilizados 820 acidentes, sendo 190 com vítimas. Destas, nove morreram.
Em seguida, aparece a Rodovia dos Imigrantes (SP-160), com 583 acidentes (172 com vítimas) e nove mortes.
O menor número é encontrado na Índio Tibiriçá (SP-31), que registrou 69 acidentes (26 com vítimas) e uma morte no mesmo período. Em abril, porém, já foram notificados dois acidentes com três vítimas fatais.
Apesar de o índice na Índio Tibiriçá ser o menor entre as três rodovias, o professor de transporte da FEI Creso de Franco Peixoto considera-os alarmantes se comparados aos do sistema Anchieta-Imigrantes, onde o volume do tráfego é muito maior.
“Enquanto nestas rodovias estima-se um fluxo diário de 10 mil veículos, a Índio Tibiriçá, por ser uma pista única, tem capacidade para receber no máximo 2.000 carros por dia”, compara.
Para ele, os números referentes ao sistema Anchieta-Imigrantes não são maiores porque há o controle de uma concessionária – no caso, a Ecovias. “Porém, os índices poderiam ser melhores se houvesse outras políticas públicas, como, por exemplo, um código de trânsito mais rígido.”
Peixoto explica que a Índio Tibiriçá é uma via aberta e acessível, o que permite viagens mais curtas. “Quanto mais acessível é a via, mais acidentes ocorrem. Além do mais, a Índio é utilizada como fuga de trechos controlados e, por isso, os motoristas percorrem a via em alta velocidade e com menos cuidado.”
Anchieta - Desde o dia 1º de abril, o limite de velocidade no trecho urbano da Via Anchieta baixou de 110 km/h para 90 km/h. Neste trecho, o volume de tráfego atinge 100 mil veículos por dia, de acordo com a Polícia Rodoviária.
Na opinião da mestre em trânsito Cristina Baddini, os radares podem ser uma medida eficaz para a redução dos acidentes. “Ter dois acidentes com vítimas por dia no sistema Anchieta-Imigrantes é um número muito alto. É preciso tomar providências.”
O professor de engenharia civil e segurança da FEI Luiz Sérgio Mendonça Coelho concorda. Segundo ele, é preciso um trabalho efetivo para inibir os acidentes.
Governo estudará investimentos na Índio Tibiriçá
Há seis meses, o comerciante Domingos Giralde, 61 anos, perdeu a enteada Fabiana Peixoto, 27, em um acidente no Km 44,5 da Índio Tibiriçá. Era madrugada quando houve uma colisão com um caminhão. Fabiana e a amiga que estava no carro morreram presas nas ferragens.
Giralde reside em Suzano, mas, como trabalha no Grande ABC, utiliza a rodovia todos os dias. “Tenho muito medo de que outras pessoas da minha família se envolvam em acidentes. Há trechos muito perigosos e é necessário fazer uma reforma.”
Para a auxiliar de serviços gerais Rosemeire Maria da Silva, 25, a rotina de acidentes na Índio Tibiriçá se tornou algo comum. Ela trabalha em uma lanchonete na altura do Km 38,5. “Toda semana tem duas ou três colisões, é difícil não ter. Carros e caminhões querem fazer ultrapassagens e batem. Também já presenciei um atropelamento.”
Desde 1970, o governo estadual é pressionado a fazer reformas na Índio Tibiriçá, um dos principais corredores de interligação entre a Baixada Santista e a região Leste do Estado. Em 2005, o Estado realizou uma revitalização mais tímida do que previa: a construção de três trevos, em vez de nove, e a duplicação de seis quilômetros, em vez de oito.
A Secretaria Estadual de Transportes informou que o governo estudará obras de melhoria e deverá viabilizar recursos para investimentos.
Os índices mais expressivos foram registrados na Via Anchieta (SP-150), onde, nos últimos 90 dias, foram contabilizados 820 acidentes, sendo 190 com vítimas. Destas, nove morreram.
Em seguida, aparece a Rodovia dos Imigrantes (SP-160), com 583 acidentes (172 com vítimas) e nove mortes.
O menor número é encontrado na Índio Tibiriçá (SP-31), que registrou 69 acidentes (26 com vítimas) e uma morte no mesmo período. Em abril, porém, já foram notificados dois acidentes com três vítimas fatais.
Apesar de o índice na Índio Tibiriçá ser o menor entre as três rodovias, o professor de transporte da FEI Creso de Franco Peixoto considera-os alarmantes se comparados aos do sistema Anchieta-Imigrantes, onde o volume do tráfego é muito maior.
“Enquanto nestas rodovias estima-se um fluxo diário de 10 mil veículos, a Índio Tibiriçá, por ser uma pista única, tem capacidade para receber no máximo 2.000 carros por dia”, compara.
Para ele, os números referentes ao sistema Anchieta-Imigrantes não são maiores porque há o controle de uma concessionária – no caso, a Ecovias. “Porém, os índices poderiam ser melhores se houvesse outras políticas públicas, como, por exemplo, um código de trânsito mais rígido.”
Peixoto explica que a Índio Tibiriçá é uma via aberta e acessível, o que permite viagens mais curtas. “Quanto mais acessível é a via, mais acidentes ocorrem. Além do mais, a Índio é utilizada como fuga de trechos controlados e, por isso, os motoristas percorrem a via em alta velocidade e com menos cuidado.”
Anchieta - Desde o dia 1º de abril, o limite de velocidade no trecho urbano da Via Anchieta baixou de 110 km/h para 90 km/h. Neste trecho, o volume de tráfego atinge 100 mil veículos por dia, de acordo com a Polícia Rodoviária.
Na opinião da mestre em trânsito Cristina Baddini, os radares podem ser uma medida eficaz para a redução dos acidentes. “Ter dois acidentes com vítimas por dia no sistema Anchieta-Imigrantes é um número muito alto. É preciso tomar providências.”
O professor de engenharia civil e segurança da FEI Luiz Sérgio Mendonça Coelho concorda. Segundo ele, é preciso um trabalho efetivo para inibir os acidentes.
Governo estudará investimentos na Índio Tibiriçá
Há seis meses, o comerciante Domingos Giralde, 61 anos, perdeu a enteada Fabiana Peixoto, 27, em um acidente no Km 44,5 da Índio Tibiriçá. Era madrugada quando houve uma colisão com um caminhão. Fabiana e a amiga que estava no carro morreram presas nas ferragens.
Giralde reside em Suzano, mas, como trabalha no Grande ABC, utiliza a rodovia todos os dias. “Tenho muito medo de que outras pessoas da minha família se envolvam em acidentes. Há trechos muito perigosos e é necessário fazer uma reforma.”
Para a auxiliar de serviços gerais Rosemeire Maria da Silva, 25, a rotina de acidentes na Índio Tibiriçá se tornou algo comum. Ela trabalha em uma lanchonete na altura do Km 38,5. “Toda semana tem duas ou três colisões, é difícil não ter. Carros e caminhões querem fazer ultrapassagens e batem. Também já presenciei um atropelamento.”
Desde 1970, o governo estadual é pressionado a fazer reformas na Índio Tibiriçá, um dos principais corredores de interligação entre a Baixada Santista e a região Leste do Estado. Em 2005, o Estado realizou uma revitalização mais tímida do que previa: a construção de três trevos, em vez de nove, e a duplicação de seis quilômetros, em vez de oito.
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