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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/05/2018 | Setecidades
Ribeirão faz varredura em busca de cães doentes
Ribeirão faz varredura em busca de cães doentes Cidade teve caso de leishmaniose visceral canina; animal funciona como reservatório do parasita. Foto: Nario Barbosa/DGABC
Cidade teve caso de leishmaniose visceral canina; animal funciona como reservatório do parasita. Foto: Nario Barbosa/DGABC
O CCZ Centro de Controle de Zoonoses) de Ribeirão Pires realiza varredura em busca de amostras de sangue de cães após a cidade confirmar, há duas semanas, o primeiro caso de leishmaniose visceral canina. Duas áreas estão sendo abrangidas pela ação – Vila Prisco, onde o animal, que morreu em decorrência da doença, vivia com seu dono, e Parque das Fontes, onde passou parte da vida. A estimativa é realizar a ação com 100 cachorros em cada área.

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue), sendo um dos mais comuns o mosquito palha. Os cães funcionam como reservatórios do parasita e, quanto maior o número de animais infectados, mais altos os riscos da infecção humana. Na região, neste ano, não ocorreram casos em humanos. “Os vetores são mosquitos de pequeno porte que passam os parasitas para os hospedeiros vertebrados através das picadas das fêmeas”, explica o biólogo do Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) Horácio Teles.

O especialista pontua que naturalmente o parasita existe em áreas de matas. “Ele chega às cidades, principalmente nos limites das matas, quando acontece a invasão das áreas nativas. Assim, uma vez que a transmissão chega aos limites das cidades, cachorros e humanos passam a ter riscos maiores de adquirirem a doença.”

Segundo a Prefeitura, a equipe do CCZ realiza o cadastro de cães em cada uma das residências e, após o levantamento inicial, retorna para coleta de sangue dos animais. O material está sendo enviado para o Instituto Adolfo Lutz, na Capital, para detecção do parasita. Até o momento, foram coletadas 50 amostras na Vila Prisco. “Vale ressaltar a importância da coleta para verificação da situação epidemiológica de nossa região para esta doença. Por isso, o CCZ solicita a colaboração dos proprietários de cães para a realização da coleta”, salienta a administração. Contato com as clínicas veterinárias do município, também foi feito, alertando sobre a ocorrência do caso positivo e enfatizando a importância da notificação ao serviço de outros casos suspeitos.

Os sinais da doença em cães são lesões cutâneas com áreas de alopecia, com descamação eczematosa, principalmente ao redor dos olhos, nas articulações e pregas de pele, além do crescimento exagerado das unhas. A qualquer suspeita o CCZ deve ser acionado.

Na região, São Bernardo teve o registro de um caso de leishmaniose canina neste ano, mas importado de Santo André, segundo o Executivo são-bernardense.

Doença matou sete pessoas no Estado

No Estado, a leishmaniose visceral em humanos registrou, em 2017, 121 casos e sete mortes, em 97 cidades. Cerca de 90% dos óbitos ocorrem pela demora em perceber os sintomas e pelo atraso no início do tratamento. Para evitar a doença, a prevenção é manter os locais livres de condições que favoreçam a proliferação do vetor.

“O problema é evitado com a eliminação de pontos com acúmulo de matéria orgânica e umidade propícios à proliferação dos mosquitos e também uso de repelentes e telas nas portas e janelas”, ressalta o biólogo do Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) Horácio Teles.

Há dois tipos de leishmaniose: a cutânea, caracterizada por feridas na pele; e a visceral, a mais perigosa e que acomete vários órgãos internos. Nessa última, o professor de infectologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Juvencio Duailibe Furtado explica que entre os sintomas em humanos estão quadro de febre irregular prolongada, anemia, perda de peso e o aumento do fígado e do baço. “Existe tratamento medicamentoso. O tipo visceral pode matar, porque a pessoa vai emagrecendo e perdendo resposta imunológica”, fala.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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