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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/11/2014 | Economia
Região corta 86,3 vagas por dia
Região corta 86,3 vagas por dia Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
A fraca atividade econômica e o processo eleitoral colaboraram para a piora no mercado de trabalho no Grande ABC, depois de dois meses seguidos de saldo positivo (ou seja, contratações maiores que as demissões), segundo economistas ouvidos pela equipe do Diário. Em outubro, foram cortados 2.678 empregos com carteira assinada na região, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, divulgados ontem. O montante equivale a 86,3 demissões por dia.

Com isso, nos primeiros dez meses de 2014, os sete municípios passaram a ter saldo de 4.514 vagas a menos. Essa redução de postos contrasta com o cenário do mesmo período do ano passado, quando a economia regional gerou 13.687 postos formais.

Neste ano, a piora no nível de emprego é liderada pelo setor industrial, que já eliminou 10.708 postos com carteira de janeiro a outubro. No mês passado, as fabricantes voltaram a fechar vagas (645), embora os outros setores também tenham feito cortes – construção (848 a menos), comércio (redução de 379) e serviços (perda de 755).

Para o coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista, Sandro Maskio, o ambiente eleitoral fez com que muitas empresas entrassem em compasso de espera para ver os rumos da política econômica do próximo governo eleito. “O fato de estar espalhado (ou seja, haver reduções em todos os segmentos) mostra que isso se deveu a esse cenário de incertezas”, diz.

A disputa eleitoral acirrada à Presidência da República mexeu com as expectativas do mercado, assinalou o professor de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas) Francisco Funcia. “Quem toma decisões sobre investimentos ficou esperando o resultado desse processo, até para ter definição mais clara do que ocorreria”, afirma. Ele acrescenta que, no cenário econômico de atividade fraca, a região sofre mais, por causa das dificuldades enfrentadas pela indústria automobilística.

As vendas de carros, que são em grande parte feitas a prazo, dependem de financiamento, que se reduziu, por causa do crédito restrito e da cautela dos consumidores, receosos em assumir novas dívidas e perder o emprego.

A perspectiva para o fim do ano é que o comércio amplie as contratações, mas esse não é o momento de a indústria fazer admissões, assinala Maskio. As montadoras dão férias coletivas em dezembro. Com isso, será difícil imaginar uma recuperação do emprego neste ano, avalia.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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