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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/10/2013 | Setecidades
Rodoanel não indeniza família removidas em Ribeirão Pires
Rodoanel não indeniza família removidas em Ribeirão Pires Imagem Ilustrativa. Foto: lamparinaurbana.blog.br
Imagem Ilustrativa. Foto: lamparinaurbana.blog.br
Em uma única família, oito casas foram desapropriadas e todos tiveram de ir para o aluguel

Previsto para ser inaugurado em abril de 2014, o trecho Leste do Rodoanel, que no ABCD corta Mauá e Ribeirão Pires, segue com obras a todo vapor. Embora boa parte das intervenções na Região já esteja em fase final, famílias que foram removidas de locais por onde o anel viário passa ainda não foram indenizadas.

Só na família de Mauro Lopes Coelho, 46 anos, ex-morador da Vila Belmiro, bairro de Ribeirão Pires por onde o trecho Leste passará, oito casas foram desapropriadas. Mãe, irmãos, cunhado, sobrinhos, todos saíram do bairro onde viviam há mais de 40 anos. A família trocou as antigas casas pelo aluguel, e ninguém conseguiu se refazer totalmente.

“A SPMar (concessionária responsável pela construção do trecho Leste) nos ofereceu um valor muito abaixo do de mercado e nós não aceitamos. Em novembro do ano passado, tivemos de sair de qualquer jeito e agora estamos morando em casas alugadas até que o processo na Justiça saia”, disse Coelho.

Remoção
As obras do trecho Leste do Rodoanel já removeram 80 famílias de suas casas em Ribeirão Pires e Mauá. Inicialmente a SPMar estimava retirar 196 casas para dar lugar ao anel viário nas duas cidades. Mas o traçado foi modificado e o impacto habitacional diminuído.

O Decreto de Utilidade Pública que determina a área passível de desapropriação para a construção do trecho Leste previa a desapropriação de 1.071 edificações urbanas e rurais, dentro de uma faixa de 200 metros de largura, sendo que para implantação da rodovia serão necessários 130 metros.

Em Ribeirão estava prevista a desapropriação de 144 propriedades nos bairros Jardim Santa Inês, Vila Belmiro, Pilar Velho e São Caetaninho. Em Mauá o número é menor: 52 propriedades nos bairros Vila Santa Luzia, Recanto Vital Brasil e no entorno da estrada de Sapopemba.

Aluguel de R$ 1 mil e sem previsão de nova casa
Desde novembro a família de Mauro Lopes Coelho, 46 anos, ex-morador da Vila Belmiro, paga R$ 1 mil de aluguel e não tem previsão de quando conseguirá comprar uma nova casa. “Uma casa de R$ 250 mil querem pagar R$ 100 mil. Não podemos aceitar. A Justiça disse que irá fazer uma nova perícia, mas não sei como, porque a casa já veio abaixo.” A rua onde a família vivia não existe mais.

O mecânico Luís Carlos de Lima, 53, morava na mesma rua de Mauro, e também está tendo de pagar aluguel enquanto o processo corre na Justiça.

“Não tivemos tempo para negociar uma saída. Quando a empresa veio, a obra veio junto e já tivemos de sair. Muita gente saiu com força policial. Agora está enrolado, e a gente gastando um dinheiro que não tem para morar”, afirmou Lima.

Em nota, a SPMar afirmou que está sob responsabilidade da Justiça definir as indenizações. “Os valores depositados pela Concessionária são os valores determinados pelo juiz, com base na avaliação dos peritos judiciais. Não existe autorização na imissão de posse sem que o valor determinado pelo juiz esteja depositado. Nesse caso as famílias estão questionando o valor determinado pelo juiz. Uma vez depositados os valores indicados pelo juiz, encerra-se a gestão da Concessionária”, diz a nota.

Por Carol Scorce - ABCD Maior
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