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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/12/2010 | Setecidades
Região sofreu com enchentes e obras
O ano de 2010 foi marcado pelas deficiências de infraestrutura no ABCD, escancaradas com as fortes tempestades de verão - que não só desabrigaram, mas causaram a morte de moradores -, com obras e modificações pela melhoria dos transportes, que a princípio deveriam tornar mais fácil a rotina dos usuários, e com o déficit de moradia que culminou em ocupação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) em Santo André.

Em janeiro, as 109 áreas de risco de enchentes e deslizamentos da Região foram castigadas pelo típico período chuvoso. O resultado foi a morte de sete pessoas, vítimas de soterramentos, e a remoção de centenas de famílias que viviam nos terrenos inapropriados. Após a interdição de residências e o falecimento de duas meninas e uma mulher, Ribeirão Pires decretou estado de calamidade pública.

As tragédias voltaram os olhos do poder público para os locais ocupados irregularmente, onde houve maior ocorrência dos problemas. Ribeirão remanejou R$ 5 milhões do orçamento para obras de emergência e o presidente do Consórcio Intermunicipal, Clóvis Volpi, constatou que a solução para as enchentes seria a construção de mais três megapiscinões que represariam 1,5 milhão de metros cúbicos. Mas Volpi adiantou que não há verba suficiente para as desapropriações que as obras demandariam.

Além do excesso de água, outro agravante na qualidade de vida dos moradores do ABCD foi o aumento de 7%, entre 2008 e 2009, da frota automotiva regional que representa um carro a cada 2,6 habitantes, ou seja, mais trânsito e poluição. A solução possível seria investir em transporte público como o projeto do Metrô Leve que integrará São Bernardo à Capital. A previsão é que comece a ser construído em 2011.

Em Mauá, o transporte público municipal foi monopolizado por 30 anos pelo grupo Baltazar, que perdeu 18 linhas, 45% do total que controlava, para a empresa curitibana Leblon. Para agravar as condições do sistema viário, que sofre com imbróglio judicial da disputa entre as concorrentes, a reestruturação dos trajetos e a implementação da bilhetagem eletrônica colaboraram para que os usuários de ônibus tivessem um ano caótico na cidade.

Em abril, a pressa na inauguração da principal realização da gestão do ex-governador José Serra, o trecho Sul do Rodoanel - que passa por São Bernardo, Santo André, Ribeirão Pires e Mauá, interligando as rodovias Anchieta e Imigrantes à Regis Bittencourt -, resultou na entrega de pistas inacabadas. A promessa de redução de tráfego que custou R$ 5 bilhões contribuiu para o aumento de engavetamentos em Mauá por causa da ausência de conclusão das obras complementares no complexo Jacu-Pêssego, que faz a extensão da avenida Papa João 23 ligando a via à Capital.

Ainda em Mauá, em agosto, a construção das pistas resultou no desalojamento de cerca de duas mil famílias do Jardim Oratório que receberam indenizações insuficientes para comprar casas em outras áreas e se viram obrigadas a adquirir propriedades em outros terrenos irregulares, inclusive sob pressão da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A). Mesmo com iluminação e sinalização deficientes, entre outros problemas de infraestrutura, dez praças de pedágio estão previstas para serem instaladas no trecho Sul do Rodoanel.

Outro grupo desalojado foi o das 550 famílias do MTST que se estabeleceram em um terreno da Prefeitura de Santo André, no Bairro Cidade São Jorge, para reivindicar habitação, e foram removidas depois de concedida a reintegração de posse da área ocupada, protocolada pela Prefeitura em meados de maio.

Tombamento – No final de junho, o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) tombou duas obras do patrimônio ferroviário da antiga São Paulo Railway na Região; as estações de Ribeirão Pires, de 1885, e de Rio Grande da Serra,
de 1887, que colaboraram para o desenvolvimento econômico do Estado.

UPA - Os bairros Alvarenga, São Pedro, Demarchi e Riacho Grande, de São Bernardo, fecharam o ano cada qual com uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) inaugurada. O programa do governo federal veio para incrementar o sistema de saúde da cidade e há previsão de entrega de mais cinco unidades até 2012.

PAC Naval – Em julho, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Prefeitura de Diadema entregou 252 residências a famílias carentes na favela Naval, palco de episódios ligados à violência policial.

UFABC – O terreno localizado no Km 17 da Via Anchieta, em São Bernardo, e o terreno pertencente ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) de Mauá, no Parque São Vicente, foram as áreas escolhidas e autorizadas para serem as outras duas sedes no processo de ampliação da Universidade Federal do ABC, que teve a primeira unidade inaugurada em Santo André, há quatro anos.

Inaugurado – Depois de 23 anos de promessa e oito meses de obras que ultrapassaram R$ 24 milhões, os 12 km do Corredor Metropolitano Diadema-São Paulo, que liga a cidade ao Brooklin, na Zona Sul da Capital, começou a funcionar no fim de julho.

Bolsa-aluguel – Até outubro, 4.820 famílias removidas da Região, que antes habitavam áreas de risco, recebiam o benefício que as auxiliava a arcar com o aluguel enquanto aguardam a vinda de programas federais como o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento). O município com o maior número de pessoas em situação precária é São Bernardo, seguido de Diadema e Santo André.

Por Caio Luiz - ABCD Maior
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