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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/02/2015 | Setecidades
Ribeirão Pires gastará R$ 608 mil para recapear Rua Francisco Tometich
Após um ano de ter executado operação tapa-buraco na Rua Francisco Tometich, no Jardim Valentina, em Ribeirão Pires, a Prefeitura contrata por R$ 607.659,63, a empresa Cerqueira Torres Construções, Terraplanagem e Pavimentação Ltda., para serviço de recapeamento asfáltico no local. Os trabalhos devem iniciar ainda neste semestre.

O secretário de Obras, José Carlos Agnello, justifica a necessidade do gasto devido problemas deixados pela gestão passada. “Essa obra foi abandonada e desde então não conseguimos dar prosseguimento, pois tínhamos que negociar uma nova verba com a Caixa Econômica Federal. Essa liberação demorou cerca de oito meses para sair do papel. Por isso, durante esse período só fizemos manutenções pontuais com verba municipal. Agora, garanto que ainda neste primeiro semestre vamos dar inicio as obras e, de fato, concluir o problema da via”, garante Agnello.

Com o novo contrato para consertos e recapeamento da via já se somam cerca de R$ 1,5 milhão recursos públicos investidos, desde quando a rua passou de paralelepípedo para asfalto, em meados de 2008. Nesta época, a cidade recebeu recurso proveniente de emenda parlamentar do então deputado federal, Paulo Maluf (PP), no valor de R$ 839.250,00 e os serviços foram executados pela empresa Roade Construção Civil e Locação de Equipamentos LTDA

De acordo com o secretário, as obras foram paralisadas pela empresa e a rua ficou em total estado de abandono, resultando em inúmeras rachaduras que se tornaram incômodos constantes para moradores e motoristas que passam pela área. Com cerca de 1,5 mil metros de extensão, a via tem 3.500 habitantes e é utilizada como principal ligação entre a SP-122 (Rodovia Antonio Adib Chammas) com a SP-31 ( Rodovia Índio Tibiriçá).

Em 2007, moradores fecharam a rua e colocaram fogo em móveis e pneus em protesto pelas más condições. “Eles sempre gastam um caminhão de dinheiro para fazer um serviço com material de péssima qualidade. O resultado é esse. Todo ano precisam contratar empresas para efetuar o serviço, novamente”, lamenta o morador Juan Marcos Rodriguez Mendes, 56 anos.

O comerciante Eder Luiz Matos Teixeira, 32, salienta que nada muda a cada serviço feito. “Faz um ano que eles fizeram o último recapeamento. Continuamos com problemas e a invasão dos caminhões de grande porte só piora a situação. Eles (a Prefeitura) até instalaram câmeras para monitorar as invasões, entretanto, depois de dois meses tiraram.”

Em 2010, a Prefeitura de Ribeirão Pires proibiu a passagem de caminhões acima de três eixos, e até colocou fiscalização eletrônica para multar infratores. Porém, atualmente, não existem mais os equipamentos. O secretário José Carlos Agnello informou que está em andamento projeto para instalação de câmeras de monitoramento em vários pontos da cidade.

Morador do endereço desde 1986, o motorista Arão Saturnino, 36, diz que já aprendeu a viver com essa realidade. “Sempre foi assim. Quando era paralelepípedo as crateras eram enormes. Hoje, apesar de ser asfalto, continua a mesma coisa”, afirma o motorista, que ainda ressalta que vizinhos que moram em ruas paralelas ainda vivem com o problema. “A Rua Diamantina (paralela) ainda é feita de barro. Enquanto eles ficam refazendo o trabalho aqui os moradores lá ainda sofrem sem asfalto.”

Além dos problemas na rua, os moradores também sofrem as conseqüências com rachaduras em suas residências. “O pior de tudo é que ainda tivemos aumento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e continuamos na mesma situação. Há três anos pagava cerca de R$ 200. Em 2014, paguei R$ 548. E já nesse ano vou pagar R$ 648”, delcara Saturnino.

Especialista aponta hipóteses para problemas do asfalto
Para o professor e coordenador do curso de Engenharia Ambiental e Urbana da UFABC (Universidade Federal do ABC), Humberto de Paiva Junior, os constantes desgastes do asfalto da Rua Francisco Tometich podem ter sido ocasionados por diversos fatores, entre eles, a elaboração de um projeto que não atendia as necessidades do local.

“Existem diversos pontos que podemos levar em consideração. Desde o perfil geológico até o tráfego que passa pela rua. Entretanto, é importante ressaltar que o projeto pode não ter levado em consideração alguns itens para fazer a pavimentação. Nesse caso, como a via era de paralelepípedo era necessário avaliar a geométrica da área.”

De acordo com o especialista, continuar fazendo uma série de recapeamentos pode piorar o problema. “Não adianta só recapear. É necessário avaliar o trabalho todo e, se necessário, fazer um projeto novo e, quem sabe, fazer tudo novamente para não se ter mais esse problema. Até incluindo a proibição de alguns veículos que afetam o asfalto.”

Por Daniel Macário - Especial para o Diário
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