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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/03/2012 | Economia
Restrição de caminhões pode afetar empresas do ABCD
Restrição de caminhões pode afetar empresas do ABCD  Custo do frete do transporte de cargas deve aumentar. Foto: Luciano Vicioni
Custo do frete do transporte de cargas deve aumentar. Foto: Luciano Vicioni
Aumento do frete, de custos e atraso nas entregas preocupam empresários da Região

A restrição de circulação de caminhões decidida pelo GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade do Consórcio Intermunicipal, prevista a partir de 8 de abril, começa a gerar preocupação para as pequenas, médias e grandes empresas instaladas na Região. A medida adotada na Capital trouxe reflexos como desabastecimento de combustível nesta semana.

Os empresários do setor de transporte de cargas ressaltaram que o custo do frete deve aumentar por conta do horário diferenciado que os profissionais irão atuar.

Os gestores pontuaram que a competitividade dos empreendimentos regionais automaticamente também será afetada e as grandes empresas podem optar por contratar transportadores da Capital para receber os produtos.

Para evitar o problema, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC quer propor uma reunião com as prefeituras da Região e com os executivos do segmento de transportes para discutir uma forma de equalizar a questão.

Para o proprietário da Starvan Tranportes Rodoviários, de São Bernardo, Vanberto Washington de Souza, a restrição aos veículos pesados deve expandir os gastos das empresas que atuam no segmento de transportes. “O número de funcionários acaba aumentando, além de outros, ou seja, o governo municipal precisa pensar em ampliar as vias da Região para o trânsito fluir melhor, sendo assim, os caminhões não enfrentariam tantos problemas como ocorre atualmente”, disse.

Melhor estrutura - De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, as administrações públicas regional e estadual precisam elaborar um plano de melhoria do transporte coletivo, como a expansão das linhas de Metrô e também a ampliação e a construção de novas vias. “Atualmente o trânsito no ABCD está até pior do que o da Capital. Nosso objetivo é trabalhar em conjunto com o poder público e com os empresários para encontrar uma solução eficiente o fluxo das vias”, frisou.

Atraso nas empresas - Para o professor de Economia da Esags (Escola Superior de Administração e Gestão), Manoel Marcondes Filho, a decisão do poder público regional de restringir a circulação de caminhões pelas principais vias do ABCD irá provocar uma série de problemas. “As entregas nas montadoras da Região devem ficar comprometidas. A todo instante as empresas recebem e enviam produtos, ou seja, a restrição não ajuda na questão econômica e muito menos na diminuição do trânsito”, ressaltou.

Na ótica do o professor da FEA/PUC-SP (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Antonio Lacerda, o mercado de transportes é um dos mais importantes e a restrição terá como reflexo aumento de preços nos produtos finais para os consumidores.

Setor pede investimento em infraestrutura

As diretorias regionais do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) do ABCD destacam que a Região carece de investimento em infraestrutura urbana. Os representantes entendem que é preciso investir em obra que contemplem todas as cidades para que o sistema viário possa ter um desempenho melhor. Na concepção dos executivos, há mais de 30 anos não ocorrem investimentos pesados para construir novas vias na Região.

Para o diretor titular do Ciesp-Santo André, Emanuel Teixeira, o ABCD precisa de novas vias de acesso. “É preciso investimento de grande porte para solucionar os problemas no trânsito regional. A economia melhorou, a população e o número de veículos cresceram, mas nada foi feito para melhorar a infraestrutura urbana regional, e o ABCD correo risco de travar todas as vias, nos próximos anos”, disse.

Abastecimento de combustíveis volta em cinco dias

Abastecer o carro nos próximos dias no ABCD ainda vai exigir paciência dos consumidores. A previsão do presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR), Toninho Gonzalez, é de que os 500 postos de combustíveis da Região tenham os tanques completos até o início da próxima segunda-feira (12/03).

Gonzalez disse que os caminhões já começaram a sair das distribuidoras sem escolta policial. “A previsão é de que os postos recebam combustíveis ao longo deste final de semana e dentro de alguns dias a situação deve melhorar”, disse.

A paralisação dos tanqueiros teve início segunda (05/03) e os dias mais críticos foram terça-feira (06/03) e quarta-feira (07/03). Os consumidores tiveram de rodar para encontrar os produtos e enfrentar longas filas de espera.

Por Felipe Rodrigues - ABCD Maior
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