DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2016 | Setecidades
Região investiga nove casos suspeitos de zika vírus
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor do zika vírus, dengue e chikunguya; melhor combate as doenças é eliminar os criadouros. Foto: Venilton Kuchler/ANPr
São oito notificações em São Bernardo e uma em Santo André, todos adquiridos fora do ABCD
Ao menos nove casos suspeitos de zika vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, são investigados no ABCD. Levantamento realizado pelo Consórcio Intermunicipal aponta oito notificações em São Bernardo e uma Santo André, todas importadas. São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não registraram suspeitas da doença. Já Diadema não informou se houve alguma ocorrência no município. Um décimo caso chegou a ser levantado em Santo André, mas o contágio foi descartado após exames apontarem quadro de leptospirose.
As notificações que chegam às prefeituras são encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, mas não há previsão para confirmação dos casos. O coordenador do GT Saúde do Consórcio, Homero Nepomuceno, explicou que a atual técnica para detecção da doença é demorada, de alto custo e complexa, uma vez que identifica o vírus e não o anticorpo produzido pelo paciente após o contágio, o que tornaria a identificação mais rápida e barata.
“Como ainda não tem nenhum exame que faça por teste rápido, os processos de confirmação são muito complicados. Além disso, se o exame não for colhido no período correto, a identificação do vírus no sangue é muito difícil”, detalhou. De acordo com Ministério da Saúde, a circulação do zika vírus é confirmada por meio de teste com tecnologia de biologia molecular. Quando o resultado é positivo em determinada localidade, os demais diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.
Todos os nove casos de suspeita de contágio com o zika vírus são de pessoas que realizaram viagens recentes a lugares com grande incidência da doença, como estados da região Nordeste. Não há informação se alguma gestante está entre as notificações bem como se o vírus já está circulando na Região.
Nepomuceno frisou que as prefeituras foram orientadas a manter contato direto com hospitais e maternidades para monitorar os casos de microcefalia, por conta da ligação entre o zika vírus e a má formação congênita em recém-nascidos. Além disso, um plano de contingência foi elaborado para atendimento da demanda hospitalar em caso de epidemia no ABCD.
“A Região tem que se preparar na questão do atendimento as pessoas, caso o aumento seja muito maior agora nos meses de março, abril e maio. Para não ter problema na outra ponta do sistema que são os pronto-socorros. Por enquanto, está todo mundo preocupado com o mosquito, só que se a epidemia aumentar muito nos próximos meses pode ter estrangulamento na parte assistencial.”
MUTIRÃO
As prefeituras do ABCD estão preparando ações que serão desenvolvidas neste sábado (13/02), no “Dia nacional de combate ao Aedes.” O objetivo é conscientizar a população sobre a importância de eliminar o mosquito, que se reproduz em água parada e é transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya.
Ao menos nove casos suspeitos de zika vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, são investigados no ABCD. Levantamento realizado pelo Consórcio Intermunicipal aponta oito notificações em São Bernardo e uma Santo André, todas importadas. São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não registraram suspeitas da doença. Já Diadema não informou se houve alguma ocorrência no município. Um décimo caso chegou a ser levantado em Santo André, mas o contágio foi descartado após exames apontarem quadro de leptospirose.
As notificações que chegam às prefeituras são encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, mas não há previsão para confirmação dos casos. O coordenador do GT Saúde do Consórcio, Homero Nepomuceno, explicou que a atual técnica para detecção da doença é demorada, de alto custo e complexa, uma vez que identifica o vírus e não o anticorpo produzido pelo paciente após o contágio, o que tornaria a identificação mais rápida e barata.
“Como ainda não tem nenhum exame que faça por teste rápido, os processos de confirmação são muito complicados. Além disso, se o exame não for colhido no período correto, a identificação do vírus no sangue é muito difícil”, detalhou. De acordo com Ministério da Saúde, a circulação do zika vírus é confirmada por meio de teste com tecnologia de biologia molecular. Quando o resultado é positivo em determinada localidade, os demais diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.
Todos os nove casos de suspeita de contágio com o zika vírus são de pessoas que realizaram viagens recentes a lugares com grande incidência da doença, como estados da região Nordeste. Não há informação se alguma gestante está entre as notificações bem como se o vírus já está circulando na Região.
Nepomuceno frisou que as prefeituras foram orientadas a manter contato direto com hospitais e maternidades para monitorar os casos de microcefalia, por conta da ligação entre o zika vírus e a má formação congênita em recém-nascidos. Além disso, um plano de contingência foi elaborado para atendimento da demanda hospitalar em caso de epidemia no ABCD.
“A Região tem que se preparar na questão do atendimento as pessoas, caso o aumento seja muito maior agora nos meses de março, abril e maio. Para não ter problema na outra ponta do sistema que são os pronto-socorros. Por enquanto, está todo mundo preocupado com o mosquito, só que se a epidemia aumentar muito nos próximos meses pode ter estrangulamento na parte assistencial.”
MUTIRÃO
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