DATA DA PUBLICAÇÃO 22/01/2012 | Setecidades
Rodoanel mudará ruas de Ribeirão
Traçado do trecho Leste passará pela avenida Benjamim Baptista Cerezoli. Foto: Andris Bovo
Obra do trecho Leste passará por dentro da maior empresa de munições do País
O caos viário já tem data para chegar a Ribeirão Pires. Até o momento, as obras do trecho Leste do Rodoanel se concentram em Mauá, na interligação da avenida Papa João 23, e dentro da Pedreira de Santa Clara, em Ribeirão, sem causar problemas de infraestrutura ou tráfego. A partir do segundo semestre, congestionamentos, acessos fechados e todos os transtornos causados por grandes obras viárias são esperados na cidade.
De acordo com o parecer técnico da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) sobre o EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) do empreendimento, após a ligação com a avenida Papa João 23, o traçado do trecho Leste seguirá por terrenos de antigos reflorestamentos e área industrial, afetando trecho da avenida Alfredo Dib que liga a Vila Sueli e o Jardim Santa Inês, em Ribeirão Pires.
Para não bloquear o fluxo naquela região, a SPMar mudará o traçado da via, contornando o Rodoanel até a rua Camurá. Nesse trecho, o traçado também cruzará a avenida Humberto de Campos e a linha 10 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), entre as estações Guapituba e Ribeirão Pires.
Gasoduto - A experiência com os transtornos causados do gasoduto da Petrobras, a Gasan 2, aumenta as suspeitas e o medo em relação à nova obra. “Já passamos por isso. Além do tráfego intenso de caminhões, as principais ruas sofrerão intervenções, o que deixará a cidade travada”, comentou o morador Alaor Vieira.
Para evitar o isolamento ou maiores transtornos na via de ligação com Mauá e na linha férrea, a SPMar esclareceu que serão construídos uma passagem subterrânea e um viaduto, para que o fluxo de veículos, pedestres e passageiros seja mantido. Em ambos os casos, as intervenções não terão interligação com o Rodoanel, servindo ao tráfego já existente.
A SPMar garantiu que a construção do viaduto, por cima da linha férrea, não afetará os trens da CPTM. Porém, a Cetesb pede que a empresa fique atenta a possíveis transtornos e que seja rápida na comunicação, em caso de problemas.
Falso túnel atravessará empresa de munições
Após atravessar a linha férrea, o traçado do Rodoanel seguirá sobre a estrada de serviço da empresa de munições CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos). Para minimizar o impacto da travessia da área da companhia, a solução do projeto de engenharia foi a construção da pista em falso túnel, com galerias e sem a necessidade de perfurações, para não impactar as atividades da empresa que realiza o tráfego interno de material explosivo.
O planejamento preliminar indica a execução de uma estrada provisória, a leste da atual via. A Cetesb destacou que a empresa impôs, como medida de segurança, que as obras ficassem a no mínimo 50 metros de distância da estrada por onde circula o transporte de cargas perigosas da CBC. Porém, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) e a Cetesb optaram por deixar a distância de 100 metros. Em nota, a SPMar revelou que a concessionária e a companhia já fizeram reuniões para garantir que a operação da empresa não seja impactada com a obra.
Ao sair da CBC, o trecho Leste seguirá por áreas de baixa ocupação de Ribeirão, cruzando o eixo da rua Capitão José Gallo e a estrada da Cooperativa, nos bairros Vila Belmiro e São Caetaninho. Na sequência, o traçado segue pela avenida Benjamin Baptista Cerezoli, outra importante via de ligação entre Mauá e Ribeirão. Assim como a avenida Humberto de Campos, a estratégia usada para não atrapalhar o fluxo será a construção de viaduto para o Rodoanel ou passagem subterrânea para os veículos do tráfego local.
O traçado seguirá rumo à antiga área de exploração da Pedreira Santa Clara, onde haverá um túnel de 1.110 metros de extensão, cujo desemboque será em Mauá. A partir daí, o Rodoanel passará por trechos em áreas de ocupação rural até chegar a Suzano.
Serviços públicos também serão afetados
Além das vias de Ribeirão Pires, a implantação do trecho Leste do Rodoanel também deverá interferir nas redes de serviços públicos existentes ao longo do traçado, como rede de energia elétrica, gás e água potável. Entre as preocupações, as obras na adutora do Rio Claro da Sabesp (Companhia de Abastecimento Básico do Estado de São Paulo), na região da estrada Sapopemba, que abastece Ribeirão, Rio Grande e parte de Mauá.
O projeto prevê que o Rodoanel passe por cima da adutora, em forma de viaduto, de modo a não afetar a qualidade da água tratada no local.
Para o ambientalista da região, José Soares da Silva, o problema está no fato de a adutora já ter sofrido com as obras da Gasan 2. “O local está fragilizado e, por mais que se tenha cuidado, outra obra ali prejudicará ainda mais a área que já está com erosão e assoreamento de córregos e nascentes”, avaliou o ambientalista.
“Na época da Gasan ficamos até 15 dias sem água e não queremos passar por isso novamente”, desabafou o morador Alaor Vieira.
Energia e trens - Outros serviços que também serão afetados na cidade, devido às obras do trecho Leste do Rodoanel, são a linha de alta tensão na região dos bairros Vila Suely e Jardim Inês, a linha 10 Turquesa da CPTM, os dutos da Petrobras e o coletor tronco junto à avenida Capitão José Gallo.
Para evitar prejuízos aos moradores, a Cetesb garantiu que as redes deverão ser remanejadas, o que não evitará eventuais interrupções dos serviços para a realização dos trabalhos.
O caos viário já tem data para chegar a Ribeirão Pires. Até o momento, as obras do trecho Leste do Rodoanel se concentram em Mauá, na interligação da avenida Papa João 23, e dentro da Pedreira de Santa Clara, em Ribeirão, sem causar problemas de infraestrutura ou tráfego. A partir do segundo semestre, congestionamentos, acessos fechados e todos os transtornos causados por grandes obras viárias são esperados na cidade.
De acordo com o parecer técnico da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) sobre o EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) do empreendimento, após a ligação com a avenida Papa João 23, o traçado do trecho Leste seguirá por terrenos de antigos reflorestamentos e área industrial, afetando trecho da avenida Alfredo Dib que liga a Vila Sueli e o Jardim Santa Inês, em Ribeirão Pires.
Para não bloquear o fluxo naquela região, a SPMar mudará o traçado da via, contornando o Rodoanel até a rua Camurá. Nesse trecho, o traçado também cruzará a avenida Humberto de Campos e a linha 10 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), entre as estações Guapituba e Ribeirão Pires.
Gasoduto - A experiência com os transtornos causados do gasoduto da Petrobras, a Gasan 2, aumenta as suspeitas e o medo em relação à nova obra. “Já passamos por isso. Além do tráfego intenso de caminhões, as principais ruas sofrerão intervenções, o que deixará a cidade travada”, comentou o morador Alaor Vieira.
Para evitar o isolamento ou maiores transtornos na via de ligação com Mauá e na linha férrea, a SPMar esclareceu que serão construídos uma passagem subterrânea e um viaduto, para que o fluxo de veículos, pedestres e passageiros seja mantido. Em ambos os casos, as intervenções não terão interligação com o Rodoanel, servindo ao tráfego já existente.
A SPMar garantiu que a construção do viaduto, por cima da linha férrea, não afetará os trens da CPTM. Porém, a Cetesb pede que a empresa fique atenta a possíveis transtornos e que seja rápida na comunicação, em caso de problemas.
Falso túnel atravessará empresa de munições
Após atravessar a linha férrea, o traçado do Rodoanel seguirá sobre a estrada de serviço da empresa de munições CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos). Para minimizar o impacto da travessia da área da companhia, a solução do projeto de engenharia foi a construção da pista em falso túnel, com galerias e sem a necessidade de perfurações, para não impactar as atividades da empresa que realiza o tráfego interno de material explosivo.
O planejamento preliminar indica a execução de uma estrada provisória, a leste da atual via. A Cetesb destacou que a empresa impôs, como medida de segurança, que as obras ficassem a no mínimo 50 metros de distância da estrada por onde circula o transporte de cargas perigosas da CBC. Porém, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) e a Cetesb optaram por deixar a distância de 100 metros. Em nota, a SPMar revelou que a concessionária e a companhia já fizeram reuniões para garantir que a operação da empresa não seja impactada com a obra.
Ao sair da CBC, o trecho Leste seguirá por áreas de baixa ocupação de Ribeirão, cruzando o eixo da rua Capitão José Gallo e a estrada da Cooperativa, nos bairros Vila Belmiro e São Caetaninho. Na sequência, o traçado segue pela avenida Benjamin Baptista Cerezoli, outra importante via de ligação entre Mauá e Ribeirão. Assim como a avenida Humberto de Campos, a estratégia usada para não atrapalhar o fluxo será a construção de viaduto para o Rodoanel ou passagem subterrânea para os veículos do tráfego local.
O traçado seguirá rumo à antiga área de exploração da Pedreira Santa Clara, onde haverá um túnel de 1.110 metros de extensão, cujo desemboque será em Mauá. A partir daí, o Rodoanel passará por trechos em áreas de ocupação rural até chegar a Suzano.
Serviços públicos também serão afetados
Além das vias de Ribeirão Pires, a implantação do trecho Leste do Rodoanel também deverá interferir nas redes de serviços públicos existentes ao longo do traçado, como rede de energia elétrica, gás e água potável. Entre as preocupações, as obras na adutora do Rio Claro da Sabesp (Companhia de Abastecimento Básico do Estado de São Paulo), na região da estrada Sapopemba, que abastece Ribeirão, Rio Grande e parte de Mauá.
O projeto prevê que o Rodoanel passe por cima da adutora, em forma de viaduto, de modo a não afetar a qualidade da água tratada no local.
Para o ambientalista da região, José Soares da Silva, o problema está no fato de a adutora já ter sofrido com as obras da Gasan 2. “O local está fragilizado e, por mais que se tenha cuidado, outra obra ali prejudicará ainda mais a área que já está com erosão e assoreamento de córregos e nascentes”, avaliou o ambientalista.
“Na época da Gasan ficamos até 15 dias sem água e não queremos passar por isso novamente”, desabafou o morador Alaor Vieira.
Energia e trens - Outros serviços que também serão afetados na cidade, devido às obras do trecho Leste do Rodoanel, são a linha de alta tensão na região dos bairros Vila Suely e Jardim Inês, a linha 10 Turquesa da CPTM, os dutos da Petrobras e o coletor tronco junto à avenida Capitão José Gallo.
Para evitar prejuízos aos moradores, a Cetesb garantiu que as redes deverão ser remanejadas, o que não evitará eventuais interrupções dos serviços para a realização dos trabalhos.
Assine nosso Feed RSSAs últimas | Setecidades
25/09/2018 | Acidente na Tibiriçá termina com vítima fatal
25/09/2018 | Santo André quer tombar 150 jazigos de cemitérios municipais
21/09/2018 | Região ganha 13 mil árvores em um ano
As mais lidas de Setecidades
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda