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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/02/2017 | Saúde e Ciência
Região tem dois casos de febre amarela confirmados
 Região tem dois casos de febre amarela confirmados Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
O Grande ABC tem dois casos confirmados de febre amarela e outras duas suspeitas da doença, conforme balanço feito pelo Diário junto às prefeituras. Todas as ocorrências são relacionadas a pessoas que contraíram o problema durante viagens a outros Estados, ou seja, não são autóctones (contraídas dentro dos municípios).

Em Diadema, um adolescente de 11 anos e um homem de 60 tiveram diagnóstico da enfermidade confirmado. A administração não forneceu detalhes, como período de internação ou bairro em que os munícipes residem. Informou apenas que as duas vítimas tiveram alta médica e estão curadas. Ambos haviam viajado para Minas Gerais.

A Prefeitura de Ribeirão Pires destacou que há um caso de febre amarela em investigação na cidade. Trata-se de homem que viajou recentemente para Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso. Segundo a administração, o paciente teve alta médica e segue sob monitoramento pela Secretaria de Saúde e Higiene.

Já o caso de São Bernardo consiste em paciente que reside em outro município, mas foi atendido na cidade no dia 17. Ele ficou internado até o dia 23, quando teve alta. O exame específico para comprovar ou não a febre amarela está em análise laboratorial.

Mauá, São Caetano e Santo André afirmaram que não há registros da doença neste ano. Rio Grande da Serra não respondeu aos questionamentos da equipe do Diário.

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC afirmou que tem feito reuniões para tratar do assunto e que realiza monitoramento das ocorrências no Estado. “Segundo o GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica), o Grande ABC não registrou nenhum caso de febre amarela entre 2015 e 2016. Diante de algum caso suspeito, as providências relacionadas ao paciente serão tomadas pela Secretaria de Saúde municipal”.

PREOCUPAÇÃO

A possibilidade e preocupação de a febre amarela, até então restrita a áreas rurais, chegar às grandes cidades é confirmada pelo infectologista do Delboni Medicina Diagnóstica, Jessé Reis. Conforme explica o especialista, o Aedes aegypti, conhecido transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya, também pode ser vetor do tipo urbano da doença. Para isso, basta que o mosquito pique uma pessoa infectada pelo vírus na região silvestre. “Não dá para quantificar em percentual essa possibilidade. Ela existe, mas é remota. Todas as medidas têm sido tomadas para evitar isso”, ressaltou.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu, na sexta-feira, informe sobre a febre amarela no Brasil. A agência constatou disseminação geográfica do surto em novas áreas e que, embora ainda não haja evidências de que o Aedes aegypti implique na transmissão no atual surto, o risco de transmissão urbana da doença “não pode ser descartado”.

“A possibilidade existe e, em situação dessas, as pessoas ficam assustadas. Mas os serviços de Saúde estão desenvolvendo os bloqueios, tentando tanto diminuir os mosquitos, quanto recomendando a vacinação para as pessoas (que forem às áreas de risco)”, falou o biólogo e integrante do CRBio (Conselho Regional de Biologia) Horácio Teles.

Conforme o Ministério da Saúde, há 809 casos relacionados à doença no País. Destes, 651 permanecem em investigação, 127 foram confirmados e 31 descartados.

Dos 128 óbitos notificados em razão do problema, 47 foram confirmados, 78 são investigados e três foram descartados. Minas Gerais tem o maior número de registros, com 113 confirmações e 42 mortes.

Vacina é indicada antes de viagens a áreas de risco

Embora especialistas ressaltem que não há motivo para pânico e correria nos postos de Saúde em busca de imunização contra a febre amarela, já há registros de aumento da procura pelas vacinas na região, conforme o Diário destacou em reportagem no dia 20.

Por ora, a imunização só deve ser feita em pessoas que forem viajar para áreas rurais e com incidência da doença até dez dias antes do embarque, explica o infectologista do Delboni Medicina Diagnóstica, Jessé Reis. “Que ninguém viaje para as áreas de risco sem ter recebido a vacinação”, frisou.

Todas as cidades da região disponibilizam a vacina contra a doença. Em Santo André, a imunização ocorre de segunda a quinta-feira, das 13h às 17h, nas unidades de Saúde do Centro, Utinga e Vila Luzita. Não é necessário agendamento, mas é preciso informar o endereço da residência e o local para onde viajará.

A Prefeitura de São Bernardo afirmou apenas que reforça as ações de prevenção contra doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que é o caso da febre amarela.

Mesmo sem casos registrados na cidade, São Caetano vacinou 1.500 munícipes até o dia 26, número que supera o total de imunizações do ano passado. A cidade registrou média mensal de 100 doses aplicadas em 2016. O Centro de Saúde Manoel Augusto Pirajá Silva, no bairro Santo Antônio, e o Atende Fácil, no Centro, dispõem da vacina.

Em Diadema, a vacina está disponível nos postos de Saúde do Centro, às terças-feiras; Piraporinha, às quartas-feiras; Paineiras, às quintas-feiras; e Eldorado, às sextas-feiras, sempre a partir das 13h.

A imunização em Mauá, onde, segundo a Prefeitura não há casos da doença desde 2012, é realizada das 8h às 16h na UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Magini, às segundas-feiras; na UBS Flórida, às terças-feiras; na UBS São João, às quartas-feiras; na UBS Zaíra II, às quintas-feiras; e na UBS Vila Assis, às sextas-feiras.

A dose contra a febre amarela em Ribeirão Pires pode ser requisitada às sextas-feiras na UBS do Centro, das 13h às 16h. Também não é preciso agendar, mas o interessado deve levar carteirinha de vacinação e documento com foto.

(colaborou Vanessa de Oliveira)

Por Caroline Garcia e Daniel Tossato - Diário do Grande ABC
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