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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/03/2013 | Saúde e Ciência
Região negocia criação de mais um curso de medicina
Região negocia criação de mais um curso de medicina Mauricio Mindrisz, presidente da Fundação do ABC, afirma que negociações com Prefeitura de São Bernardo já começaram. Foto: Amanda Perobelli
Mauricio Mindrisz, presidente da Fundação do ABC, afirma que negociações com Prefeitura de São Bernardo já começaram. Foto: Amanda Perobelli
Fundação do ABC, mantenedora da faculdade, avalia novo campus em São Bernardo ou Mauá

A Faculdade de Medicina do ABC deve ganhar um novo campus na Região. A Fundação do ABC, mantenedora da instituição de ensino, estuda a possibilidade de novo campus em São Bernardo ou Mauá. Na última terça-feira (05/03), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em visita à Região, destacou a necessidade da implantação de novas faculdades de medicina. Há também a possibilidade de outra universidade instalar um curso de Medicina no ABCD.

O ministro afirmou que faltam profissionais no Brasil, que hoje tem cerca de 1,9 médico por mil habitantes. “Na Argentina esse número é de três médicos por mil habitantes; na Espanha, são quatro profissionais por mil habitantes e em Cuba são 6,7 médicos por mil habitantes. Contra fatos não há argumentos. Temos de investir na formação de novos profissionais para melhorar esse índice”, destacou. Os dados são da pesquisa de estatística sanitária mundial da OMS (Organização Mundial de Saúde) de 2012.

Padilha ainda citou como exemplo o Estado de São Paulo, que tem média de 2,4 médicos por mil habitantes. “Porém, essa média não é uniforme dentro do Estado. No ABCD essa média é menor e sobram vagas para profissionais de saúde, portanto acredito que a Região merece ter outra faculdade de medicina”, salientou Padilha.

De acordo com o presidente da Fundação do ABC, Maurício Mindrisz, a instituição estuda a possibilidade de expansão e as negociações com a Prefeitura de São Bernardo já tiveram início. “Acho que precisamos expandir. Começamos a conversar com São Bernardo há algum tempo e tivemos uma primeira conversa com Mauá”, disse.

Porém, Mindrisz afastou a possibilidade de haver ampliação com novos campi nas duas cidades. “Esse é um processo longo e precisamos ter autorização dos ministérios da Educação e da Saúde. Não é algo fácil de ser feito e, sobretudo, devemos ter consciência do passo que estamos dando. Porém, temos grande interesse em expandir a faculdade”, afirmou.

O secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, destacou que a cidade tem intenção de viabilizar uma nova faculdade de medicina e que há duas instituições interessadas, sendo uma delas a Faculdade de Medicina do ABC. “Prioritariamente procurei a Medicina do ABC e iniciamos as tratativas. Temos convicção de que essa é a melhor opção para o município. São Bernardo é a maior cidade da Região, tem a maior rede de saúde e merece ter sua faculdade de medicina, com uma grade curricular mais adequada à realidade do SUS”, afirmou.

Salários - Chioro ressaltou que os números apresentados pelo ministro mostram que há falta de médicos e que isso ocorre por conta da questão salarial. “Pagamos salário de mercado, mas temos limitação. Porém, esse não é único problema. Hoje há ampliação da área de trabalho na saúde da família, médico generalista, urgência emergência, saúde mental, pediatria e não conseguimos encontrar profissionais para preencher essas vagas. A procura por vagas em residência médica em dermatologia é maior do que em médico para saúde da família, e isso não condiz com a realidade do País”, salientou.

Para o presidente do Simesp (Sindicato dos Médicos), Cid Carvalhaes, os números apresentados por Padilha não correspondem à realidade. “As cidades precisam oferecer bons salários, boas condições de trabalho, e uma equipe de técnicos que trabalhem junto com o médico. Não adianta formar novos profissionais se não há investimentos nas outras áreas”, disse.

Secretários municipais querem mais verbas para saúde pública

Secretários municipais do Estado reivindicam a aprovação da emenda constitucional que aumenta o repasse da receita bruta da União, dos atuais 6% para 10%, para financiamento da saúde pública. Esse é um dos pontos da Carta São Bernardo, documento elaborado durante o 27º Congresso de Secretários Municipais do Estado, realizado em São Bernardo. Durante o evento, também houve a reeleição de Arthur Chioro, secretário de Saúde de São Bernardo, para mais dois anos à frente do Cosems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado).

O documento, que conta com cerca de 20 itens entre reivindicações e metas, será encaminhado para as câmaras municipais, Assembleia Legislativa, prefeituras, Secretaria Estadual da Saúde e Ministério da Saúde. “Nosso objetivo é a defesa do SUS. Durante quatro dias debatemos isso em palestras e oficinas no congresso. Acreditamos que essa é a principal forma de ofertar saúde de qualidade para a população.”

O presidente do Cosems destacou que é necessário que tanto a União quanto o governo do Estado aumentem o financiamento na saúde publica. “Todas as cidades estão exauridas e não conseguem investir mais. Por lei, a União tem de investir 6%; o Estado, 12%; e os municípios, 15%. Porém, as prefeituras investem mais que esse percentual. Temos de contar com uma ajuda financeira maior”, salientou.

Além disso, os secretários destacaram a necessidade de o Estado ampliar o gasto com saúde pública. “Temos de contar com maior participação do Estado em programas já existentes, como atenção básica, urgência emergência, Samu, saúde mental, transporte sanitário e assistência farmacêutica. Também é necessário que o Estado amplie financiamento na recuperação da rede própria, como hospitais próprios, que em alguns casos precisam de melhor aporte financeiro, reformas, ampliações”, disse Chioro.

O congresso contou com a participação de representantes de mais de 600 municípios do Estado, Secretaria Estadual da Saúde e Ministério da Saúde, além de 1,4 mil inscrições em cursos e oficinas oferecidas durante o evento. “O retorno que tivemos dos participantes foi muito bom, pois cerca de 80% dos secretários assumiram este ano, e afirmaram que muitas informações obtidas aqui serão levadas para o cotidiano em suas cidades”, afirmou.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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