DATA DA PUBLICAÇÃO 08/10/2015 | Educação
Reorganização escolar leva estudantes às ruas
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Ao menos 500 pessoas, entre pais, alunos, professores e representantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) foram às ruas de Santo André e São Bernardo, ontem, contra o processo de reorganização de ciclos que a Secretaria Estadual da Educação estuda implantar em sua rede de ensino a partir do próximo ano. Manifestantes afirmam temer que o projeto ocasione o enxugamento do quadro de funcionários e, principalmente, o fechamento de escolas.
A proposta estadual é manter, em cada unidade, apenas um ciclo de ensino. O plano tem como objetivo oferecer educação focada na faixa etária, respeitando sempre o máximo de crianças e adolescentes por sala: 30 para o ciclo 1 do Fundamental (1ª à 4ª séries), 35 para o ciclo 2 (5ª à 9ª séries) e 40 para o Ensino Médio. O plano prevê ainda que, em caso de troca de escola, o Estado sempre irá respeitar o limite de 1,5 quilômetro da residência do discente.
Representantes da Apeoesp no Grande ABC cogitam que ao menos 19 escolas estaduais podem ser fechadas na região após a reorganização dos alunos. Segundo eles, as informações foram passadas pelas diretorias regionais. “Levantamento aponta o fechamento de ao menos 100 instituições em todo o Estado”, relata a presidente da associação, Maria Izabel Azevedo Noronha.
A conselheira estadual da Apeoesp em São Bernardo, Nayara Alves Navarro, afirmou que no município, por exemplo, quatro instituições podem ser fechadas após estudo preliminar da diretoria regional. “Alegam que essas unidades têm problemas estruturais, baixo número de matrículas e notas baixas em exames de rendimento escolar.”
Acompanhada de sua sobrinha, a dona de casa Antonia Borges, 60 anos, foi às ruas de Santo André em busca de mais informações. “Eles divulgaram o projeto, mas não temos dados concretos do que irá acontecer.”
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação afirmou que “o estudo que definirá as escolas selecionadas para o plano de reorganização está em andamento e, por isso, ainda não há como informar quais unidades passarão pelo processo, portanto, a informação de fechamento de instituições passada por representantes do sindicato não procede.”
Estado irá realizar evento para tirar dúvidas
Em todo o Estado de São Paulo será realizado no dia 14 de novembro megaencontro denominado Dia E. Na ocasião, escolas irão reunir pais e responsáveis da rede estadual justamente para explicar o novo processo de reorganização.
De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, a proposta surge como alternativa após indicadores da Pasta e do próprio Inep (Instituto Nacional de Estudos de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) apontarem que escolas de ciclo único têm resultado 10% superior às unidades de três segmentos. Além disso, dados da Fundação Seade mostram que, nas escolas estaduais, há 2 milhões a menos de estudantes em comparação a 1998.
Para o professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) Ocimar Munhoz Alavarse, a reorganização é proposta aplicável, mas não é solução definitiva. “As instituições estaduais apresentam outras falhas que poderiam ser solucionadas sem a mudança do ciclo. Podemos sim pensar na proposta, mas não da forma que está sendo feita”, relata o especialista, que ainda comenta as especulações sobre o fechamento de escolas. “Só se criaram esses boatos em decorrência da falta de informações quanto ao que, de fato, será alterado.”
A proposta estadual é manter, em cada unidade, apenas um ciclo de ensino. O plano tem como objetivo oferecer educação focada na faixa etária, respeitando sempre o máximo de crianças e adolescentes por sala: 30 para o ciclo 1 do Fundamental (1ª à 4ª séries), 35 para o ciclo 2 (5ª à 9ª séries) e 40 para o Ensino Médio. O plano prevê ainda que, em caso de troca de escola, o Estado sempre irá respeitar o limite de 1,5 quilômetro da residência do discente.
Representantes da Apeoesp no Grande ABC cogitam que ao menos 19 escolas estaduais podem ser fechadas na região após a reorganização dos alunos. Segundo eles, as informações foram passadas pelas diretorias regionais. “Levantamento aponta o fechamento de ao menos 100 instituições em todo o Estado”, relata a presidente da associação, Maria Izabel Azevedo Noronha.
A conselheira estadual da Apeoesp em São Bernardo, Nayara Alves Navarro, afirmou que no município, por exemplo, quatro instituições podem ser fechadas após estudo preliminar da diretoria regional. “Alegam que essas unidades têm problemas estruturais, baixo número de matrículas e notas baixas em exames de rendimento escolar.”
Acompanhada de sua sobrinha, a dona de casa Antonia Borges, 60 anos, foi às ruas de Santo André em busca de mais informações. “Eles divulgaram o projeto, mas não temos dados concretos do que irá acontecer.”
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação afirmou que “o estudo que definirá as escolas selecionadas para o plano de reorganização está em andamento e, por isso, ainda não há como informar quais unidades passarão pelo processo, portanto, a informação de fechamento de instituições passada por representantes do sindicato não procede.”
Estado irá realizar evento para tirar dúvidas
Em todo o Estado de São Paulo será realizado no dia 14 de novembro megaencontro denominado Dia E. Na ocasião, escolas irão reunir pais e responsáveis da rede estadual justamente para explicar o novo processo de reorganização.
De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, a proposta surge como alternativa após indicadores da Pasta e do próprio Inep (Instituto Nacional de Estudos de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) apontarem que escolas de ciclo único têm resultado 10% superior às unidades de três segmentos. Além disso, dados da Fundação Seade mostram que, nas escolas estaduais, há 2 milhões a menos de estudantes em comparação a 1998.
Para o professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) Ocimar Munhoz Alavarse, a reorganização é proposta aplicável, mas não é solução definitiva. “As instituições estaduais apresentam outras falhas que poderiam ser solucionadas sem a mudança do ciclo. Podemos sim pensar na proposta, mas não da forma que está sendo feita”, relata o especialista, que ainda comenta as especulações sobre o fechamento de escolas. “Só se criaram esses boatos em decorrência da falta de informações quanto ao que, de fato, será alterado.”
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