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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/12/2012 | Cidade
Restaurante popular deixa moradores sem almoço
Restaurante popular deixa moradores sem almoço
Uma das unidades do restaurante popular em Mauá, na Rua Japão, no Centro, teve seu funcionamento comprometido ontem por conta da paralisação dos funcionários. Trabalhadores da empresa Terra Azul, contratada pela Prefeitura para gerenciar o serviço, alegam que estão com o salário referente a novembro e também o 13º atrasados.

O restaurante funciona das 11h às 14h30 e serve 1.500 refeições por dia ao preço de R$ 1. Ontem, as portas foram abertas apenas às 13h e fechadas 20 minutos depois, deixando muitos munícipes sem almoço. "Isso é um absurdo. Consegui almoçar, mas muitas pessoas foram impedidas de entrar. O pior de tudo é que tem comida lá dentro", destacou a aposentada Maria Helena da Silva, 55.

Os funcionários alegam estar sem pagamento e sem vale-transporte desde o fim de novembro e afirmam que, se a situação não for regularizada, não trabalharão hoje. Caso o impasse não seja resolvido, o restaurante funcionará com atendimento improvisado, no mesmo esquema de ontem, atendendo cerca de 10% de sua capacidade.

"Não estou pedindo esmola nem querendo algo além dos meus direitos. Estou aqui, com fome e com dinheiro para pagar pela minha refeição", criticou o reciclador de lixo José Nascimento, 51.

A maioria dos usuários do bandejão é de aposentados, que buscam não apenas comida saudável a preços baixos, mas também companhia para as refeições. "Sou viúva e moro sozinha. Cozinhar todos os dias acaba me trazendo muito desperdício. Sem contar que almoçar sem ninguém para conversar é muito chato. Aqui tenho amigos que, como eu, procuram comer com qualidade e ao lado de outros idosos para passar o tempo. É muito descaso não termos como almoçar hoje. Nossa aposentadoria já é uma vergonha e essa situação é absurda", declarou a aposentada Helena Siqueira, 64.

A responsável pela administração do restaurante, Marisa Bolorgonato Ribeiro, não quis conversar com a equipe do Diário. Em nota, a Secretaria de Segurança Alimentar de Mauá alegou "falha técnica" para justificar o atendimento precário. E garantiu que o serviço será prestado normalmente hoje. A Prefeitura, no entanto, não informou se o repasse de recursos à Terra Azul está em dia nem comentou a falta de pagamento dos funcionários.

PROBLEMA ANTIGO

A Terra Azul já enfrentou contratempos com a Prefeitura em 2006, na administração do ex-prefeito Leonel Damo (PV), quando ficou sem receber cerca de R$ 3 milhões pelo serviço de bandejão no Hospital Dr. Radamés Nardini. De acordo com a Prefeitura, o serviço no hospital atualmente é prestado pela empresa alimentícia Le Barom.

Apesar da Terra Azul negar qualquer tipo de ligação com a Le Barom, o telefone de atendimento e e-mails de contato das empresas são os mesmos.

Ao ser questionada sobre a suposta falta de repasse da Prefeitura para realizar o pagamento dos funcionários, a Terra Azul não se manifestou.

A cidade conta com outro restaurante popular, na Vila São João, que funcionou normalmente ontem.

Por Andressa Dantas - Especial para o Diário
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