DATA DA PUBLICAÇÃO 14/08/2015 | Setecidades
Região tem 24 internações por dia por doenças respiratórias
Foto: Ari Paleta/DGABC
Os olhos não são capazes de enxergar a quantidade de poluentes presentes na atmosfera, mas o corpo sente e sofre com os seus efeitos. Crianças e idosos são os mais suscetíveis aos problemas de saúde causados pela poluição, cujo dia de combate é celebrado hoje. No primeiro semestre deste ano, a rede pública das sete cidades contabilizou 4.339 internações em consequência de doenças do aparelho respiratório entre a população com idade entre zero e 9 anos e acima dos 60, o equivalente a 24 por dia. O problema demanda gasto de R$ 4,9 milhões aos cofres públicos.
Os dados, obtidos no DataSUS (Banco de Dados do Ministério da Saúde), mostram que, de janeiro a junho, foram registradas 2.538 internações entre a população com idade entre zero e 9 anos e 1.801 entre pessoas com mais de 60 anos.Em 2014, foram 4.580 internações entre a população mais suscetível no mesmo período, o que significa 25 por dia. Os gastos também foram mais altos no ano passado: R$ 5,2 milhões.
No período, houve ainda 404 mortes de pessoas com a faixa etária destacada, sendo nove entre crianças e 395 entre idosos. Já entre os primeiros seis meses de 2014, foram 441 mortes.
“Quanto menos água no ar, o organismo da gente fica debilitado, então, a poluição ataca toda a via respiratória e abaixa a resistência do corpo. As crianças estão mais suscetíveis por serem pequenas e ainda não terem o sistema imunológico totalmente desenvolvido. Já os idosos por conta do organismo que, nessa idade, atua de forma mais lenta”, fala o professor de Gestão Ambiental e Saúde Pública do Mackenzie Rogério Aparecido Machado.
“E a poluição mata. Se a pessoa está doente, a poluição ajuda a matar”, frisa o especialista. De todos os poluentes que respiramos, os que saem dos caminhões e transportes coletivos são os mais nocivos, segundo Machado. “O pior de todos é o material particulado, que tem principalmente no escapamento dos caminhões e dos ônibus. “Quando o gás do escape desses motores bate no chão, já vem com material particulado da sua queima, porque é uma cadeia carbônica maior. Porém, a poeira que está no chão sobe junto com o material particulado. E, aí, a desgraça é em dobro.”
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a poluição do ar mata 8 milhões de pessoas no mundo, todos os anos. Estudo feito por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) para o Instituto Saúde e Cidadania mostra que a poluição atmosférica será a causa de 250 mil mortes no Estado nos próximos 15 anos. A pesquisa aponta ainda para a necessidade de implementação de medidas mais rigorosas para o controle da poluição do ar, formas alternativas de energia limpa de transporte, entre outras ações, como maneiras de reduzir os danos à saúde da população e os gastos governamentais.
Prefeituras destacam iniciativas para reduzir poluentes
Na região, as prefeituras mantêm ações com o objetivo de diminuir a poluição atmosférica. Em Santo André, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) destacou a Operação Blitz, de fiscalização da emissão de fumaça preta. De janeiro a junho, foram vistoriados 101 veículos particulares movidos a diesel, sendo que nove foram autuados por estarem emitindo fumaça preta em desacordo com a legislação.
Em São Caetano, a administração informou realizar teste anual com a frota de ônibus da cidade, além de 35% dela ser composta pela tecnologia Euro 5, para reduzir os poluentes.
São Bernardo disse que a principal ação realizada é o licenciamento ambiental municipal das atividades consideradas potencialmente poluidoras, de impacto local. Este ano,foram emitidas 172 licenças ambientais para atividades como indústrias alimentícias, moveleiras, marmorarias, serralherias e transportadores de resíduos de construção.
Os dados, obtidos no DataSUS (Banco de Dados do Ministério da Saúde), mostram que, de janeiro a junho, foram registradas 2.538 internações entre a população com idade entre zero e 9 anos e 1.801 entre pessoas com mais de 60 anos.Em 2014, foram 4.580 internações entre a população mais suscetível no mesmo período, o que significa 25 por dia. Os gastos também foram mais altos no ano passado: R$ 5,2 milhões.
No período, houve ainda 404 mortes de pessoas com a faixa etária destacada, sendo nove entre crianças e 395 entre idosos. Já entre os primeiros seis meses de 2014, foram 441 mortes.
“Quanto menos água no ar, o organismo da gente fica debilitado, então, a poluição ataca toda a via respiratória e abaixa a resistência do corpo. As crianças estão mais suscetíveis por serem pequenas e ainda não terem o sistema imunológico totalmente desenvolvido. Já os idosos por conta do organismo que, nessa idade, atua de forma mais lenta”, fala o professor de Gestão Ambiental e Saúde Pública do Mackenzie Rogério Aparecido Machado.
“E a poluição mata. Se a pessoa está doente, a poluição ajuda a matar”, frisa o especialista. De todos os poluentes que respiramos, os que saem dos caminhões e transportes coletivos são os mais nocivos, segundo Machado. “O pior de todos é o material particulado, que tem principalmente no escapamento dos caminhões e dos ônibus. “Quando o gás do escape desses motores bate no chão, já vem com material particulado da sua queima, porque é uma cadeia carbônica maior. Porém, a poeira que está no chão sobe junto com o material particulado. E, aí, a desgraça é em dobro.”
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a poluição do ar mata 8 milhões de pessoas no mundo, todos os anos. Estudo feito por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) para o Instituto Saúde e Cidadania mostra que a poluição atmosférica será a causa de 250 mil mortes no Estado nos próximos 15 anos. A pesquisa aponta ainda para a necessidade de implementação de medidas mais rigorosas para o controle da poluição do ar, formas alternativas de energia limpa de transporte, entre outras ações, como maneiras de reduzir os danos à saúde da população e os gastos governamentais.
Prefeituras destacam iniciativas para reduzir poluentes
Na região, as prefeituras mantêm ações com o objetivo de diminuir a poluição atmosférica. Em Santo André, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) destacou a Operação Blitz, de fiscalização da emissão de fumaça preta. De janeiro a junho, foram vistoriados 101 veículos particulares movidos a diesel, sendo que nove foram autuados por estarem emitindo fumaça preta em desacordo com a legislação.
Em São Caetano, a administração informou realizar teste anual com a frota de ônibus da cidade, além de 35% dela ser composta pela tecnologia Euro 5, para reduzir os poluentes.
São Bernardo disse que a principal ação realizada é o licenciamento ambiental municipal das atividades consideradas potencialmente poluidoras, de impacto local. Este ano,foram emitidas 172 licenças ambientais para atividades como indústrias alimentícias, moveleiras, marmorarias, serralherias e transportadores de resíduos de construção.
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