DATA DA PUBLICAÇÃO 03/03/2017 | Economia
Região tem 233 mil desempregados
O ano começou com expressivo número de desempregados no Grande ABC: 233 mil pessoas, o equivalente às populações de São Caetano e Ribeirão Pires. Trata-se do maior volume para os meses de janeiro desde 2005, e corresponde a 17% da PEA (População Economicamente Ativa) da região, que é a soma de pessoas empregadas e daquelas em busca de ocupação (total de 1,370 milhão).
Nos primeiros 31 dias de 2017, 15 mil profissionais entraram na fila do desemprego, na comparação com dezembro, quando a taxa estava em 15,5% (218 mil desocupados). Frente a janeiro de 2016, quando o percentual era de 15% (211 mil), houve acréscimo de 22 mil trabalhadores à procura de oportunidade.
Os dados são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), levantamento realizado pelo Seade/Dieese, que tem como base entrevistas domiciliares em cerca de 600 residências nas sete cidades e considera todo o tipo de emprego (formal, informal, autônomo e temporário).
Como consequência do aumento do desemprego, o total de profissionais no mercado de trabalho atingiu a menor marca para os meses de janeiro desde 2009: 1,137 milhão de pessoas. São 49 mil a menos no batente ante dezembro e 57 mil a menos em relação a janeiro do ano passado.
O setor que puxou o mau resultado em janeiro foi serviços, ao eliminar 20 mil postos. Na sequência vieram comércio e reparação de automóveis e motocicletas, com a redução de 18 mil vagas, e indústria da transformação, com 6.000 empregos a menos. “A indústria ainda é a maior geradora de massa de renda no Grande ABC, se ela não vai muito bem nos negócios, comércio e serviços acabam sendo prejudicados também, pois o consumidor põe o pé no freio dos gastos domésticos”, explica o professor de Economia e coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio. De fato, quando se compara o desempenho do primeiro mês do ano com igual período em 2016, o ramo industrial foi o que mais demitiu: 57 mil operários. O que desencadeou os cortes nos demais segmentos.
Adicionalmente, para o especialista, geralmente janeiro é mês ruim para o emprego. “A movimentação é menor por série de fatores, como a dispensa dos funcionários temporários contratados no Natal, muitas pessoas de férias, matrícula da escola do filho e impostos para pagar, enfim, há redução na atividade econômica como um todo.” Quando se compara com janeiro dos outros anos, porém, e se nota o maior volume de desempregados em 12 anos, o resultado se deve à crise. “O mercado de trabalho é um dos últimos a ser retomado. E a economia ainda não deu sinais de melhora.”
Dado que denota a precariedade do cenário é o aumento no volume de profissionais sem carteira assinada, que ganhou 7.000 pessoas em janeiro, somando 85 mil. Por outro lado, o total de funcionários registrados caiu em 25 mil, para 621 mil. “Como a oferta para emprego formal está em baixa, as pessoas recorrem a trabalhos sem carteira porque as contas continuam vindo. A tendência é que o quadro se reverta somente quando a economia se recuperar.”
Questionado sobre o impacto da oferta de vagas temporárias para a Páscoa, Maskio avalia que a melhora no mercado deve vir no longo prazo. “São temporárias, significa que as pessoas só vão trabalhar por 15 ou 20 dias apenas.”
Nos primeiros 31 dias de 2017, 15 mil profissionais entraram na fila do desemprego, na comparação com dezembro, quando a taxa estava em 15,5% (218 mil desocupados). Frente a janeiro de 2016, quando o percentual era de 15% (211 mil), houve acréscimo de 22 mil trabalhadores à procura de oportunidade.
Os dados são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), levantamento realizado pelo Seade/Dieese, que tem como base entrevistas domiciliares em cerca de 600 residências nas sete cidades e considera todo o tipo de emprego (formal, informal, autônomo e temporário).
Como consequência do aumento do desemprego, o total de profissionais no mercado de trabalho atingiu a menor marca para os meses de janeiro desde 2009: 1,137 milhão de pessoas. São 49 mil a menos no batente ante dezembro e 57 mil a menos em relação a janeiro do ano passado.
O setor que puxou o mau resultado em janeiro foi serviços, ao eliminar 20 mil postos. Na sequência vieram comércio e reparação de automóveis e motocicletas, com a redução de 18 mil vagas, e indústria da transformação, com 6.000 empregos a menos. “A indústria ainda é a maior geradora de massa de renda no Grande ABC, se ela não vai muito bem nos negócios, comércio e serviços acabam sendo prejudicados também, pois o consumidor põe o pé no freio dos gastos domésticos”, explica o professor de Economia e coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio. De fato, quando se compara o desempenho do primeiro mês do ano com igual período em 2016, o ramo industrial foi o que mais demitiu: 57 mil operários. O que desencadeou os cortes nos demais segmentos.
Adicionalmente, para o especialista, geralmente janeiro é mês ruim para o emprego. “A movimentação é menor por série de fatores, como a dispensa dos funcionários temporários contratados no Natal, muitas pessoas de férias, matrícula da escola do filho e impostos para pagar, enfim, há redução na atividade econômica como um todo.” Quando se compara com janeiro dos outros anos, porém, e se nota o maior volume de desempregados em 12 anos, o resultado se deve à crise. “O mercado de trabalho é um dos últimos a ser retomado. E a economia ainda não deu sinais de melhora.”
Dado que denota a precariedade do cenário é o aumento no volume de profissionais sem carteira assinada, que ganhou 7.000 pessoas em janeiro, somando 85 mil. Por outro lado, o total de funcionários registrados caiu em 25 mil, para 621 mil. “Como a oferta para emprego formal está em baixa, as pessoas recorrem a trabalhos sem carteira porque as contas continuam vindo. A tendência é que o quadro se reverta somente quando a economia se recuperar.”
Questionado sobre o impacto da oferta de vagas temporárias para a Páscoa, Maskio avalia que a melhora no mercado deve vir no longo prazo. “São temporárias, significa que as pessoas só vão trabalhar por 15 ou 20 dias apenas.”
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