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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/09/2009 | Setecidades
Ribeirão paga R$ 574 a professor
Os professores de creches de Ribeirão Pires - os PDIs (professores de desenvolvimento infantil) - recebem o menor piso salarial da região: são R$ 574 mensais para carga horária de 40 horas semanais. O valor está abaixo do piso nacional de R$ 950 mensais para esta jornada semanal, estabelecido pela lei federal 11.378, de julho do ano passado.

Para se ter uma ideia da defasagem, basta uma comparação com o salário pago por São Bernardo pela mesma carga horária (R$ 2.143,78) ou por Mauá (R$ 2.280,00) (veja nas demais cidades, ao lado).

Pela lei federal, os municípios têm até dezembro para implementar totalmente o novo piso aos profissionais do magistério. No entanto, desde janeiro, as prefeituras deveriam incorporar aos salários um acréscimo de dois terços da diferença entre o que era pago e o que foi estipulado por lei. No caso de Ribeirão Pires seriam R$ 376 a mais por mês, determinação que não foi cumprida.

O Sineduc (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Municipal de Ribeirão Pires) pediu explicações à administração, que prometeu corrigir as distorções salariais com a criação de um plano de carreira até agosto. O prazo, no entanto, não foi cumprido. "As negociações estão paradas e o plano não foi concluído. Essa situação não pode permanecer. Vamos exigir que a Prefeitura pague os valores retroativos", diz a presidente do sindicato, Perla de Freitas.

Formada em pedagogia, Maria Vanuzia de Lima, 43 anos, trabalha como professora na Educação Infantil de Ribeirão Pires e também na rede estadual. "Eu ainda tenho a renda do Estado, mas tem gente que depende só do salário da Prefeitura. Trabalhar com as crianças é maravilhoso, e é isso que nos segura, mas a esperança é que melhore."

A Prefeitura de Ribeirão Pires informou que os salários pagos estão "de acordo com a realidade orçamentária do município." A promessa da secretária de Educação e Cultura, Rosi Ribeiro de Marco, é que a elaboração de um plano de carreira do magistério para atender os prazos estabelecidos pela lei federal está em fase final. "Ele será submetido a votação da Câmara e a expectativa é que entre em vigor em 2010", explicou a secretária.

A Prefeitura informou que há 232 professores na rede de ensino municipal, mas não especificou quantos trabalham nas creches.

Sindicato briga por reconhecimento de educadores
Outra briga do sindicato é para que os educadores que também atuam nas creches sejam enquadrados na categoria de docentes. Uma das vantagens é a de que eles poderiam ser beneficiados pelo novo piso.

Hoje, segundo o Sineduc, há mais de 100 educadores atuando nessas unidades, com o mesmo piso dos professores, de R$ 574, mas sem o reconhecimento de que o trabalho tem caráter pedagógico. "Trata-se de um resquício da época em que a creche tinha papel assistencialista. É necessário um plano de carreira que valorize tempo de serviço e títulos acadêmicos", diz a presidente do Sineduc, Perla de Freitas.

Por Vanessa Fajardo - Diário do Grande ABC
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