DATA DA PUBLICAÇÃO 07/12/2012 | Setecidades
Rodízio divide opiniões no ABCD, mostra pesquisa
Após pesquisa, futuros prefeitos do ABCD decidirão se rodízio será ou não implantado. Foto: Luciano Vicioni
Levantamento realizado pelo Consórcio aponta empate técnico sobre a implantação ou não da medida na Região
Trânsito caótico, motoristas estressados e filas quilométricas de carros parados debaixo de um sol escaldante. Esta é cada vez mais a frequente realidade que os motoristas têm enfrentado no ABCD. Apesar das dificuldades, a população reluta em aceitar o rodízio como uma solução, mesmo que temporário. Pelo menos é isso o que mostra pesquisa divulgada nesta quinta-feira (06/12) pelo Consórcio Intermunicipal: 46% são contra a medida e 40,16% são a favor. Porém, ao levar em consideração a margem de erro de 4,5% para mais ou para menos, o resultado mostra um empate técnico.
A pesquisa, encomendada pelo Consórcio pelo valor de R$ 45,5 mil, foi realizada pela empresa EGP em julho deste ano e ouviu 1,5 mil pessoas nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá, onde a medida seria aplicada, se aprovada pelos prefeitos.
“A mobilidade urbana é um problema que terá de ser enfrentado no próximo mandato (do Consórcio) e a pesquisa é um insumo importante para tomada de decisão dos futuros prefeitos”, explicou secretário executivo do Consórcio, João Ricardo Caetano. A expectativa é que, em fevereiro de 2013, o assunto já seja colocado em pauta.
Apesar de dividida, a população contrária à decisão foi maioria em quase todas as cidades. A exceção foi São Caetano, onde 46,15% dos moradores disseram ser favoráveis ao rodízio. “O estranho é que mais de 40% da população classifica o trânsito como ruim. Isso significa que a maioria está descontente, mas é contra a restrição”, comentou a coordenadora do GT Mobilidade, Andrea Brisida.
Das pessoas que são contra, 15,07% disseram que a medida não é necessária e 13,87% acham que o rodízio não resolveria o problema dos congestionamentos. Da população que é favorável, 29,67% acreditam que a medida melhoraria o trânsito. “Vale ressaltar que o rodízio não viria sozinho. Ele é uma solução paliativa, para aliviar a Região enquanto aguardamos obras de solução de médio e longo prazo, como a linha Bronze do Metrô”, explicou Andrea.
A pesquisa também simulou um quadro onde a decisão do rodízio já seria uma realidade na Região. Diante disso, 57,42% apontaram como melhor saída à implantação da restrição apenas nos horários de pico. Andrea explicou que um subgrupo foi criado dentro do GT (Grupo de Trabalho) Mobilidade, apenas para estudar os possíveis modos de se implantar o rodízio no ABCD. “Se a restrição for feita, ela deve ser realizada em todas as vias dos cinco municípios, mas ainda estamos debatendo os horários, pois nosso horário de pico não é igual à Capital. Aqui temos horário de pico no almoço”, destacou.
Perfil - As entrevistas foram domiciliares e a maioria respondida por homens (52,32%) com Ensino Médio completo (42,80%) com idades entre 16 e 24 anos (23,74%). Dos 78,27% que possuem carro em casa, 40,95% usam para trabalhar, enquanto apenas 24,28% utilizam ônibus. Um dado que chamou a atenção é que 90% dos participantes trabalham no ABCD. A maioria (45,10%) disse levar entre 30 minutos a 1 hora para se deslocar diariamente para o trabalho ou escola. Outros 41,53% afirmaram levar até 30 minutos. “O tempo curto nos surpreendeu”, comentou Andrea.
Das cinco cidades onde foram feitas entrevistas, Santo André é o que possui maior quantidade de carros. Cerca de 87,08% da população afirmou ter automóvel. Enquanto em Diadema, 33,47% dos moradores afirmaram não ter carro. Já São Caetano é a cidade com a maior quantidade de veículos por residência, 21,54% disseram ter mais de um carro. Atualmente o ABCD possui cerca de 1 milhão de automóveis.
A pesquisa ainda revelou que 57,13% dos moradores estariam dispostos a deixar o carro em casa, caso houvesse uma boa alternativa de transporte na Região. Apenas 8,07% disseram que não deixariam de usar carro em nenhuma hipótese. A maioria (86,33%) também disse que o governo deveria investir mais em transporte coletivo. Somente 6,47% querem mais investimento em estradas e viadutos para facilitar o uso do transporte particular.
Trânsito caótico, motoristas estressados e filas quilométricas de carros parados debaixo de um sol escaldante. Esta é cada vez mais a frequente realidade que os motoristas têm enfrentado no ABCD. Apesar das dificuldades, a população reluta em aceitar o rodízio como uma solução, mesmo que temporário. Pelo menos é isso o que mostra pesquisa divulgada nesta quinta-feira (06/12) pelo Consórcio Intermunicipal: 46% são contra a medida e 40,16% são a favor. Porém, ao levar em consideração a margem de erro de 4,5% para mais ou para menos, o resultado mostra um empate técnico.
A pesquisa, encomendada pelo Consórcio pelo valor de R$ 45,5 mil, foi realizada pela empresa EGP em julho deste ano e ouviu 1,5 mil pessoas nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá, onde a medida seria aplicada, se aprovada pelos prefeitos.
“A mobilidade urbana é um problema que terá de ser enfrentado no próximo mandato (do Consórcio) e a pesquisa é um insumo importante para tomada de decisão dos futuros prefeitos”, explicou secretário executivo do Consórcio, João Ricardo Caetano. A expectativa é que, em fevereiro de 2013, o assunto já seja colocado em pauta.
Apesar de dividida, a população contrária à decisão foi maioria em quase todas as cidades. A exceção foi São Caetano, onde 46,15% dos moradores disseram ser favoráveis ao rodízio. “O estranho é que mais de 40% da população classifica o trânsito como ruim. Isso significa que a maioria está descontente, mas é contra a restrição”, comentou a coordenadora do GT Mobilidade, Andrea Brisida.
Das pessoas que são contra, 15,07% disseram que a medida não é necessária e 13,87% acham que o rodízio não resolveria o problema dos congestionamentos. Da população que é favorável, 29,67% acreditam que a medida melhoraria o trânsito. “Vale ressaltar que o rodízio não viria sozinho. Ele é uma solução paliativa, para aliviar a Região enquanto aguardamos obras de solução de médio e longo prazo, como a linha Bronze do Metrô”, explicou Andrea.
A pesquisa também simulou um quadro onde a decisão do rodízio já seria uma realidade na Região. Diante disso, 57,42% apontaram como melhor saída à implantação da restrição apenas nos horários de pico. Andrea explicou que um subgrupo foi criado dentro do GT (Grupo de Trabalho) Mobilidade, apenas para estudar os possíveis modos de se implantar o rodízio no ABCD. “Se a restrição for feita, ela deve ser realizada em todas as vias dos cinco municípios, mas ainda estamos debatendo os horários, pois nosso horário de pico não é igual à Capital. Aqui temos horário de pico no almoço”, destacou.
Perfil - As entrevistas foram domiciliares e a maioria respondida por homens (52,32%) com Ensino Médio completo (42,80%) com idades entre 16 e 24 anos (23,74%). Dos 78,27% que possuem carro em casa, 40,95% usam para trabalhar, enquanto apenas 24,28% utilizam ônibus. Um dado que chamou a atenção é que 90% dos participantes trabalham no ABCD. A maioria (45,10%) disse levar entre 30 minutos a 1 hora para se deslocar diariamente para o trabalho ou escola. Outros 41,53% afirmaram levar até 30 minutos. “O tempo curto nos surpreendeu”, comentou Andrea.
Das cinco cidades onde foram feitas entrevistas, Santo André é o que possui maior quantidade de carros. Cerca de 87,08% da população afirmou ter automóvel. Enquanto em Diadema, 33,47% dos moradores afirmaram não ter carro. Já São Caetano é a cidade com a maior quantidade de veículos por residência, 21,54% disseram ter mais de um carro. Atualmente o ABCD possui cerca de 1 milhão de automóveis.
A pesquisa ainda revelou que 57,13% dos moradores estariam dispostos a deixar o carro em casa, caso houvesse uma boa alternativa de transporte na Região. Apenas 8,07% disseram que não deixariam de usar carro em nenhuma hipótese. A maioria (86,33%) também disse que o governo deveria investir mais em transporte coletivo. Somente 6,47% querem mais investimento em estradas e viadutos para facilitar o uso do transporte particular.
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