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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/04/2011 | Setecidades
Ribeirão Pires estuda sítio arqueológico em igreja
O terreno nos fundos da Igreja do Pilar, em Ribeirão Pires, ganhou movimentação atípica nos últimos dias. Memorialistas, historiadores, moradores antigos e até caciques visitaram o espaço para identificar um antigo cemitério. A área, que já foi demarcada, é apontada por alguns como o primeiro cemitério do município, datado do século 18, mesma época da construção da capela. Para outros, ali existem ao menos 17 túmulos de autoridades indígenas da nação muiramomis, entre caciques e pajés, o que significaria a descoberta do primeiro cemitério indígena do ABCD.

“Na verdade estamos fazendo um resgate cultural e histórico da área, o que inclui todas as linhas de pensamento”, disse o secretário de Juventude, Esporte, Lazer e Turismo de Ribeirão, Luiz Gustavo Pinheiro Volpi, o Guto. Assim como a igreja, o terreno de 45 mil m² foi tombado pelo Condephaat em 1975, mas somente agora a Prefeitura busca, com depoimentos e documentos municipais, a identificação do que existe no local. “Ali não é apenas um cemitério indígena, mas também é onde está enterrada a família do capitão-mor Antônio Correia de Lemos (um dos fundadores do município)”, afirmou Guto.

O violonista Robson Miguel, que também se autoclassifica como cacique e atende pelo nome de Tukumbó Dyeguaká, afirma ter usado o conhecimento da cultura indígena para localizar os túmulos dos pajés e caciques. “Cada túmulo está marcado com uma árvore araucária, que os padres usavam para identificar os sepultamentos dos índios”, garantiu. Miguel acredita que as árvores possuem cerca de 230 anos e estariam em Ribeirão desde a fundação da Igreja do Pilar, em 1714. “A idade dos pinheiros é contada pelos anéis que ficam na árvore a cada troca da casca”, disse.

O primeiro - Para o jornalista e memorialista Ademir Medici, Ribeirão tem nas mãos provas da existência de um cemitério antigo, usado para enterrar a comunidade que vivia ao redor da capela, o que inclui negros, índios e brancos. “Podemos dizer que este foi o primeiro cemitério de Ribeirão, mas não dá para falar que é um cemitério indígena”, revelou. Medici ainda discorda que as araucárias possam ser usadas como provas. “Se for assim, a Marechal Deodoro está repleta de índios enterrados. Em 1817, o local era cheio dessa espécie. E na época São Bernardo já tinha cemitério”, disse o memorialista.

O historiador e coordenador do Museu Municipal de Ribeirão, Arnaldo Boaventura Neto, também compartilha da opinião de Medici. “Existem evidências da existência de um cemitério, mas se ele é indígena não há comprovações. Pode haver índios enterrados por ser um local antigo”, comentou. De acordo com Neto, os moradores falam de lápides com cruzes de ferro e escritos italianos, o que levanta a hipótese de imigrantes sepultados no espaço. “Depois da parte documental, o que precisa ser feito é um trabalho arqueológico, mas por enquanto é apenas um resgate histórico”, enfatizou.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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