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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/02/2011 | Economia
Região serrana: 84% dos comerciantes foram afetados pelas chuvas
Uma pesquisa da Fecomércio-RJ que ouviu 1.106 empresários da região serrana do Estado do Rio de Janeiro, sobre as chuvas que atingiram a região em janeiro, constatou que 84% dos comerciantes tiveram seus estabelecimentos afetados pela tragédia.

Os entrevistados informaram acreditar que a recuperação de toda a região deva acontecer em aproximadamente dois anos. Além disso, de acordo com a pesquisa, o prejuízo total do setor já ultrapassa os R$ 469,2 milhões.

Entre os estabelecimentos afetados, 75% tiveram algum tipo de prejuízo, sobretudo em termos de faturamento (89%), mas também com perdas de estoque (20%) e de equipamentos (16%).

A estimativa é de que, em seis meses, os estabelecimentos atingidos consigam se recuperar do dano causado. Para os comerciantes, os principais problemas são ausência de clientes (67%), dificuldade de locomoção de clientes (15%), falta de recursos (14%) e agilidade do poder público (14%).

Em Nova Friburgo, 307 empresários foram ouvidos. Aproximadamente 91% deles tiveram o seu estabelecimento afetado pelo temporal. Destes, 73% tiveram prejuízo no faturamento, 51%, no estoque e 42%, em termos de patrimônio. A expectativa é que toda a cidade seja recuperada em aproximadamente dois anos e meio e para a recuperação dos estabelecimentos, nove meses. A estimativa da Federação quanto aos prejuízos na cidade é que passem de R$ 211,1 milhões.

Já em Petrópolis foram entrevistados 400 empresários, sendo que aproximadamente 70% deles foram afetados pela catástrofe. Dos que foram afetados pelas chuvas, 79% tiveram algum tipo de prejuízo, principalmente no faturamento (99%). A estimativa de recuperação da cidade é de quinze meses e para o comércio local, quatro meses. O prejuízo gira em torno de R$ 109,4 milhões.

E em Teresópolis, onde 399 empresários responderam à pesquisa, aproximadamente 93% foram afetados pelas chuvas. Entre eles, cerca de 60% foram prejudicados, sobretudo em termos de faturamento (96%). Os comerciantes entrevistados acreditam que a recuperação de toda a cidade deva ocorrer em aproximadamente dois anos. Porém, para os estabelecimentos comerciais, o tempo estimado é de seis meses. Em termos reais, o prejuízo está em R$ 45,8 milhões.

Segundo estimativa da Fecomércio-RJ, com base em dados do Ministério do Trabalho, a Região Serrana conta com 30.380 estabelecimentos comerciais, sendo que, pela pesquisa, 7.279 foram afetados diretamente pelas chuvas e 557 encerraram suas atividades por causa da catástrofe.

Tragédia das chuvas

Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em um 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.

Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 800 pessoas e deixaram mais de 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.

As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades. No dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. No dia 27 do mesmo mês, a presidente esteve no Rio e anunciou a entrega de 8.000 casas para desabrigados.

A ajuda também veio através de doações. Pessoas de diversos estados e países se comoveram com a tragédia e enviaram principalmente dinheiro, roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Em fevereiro, as maiores necessidades, de acordo com as prefeituras dos municípios afetados, são material de limpeza, material de higiene pessoal e material descartável (como copos e fraudas).

Os animais que perderam seus donos e conseguiram sobreviver não foram esquecidos pela corrente de solidariedade. Entidades de defesa dos animais e pet shops organizaram feira de adoções. Centenas de cães e gatos ganharam novos lares e há até fila de espera de pessoas interessadas em cuidar dos bichinhos.

Por R7
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