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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/09/2015 | Economia
Região fecha 24.132 postos formais entre janeiro e agosto
Região fecha 24.132 postos formais entre janeiro e agosto Foto: Divulgação/DGABC
Foto: Divulgação/DGABC
Em meio à crise, o Grande ABC registra, neste ano até agosto, o fechamento de 24.132 postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, divulgados ontem. Esse saldo (diferença entre admissões e demissões) supera em mais de dez vezes o número de cortes de vagas (2.336) do mesmo período do ano passado.

O volume de vagas perdidas também é, como já ocorria de janeiro a julho, o pior da série histórica iniciada em 2003 – a base de dados municipais que consta no site do ministério só vai até esse ano. Até então, nesse período o saldo mais negativo tinha sido em 2009, no auge do impacto da crise financeira global na região, quando foram eliminadas (nos primeiros oito meses) 10.524 vagas.

Os números do emprego na região são puxados para baixo pelo setor industrial, que é responsável sozinho por 61,7% dos postos eliminados de janeiro a agosto (14,9 mil), embora todos os outros segmentos estejam fazendo cortes. “É reflexo da redução da atividade econômica”, assinala o professor Sandro Maskio, que é coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista. O comércio está com 2.771 vagas a menos; a construção diminuiu em 690 e os serviços reduziram em 5.086.

A crise econômica atingiu duramente o setor automotivo, principal atividade fabril da região e que lidera as demissões neste ano, conforme aponta levantamento realizado pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Isso porque, com vendas de carros 21,4% menores de janeiro a agosto na comparação com mesmo período de 2014, as fabricantes puxaram o freio na produção, com redução de 17% no volume fabricado neste ano. A situação é ainda mais crítica na área de caminhões, que concentra no Grande ABC em torno de 55% do total produzido no País: a queda de vendas desses veículos superou 43%.

“Com a crise, os empresários ficaram receosos em investir, a demanda caiu e aumentou o custo do crédito, o que acabou gerando um ciclo vicioso que vai se retroalimentando. O governo eleva os juros para conter a inflação, diminuindo o poder de compra do consumidor e ampliando o desemprego”, afirma o professor de Economia Volney Golveia, da USCS (Universidade Municipal de São Caetano).

SERVIÇOS - Em relação ao segmento de serviços, Maskio cita que muitos ramos do segmento são atrelados à indústria (como transportes, contabilidade e tecnologia de informação) e, quando as fabricantes vão mal, há efeito para outros ramos da economia. O dado contrasta com o verificado em estudo do Seade/Dieese, que aponta crescimento de postos em serviços. Essa pesquisa é domiciliar, ou seja, entrevista moradores, enquanto o Caged coleta informações passadas pelas empresas. “A do Seade/Dieese olha para todo o mercado de trabalho, não apenas para os funcionários de carteira assinada; inclui também os autônomos, estatutários e informais, pega todos os vínculos, e setores com tendência a ter maior informalidade podem ter diferença”, diz.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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