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Sem ler, vereadores de Mauá criticam Plano Municipal de Educação
DATA DA PUBLICAÇÃO 01/07/2015 | Cidade
Religiosos pedem exclusão de termo que não consta em Plano de Educação de Mauá
Religiosos pedem exclusão de termo que não consta em Plano de Educação de Mauá Imagem Ilustrativa. Foto: www.encontraspmaua.com
Imagem Ilustrativa. Foto: www.encontraspmaua.com
Comparecendo em peso na Câmara de Mauá, católicos e evangélicos disseram temer atentado contra a família brasileira

Religiosos foram à Câmara de Mauá na tarde desta terça-feira (30/06) e cobraram a exclusão da expressão “ideologia de gênero” do PME (Plano Municipal de Educação), documento elaborado em conjunto pelo Executivo e o Conselho Municipal de Educação. O problema é que tais palavras não constam no documento. O mesmo ocorreu em Santo André (clique e leia: Em Santo André, grupos religiosos conquistam vitória)

A revolta, então, voltou-se contra a palavra “diversidade”, que de acordo com Marcelo Nunes, coordenador da Diocese Ministerial para as Famílias, da Igreja Católica, é “uma maneira sorrateira de destruir as famílias com métodos do marxismo”.

Líder de governo, o vereador Luiz Cassimiro (PT) ficou irritado com o tom do debate e foi enfático em defesa do documento, escrito junto a sociedade civil. “O Plano Municipal de Educação quer garantir o direito de todos. Não queremos acabar com as famílias. Isso é conversa mole”, disse, exaltado na tribuna. “Querem inflamar o debate com uma coisa que não existe”, queixou-se o parlamentar Wagner Rubinelli (PT).

O diretório do Psol em Mauá entregou uma carta-aberta a população quanto a questão, no qual cobra dedicação dos vereadores para apreciação das diretrizes educacionais e combate a quaisquer tipo de discriminação – incluindo de gênero e de identidade sexual.

“É uma cortina de fumaça apenas este debate sobre gênero. Não queremos que o debate sobre o Plano Municipal foque apenas na questão da diversidade, que, sim, é importante, mas não é a única. Não se discute o piso dos professores, municipalização do ensino fundamental ou novas contratações e isso é errado”, considerou André Sapanos, presidente do Psol de Mauá.

Sapanos reclamou ainda a respeito do protesto dos cristãos, católicos, em sua maioria, no Legislativo. “O Estado é laico e são inaceitáveis essas críticas fundamentalistas de quem não respeita nem o próprio líder, o Papa Francisco. Ele, inclusive, é progressista e vive a pregar amor e respeito”, falou.

A apreciação do projeto foi postergada para o segundo semestre deste ano, devido à falta de consenso. Alguns parlamentares, como o Adelto Cachorrão (PP), alegaram que vão ler o documento nas férias para fazer críticas necessárias, mas declarou-se “radicalmente contra” o debate de gêneros nas escolas. “Não sou contra o direito dos homossexuais, mas (não quero ver) andando em shopping, se beijando e se agarrando. Não quero que meu neto veja isso”, falou o político.

Por Camilla Feltrin - ABCD Maior
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