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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/10/2009 | Economia
Rodoanel irá alavancar economia do Grande ABC
Os representantes do setor privado do Grande ABC esperam que o início das operações do Trecho Sul do Rodoanel estimule o crescimento da economia regional. Para o gerente de relações institucionais da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Ermes da Silva, o desenvolvimento econômico será um processo normal, mas irá depender "das estratégias dos empresários para tirar proveito do Rodoanel".

A afirmação do gerente aconteceu ontem na Acisa ( Associação Comercial e Industrial de Santo André). Silva apresentou detalhes do Trecho Sul a representantes regionais do poder público e do setor privado.

A segunda parte do Rodoanel ligará o Trecho Oeste à Avenida Papa João XXIII, em Mauá. Mas também passará por Santo André e São Bernardo. O investimento na obra beira os R$ 4 bilhões. O Governo do Estado é responsável pela maioria do aporte. Já o Governo Federal, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), responde por 30% do montante investido, cerca de R$ 1,2 bilhão. Em torno de 500 empresa estão envolvidas na obra. A inauguração está prevista para daqui a 170 dias.

A proposta da obra é remover o tráfego de passagem de carga pesada da região metropolitana de São Paulo.

Silva diz que a economia do Grande ABC tem grandes chances de crescer. "Mas o empresário terá que analisar a sua atividade e definir como se beneficiar do Rodoanel", alerta. Ele afirma que a Dersa, empresa do Governo do Estado responsável pela administração da obra, está disponível para esclarecer todas as dúvidas.

Considerando o deslocamento do tráfego de carga da região para o Trecho Sul, as vias municipais terão mais espaço e menos trânsito. Para João Luis Álvares de Moura, representante de oito concessionárias e uma revendedora na região, a diminuição do fluxo refletirá em aumento das vendas. "A tendência é que o interesse do consumidor por carros aumente", afirma o diretor do grupo Savol.

O presidente da Acisa, Sidnei Muneratti, concorda com um possível crescimento nas vendas de veículos. Para ele, São Bernardo, pelas montadoras, e Santo André, pelas fábricas de autopeças, terão forte desenvolvimento. "Não há como negar que o setor automobilístico é um dos pilares da economia do Grande ABC. Se o setor crescer, os demais setores acompanharão o movimento. A melhora do mercado de automóveis na região gera empregos, crédito e reflete direto na economia da região", explica Muneratti.

Preços dos terrenos comerciais dobram
O início da operação do Trecho Sul do Rodoanel é propulsor dos planos dos empresários da região. Os do setor imobiliário já saíram na frente e colhem os efeitos da segunda parte do complexo rodoviário. Segundo o gerente de relações institucionais da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Ermes da Silva, "a valorização dos terrenos próximos aos trevos de entrada do Rodoanel foi enorme".

Em Santo André e Mauá, até 2007 os preços dos terrenos voltados aos imóveis industriais e galpões eram negociados, em média, por R$ 200 o m². Com o início das obras do Trecho Sul, em junho de 2007, a demanda pelos terrenos nas duas cidades aumentou. Hoje, o m² chega a custar R$ 400.

"A valorização foi extraordinária em Santo André e Mauá. Há dois anos, os preços eram bem mais baixos", diz o diretor da imobiliária Zambrana Imóveis, Antonio Zambrana, de Santo André.

Ele destaca que a supervalorização espantou quem tinha pouco capital para investir em imóvel. Mas isso não gerou uma diminuição no volume de vendas. "Ninguém investe em imóveis mais do que o seu capital de giro permite", comenta Zambrana.

Para o sócio-proprietário da imobiliária Guarany Imóveis, João Batista Ferreira, de Mauá, a ampliação do polo petroquímico da cidade foi um ponto forte para a valorização dos terrenos. "Mas a construção do Rodoanel também representa grande parte do aumento dos preços", diz.

Ele lembra que, há cinco anos, a média do m² era de R$ 50. "Hoje, o m² gira em torno de R$ 400. De dois anos para cá (início das obras do complexo rodoviário), a valorização desacelerou, mas não parou", acrescenta Ferreira.

O aumento do preço dos terrenos também refletiu na valorização dos galpões já existentes, "mas a conservação do imóvel ainda determina os preços", diz Zambrana.

Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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