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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/08/2009 | Cidade
Região gasta R$ 330 mil por mês com buracos de rua
Não só as intempéries climáticas e o tráfego de veículos contribuem para a abertura diária de cerca de 2.000 buracos nas ruas e avenidas do Grande ABC. A qualidade do processo de aplicação do asfalto também está diretamente ligada ao surgimento das crateras.

Por esse motivo, especialistas ouvidos pelo Diário apontaram que o valor de R$ 330 mil mensais gasto em serviços de reparos e pavimentação pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Ribeirão Pires é razoável, mas pode estar sendo mal aplicado. Só a Prefeitura de Mauá não respondeu ao Diário. Rio Grande da Serra informou que não tem demanda de tapa-buracos.

A utilização do pavimento varia de acordo com a característica da via e da projeção que se faz do volume de tráfego a que a construção será submetida. Por isso, os tipos e os preços de asfalto são muitos, mas, em média, o metro cúbico do material custa R$ 650.

"Fazer um asfalto ruim ou bom é praticamente o mesmo preço. A grande influência é a temperatura de aplicação do produto. A chuva ou a demora na aplicação pode fazer com que o asfalto tenha uma temperatura diferente do que a necessária e a consequência é que ele se desgastará mais rápido", avaliou o engenheiro civil Ricardo Pereira da Silva.

No Brasil, o asfalto básico é produzido unicamente pela Petrobras, segundo o presidente da Abeda (Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Asfalto), Eder Vianna.

Para o especialista, a imperícia dos órgãos públicos que utilizam o material é o que mais contribui para o incessante serviço de ficar fechando buracos no pavimento. "O problema é a falta de preocupação de ver o que acontece por baixo, como um vazamento. Isso pode fazer que o buraco se abra novamente. O que faltam para quase todas as prefeituras é isso: um programa regular de conservação."

Segundo o gerente de infraestrutura da ABCP (Associação Brasileira de Cimentos Portland), Ronaldo Vizzoni, o concreto - alternativa para vias de tráfego intenso e de veículos pesados, como corredores de ônibus e rodovias -, não é indicado para ruas menos movimentadas. "Onde o tráfego é leve, o asfalto é a solução, desde que bem executado."

Avenida Ayrton Senna, em Mauá, é exemplo de descuido com asfalto

A Avenida Ayrton Senna da Silva, no Jardim Oratório, em Mauá, serve de exemplo de como o tráfego intenso de veículos pesados em uma via não projetada para receber tal impacto pode ser prejudicial para o pavimento e para a segurança no trânsito.

A expansão da Avenida Jacu-Pêssego pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário), uma das ligações do Grande ABC com a Capital, fez com que o número de caminhões aumentasse. A soma dessa nova condição com o trânsito comum do local não resultou em outra situação senão a destruição do pavimento.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Mauá não se manifestou. Ao Diário, a Dersa informou que irá recuperar o pavimento após o término das obras, o que deve ocorrer somente no primeiro trimestre do ano que vem.

Em alguns pontos, as cavidades cobrem uma roda inteira e fazem rebaixar os veículos de quem se submete à perigosa travessia. O trânsito lento é o menor dos problemas, levando em consideração que, nas condições em que está, a via oferece risco potencial à manutenção dos veículos e à vida de condutores, passageiros e pedestres.

"Se você parar para contar, em 20 minutos, vão passar mais de 100 caminhões", afirmou o técnico em eletrônica Agostinho Vieira de Freitas, 57 anos.

Por André Vieira e Vanessa Fajardo - Diário do Grande ABC
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